Que brasileiro é fanático por carros, ninguém dúvida... Se lhes disser que, não gosto de automóvel também estaria mentindo... Exatamente por ser uma coisa que gosto e que é uma paixão nacional é que costumo explorar nas minhas mensagens essa cultivada e conhecida relação do brasileiro com a emoção de dirigir utilizando-a como uma metáfora de nossa relação com a própria vida. Quando a utilizo, sinto um novo interesse dos amigos, percebo mentes e corações se acenderem, noto uma atenção e curiosidade renovada, não só público masculino ma atualmente também na maioria das mulheres...
Mas vamos lá... O que tem haver uma coisa com a outra?
Tanto o carro, nossa vida está inserida num contexto, numa realidade de como e de que maneira escolhemos participar dela...
O cenário, as estradas da vida, o mundo externo são pistas estão à nossa disposição, algumas bem traçadas, asfaltadas e sinalizadas, outras nem tanto, algumas inclusives off Road necessitando coragem instrumental, tecnologia e um preparo especial...
O destino final a bandeira de chegada, o Pódio desejado, são os nossos desejos, nossas metas existenciais.
Da mesma forma que às vezes temos dificuldades em impedir determinados pensamentos, também não temos total domínio sobre o tráfico que como nos também competem no autódromo da vida.
È claro que se a lataria constitui o corpo, se os faróis os olhos, o teto nosso chapéu e os pneus nossas “solas de sapato” e é obvio que o coração está localizado no motor do carro, fonte de sua força e potência, depositário de toda a responsabilidade de conduzi-lo ao seu respeito.
Podemos nestas analogias viajar em comparações mecânicas (automobilísticas) versus corporais (humanas) utilizando cada componente, cada peça do automóvel o relacionado aos órgãos que nos mantém vivos... É um excelente exercício de compreensão e autoconhecimento...
Como, porém é limitado nosso espaço, vamos hoje explorar um dos aspectos mais importantes, até diria, o mais vital de todos em minha opinião.
Sabemos que é através da nossa mente, de nossas escolhas, que damos os contornos pessoais particularidades a nossa vida (trajetória) imprimindo a prioridade (rota), a urgência (velocidade) e o jeito (o ritmo), já que isto que nos diferencia do demais, é isto que torna nossa vida mais alegre, mais apática, mais vitoriosa ou depressiva...
As engrenagens, o câmbio, a alavanca de marcha são os principais elementos que dão vida ao nosso carro.
Dependem deles a decisão de iniciar ou não o movimento de recuar (dar–marcha-à–ré), avançar (engatar uma marcha) ou simplesmente parar–no–tempo, acomodar, ficar refém do medo, trancafiar-se, perder a graça e o interesse pela vida, colocando a marcha (a vida) em ponto-morto!
Concluindo nosso exercício (viagem) gostaria de ainda registrar uma mensagem com relação aos nossos desejos.
Desejar uma Ferrari, uma BMW, enfim querer a vida dos seus sonhos, com a viagem inesquecível de sua existência é saudável e só faz bem, além de atrair o objeto (experiência) desejado...
O que compromete nossos planos, o que atrapalha nossos passeios e causa tantas tragédias nas estradas emocionais é querer depressa, é acelerar em demasia é pisar fundo, é optar pela pressa, cortar etapas, criar atalhos, atropelar pessoas, passar por cima dos limites da ética e da boa convivência, abusar da velocidade...
Nunca é demais lembrar que a diferença entre o remédio (prazer, a vida, a alegria, a saúde) e o veneno (a tristeza, a raiva, o acidente, a morte) e a dose (velocidade, ritmo e competições).
BJKS DA VAN