segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O ARTISTA TEM QUE IR AONDE O POVO ESTÁ: E COM CERTEZA NÃO ESTÁ NAS BIENAIS

O caso de Caroline Pivetta da Mota, de 23 anos, libertada na sexta-feira da semana passada, ficou presa por 50 dias por pichar a Bienal de São Paulo. Sua prisão deveria gerar um movimento nacional exigindo explicações sobre a absurda situação.

Ela deve ser uma das poucas pessoas no mundo presas por criticar um evento cultural. Nessa bienal, cujo lema ironicamente é ”Em Contato Vivo”, a única coisa viva e relevante foram os pichadores. O resto será esquecido por sua absoluta irrelevância. A bienal é mais um processo social que se mantém por pura inércia. Já morreu, só falta avisar artistas, curadores e o distinto público.

Até a década de 1950 eram comuns os ditos salões de arte, com suas premiações. Tinham o dom de sacramentar o que era tido oficialmente como arte. Isso gerava prestígio aos premiados, aumentava o valor das suas obras e lhes permitia viver da sua arte. Eram artistas ”incrementalmente inovadores”, pois, se fossem “radicalmente inovadores”, seriam rejeitados. Os que não eram escolhidos passaram a expor em espaços alternativos, fora do circuito oficial. Mostravam ao grande público o que estava sendo produzido de novo. Paradoxalmente, os artistas rejeitados, por apresentarem algo radicalmente novo, tinham dificuldade em vender seus trabalhos e, para sobreviver, tinham que se submeter ao gosto do público, fazendo uma arte ajustada, concedida, ao gosto do cliente.

A arte por definição é novidade, originalidade. Resulta da tentativa de interpretar o mundo de uma nova forma, um novo ângulo. Se não é novo nem original nem emociona: não é arte. É artesanato.

A arte vive de negar a arte. Assim como a ciência vive de negar a ciência. Tudo que é sólido desmancha no ar, no dizer de Engels e Marx. Ou ainda: ”Cesse tudo o que musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta”, como diria Camões. Assim é a arte. Sempre provisória, efêmera. Porém, independentemente disso, há o fazer artístico, uma força que acompanha a humanidade desde as cavernas de Lascaux, de Lagoa Santa, até os muros e telas de LCD de hoje. Mudam o suporte, os materiais, as técnicas, porém a arte continua a desafiar tudo o que já foi feito. Inova, contesta, propõe, derruba, cria e recria. Até a exaustão. Segue a humanidade em sua trajetória, interpretando e propondo novas visões, novas possibilidades. Numa busca frenética da arte pela arte.

Os salões querem enquadrar a arte, com seus curadores e críticos, pretendendo isolar o verdadeiro artista do mero artesão. E tudo se transforma em “instalações”, happenings, prontamente documentado em vídeo, carimbado como “arte”. Há falta de coragem para dizer que há muita bobagem, muita coisa inútil, muito lixo, rotulado como arte.

Mesmo correndo o risco de ser tachado de reacionário, pequeno-burguês, alguém que não entendeu a “idéia”, a “mensagem”, o que o artista ”queria-dizer”.

Portanto, caro leitor, não há mais sentido na arte oficial. O artista, como diria Milton Nascimento, tem que ir aonde o povo está. E com certeza o povo não está nas bienais. Nem nas galerias dos museus ”oficiais”. O povo continua nas ruas. Talvez a grande mostra de arte hoje ocorra nas feiras livres. Nas calçadas. Nos quadros expostos aos domingos nas feiras hippies e outras que proliferam pelo Brasil. Sempre alguém vai dizer: mas isso não é arte. É mera cultura. É comércio. E, ainda assim, podemos pedir: justiça para Carol, já!


BJKS DA VAN

GALGANDO O TOPO



Quando após a 2ª guerra mundial, com o país totalmente arrasado pelos horrores da guerra, de duas explosões nucleares assassinas, com a auto-estima no-dedão-do-pé por ter tido que assinar uma constituição imposta pelos vencedores, quando no inicio da década de 50 o Japão decidiu dar ouvidos aos revolucionários conceitos de qualidade e produtividade de Deming, o mundo jamais poderia imaginar as conseqüências admiráveis que tal decisão representaria na recuperação da economia, imagem de seus produtos e principalmente na revitalização da autoconfiança sepultada nos destroços do pós-guerra!

Sua maior contribuição foi sem dúvida de introduzir o conceito de melhoria contínua, de criar os fundamentos da Qualidade Total, e especialmente de desmistificar a tese de que quantidade (produtividade) era inimiga da Qualidade.

De lá para cá o mundo não foi mais o mesmo e a paixão pelos modelos de gestão tornou-se coqueluche mundial inclusive e principalmente nos EUA, onde nasceu Deming, e que havia desprezado inicialmente suas mirabolantes teorias...

Se medir, controlar, criar indicadores, estabelecer padrões, e principalmente valorizar cada pequeno progresso, cada minúscula melhoria é hoje universalmente aceita como receita-do-sucesso no mundo dos negócios, por que não aplicá-la em nossa administração psíquica, em nossos comportamentos emocionais, em nossas escalas de sentimentos?

Sabemos hoje que ao contrário do que sugerem e propõem as drogas, nenhuma terapia saudável, nenhum esforço consciente consegue nos tirar de uma vez, de sopetão, do fundo-do-poço...

Estar atento, ser consciente, ter autocontrole é saber identificar em que momento me situo, em que degrau da escada me posiciono, que na realidade acabam por medir como anda minha real conexão com o Universo, até que ponto anda minha resistência ou permissividade em aceitar as benesses a que tenho direito.

Do fundo-do-poço-da-depressão e do desespero de não conseguir vislumbrar nenhuma luz-no-fim-do-tunel até as nuvens-da-alegria expressando nosso entusiasmo, amor e admiração pela vida, há uma gama imensa de estágios intermediários (insegurança, raiva, preocupação, pessimismo, tédio, esperança, otimismo, paixão, etc) que numa menor ou maior intensidade exprimem se estamos nos sentindo basicamente bem ou mal!

Buscar ajuda de um profissional especializado, desenvolver a paciência, galgar etapas, valorizar cada pequena vitória, investir em esforços permanentes e acreditar na melhoria contínua parece ser o derradeiro segredo para superarmos as garras do medo e da depressão, suplantar as resistências da culpa, livrar-se dos tentáculos da inveja, e marcharmos decididos aos braços do porvir!!

BJKS DA VAN

domingo, 28 de dezembro de 2008

EMGENHEIROS DO HAWAIL NEGRO AMOR

FELIZ ANO NOVO

[b]"Se vc faz o que todo mundo faz,
Vc chega a onde todo mundo chega...
...Mais se vc quer chegar onde a maioria
Ñ chega, vc precisa fazer algo que a maioria ñ fez...
"CORRER ATRÁS DOS SEUS OBJETIVOS..."

Meu orkut,meu blog Psicologia & filosofia, deseja a você os melhores votos de paz, saúde e felicidade. Sou muito privilegiada porque conto com a sua amizade, leitura dos textos e com sua opinião através de e-mails ou pessoalmente. Receba o meu carinho e agradecimento por tudo e tenha boas festas neste final de ano.
bjks da van silva cruz [/b]

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

LEVAR VANTAGEM EM TUDO PODE DEIXAR VOCÊ SEM LARANJA


Certamente você já ouviu falar do ex-jogador de futebol Gérson, carinhosamente chamado de “canhotinha de ouro”. Ele também é conhecido como comentarista de sucesso na Rádio Globo do Rio de Janeiro, e foi peça-chave na seleção do Brasil que conquistou o Tricampeonato do Mundo no México em 1970, trazendo definitivamente a taça Jules Rimet para o Brasil, que foi posteriormente roubada e derretida.

A chamada Lei de Gerson não tem a ver com suas habilidades com a bola, mas com um comercial de cigarro, em que era o garoto-propaganda. Em determinado momento do comercial, depois de forçar elogios à marca do cigarro emendava: ”Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, fume Vila Rica”.

Essa simples frase dita no comercial aos poucos foi se transformando na “Lei de Gérson”. Quando se diz que alguém usa a lei de Gérson, seestá afirmando que usa de todos os artifícios — quer lícitos ou ilícitos — para sempre levar vantagem. Sabemos que é simplesmente impossível se levar vantagem em tudo. Mas tem gente que busca negar essa realidade usando da desonestidade para, lesando o outro, ter a sensação que levou vantagem. Ledo engano. A desonestidade embutida no tirar vantagem em tudo é semente de erva daninha que plantamos em solo fértil e que florescerá dando muitos frutos que quando amontoados ou ensacados terão escrito em suas embalagens a palavra “desgraça”.

Mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao comercial, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson.

Vou contar um fato que aconteceu comigo. Ano passado, em constantes viagens de carro, passava por laranjais em que dois homens vendiam a fruta em barracas na beira da estrada. Eu comprava laranja fresquinha toda semana para fazer suco, sempre no mesmo lugar e já tinha até feito amizade com o vendedor — um simpático caboclo, fisionomia de homem sofrido, quase sempre com uma sandália de dedo com tiras esgarçadas, pés sujos e roupas semi-esfarrapadas. Vendia vários tipos de laranja e, do local onde se negociava, dava para ver milhares de lindos pés de laranja cheios de pontinhos amarelos, anunciando uma ótima colheita. Uma vez na minha compra semanal de laranja fui surpreendido pelo preço que simplesmente havia dobrado desde a última compra que tinha sido na semana anterior.

Expressei minha surpresa perguntando se eu estava equivocada ou se o preço que ele estava me cobrando era o dobro. Diante da sua confirmação e da minha pergunta do motivo da elevação tão salgada do preço, ele pela primeira vez olhou direto nos meus olhos e afirmou: ”Doutora, a senhora não viu na TV a geada na Flórida que queimou os laranjais?”. Nesse momento entendi o que estava se passando e disse a ele que raramente via televisão, mas que não duvidava de sua palavra, mas lhe perguntei o que tinha a ver a geada na Flórida com o preço da laranja que ele produzia, uma vez que aqui o tempo estava ideal para a produção abundante como dava para ver pelo clima temperado e pelos pés de laranja carregados.

A partir daí tentou me dar uma simplória aula de economia para justificar seu preço. As compras seguintes de laranja sempre as fiz no seu concorrente que continuava a cobrar o mesmo preço praticado antes da tal geada, cujo laranjal ficava a menos de 10 quilômetros do local. Depois disso, passei alguns meses sem viajar e somente este ano, já próximo à colheita da laranja, passei pelo mesmo local de novo e não acreditei no que vi: todos os pés de laranja que era possível se ver a olho nu do tal caboclo da geada na Flórida estavam secos. Não havia uma folha e muito menos frutos. Sua banca de venda de laranjas estava totalmente vazia e o sujeito nem ali estava.

Passei pelo outro laranjal e lá estava o outro vendedor sorridente, com abundância de laranjas na sua banca e os pés e laranja com uma mistura abundante de verde e amarelo. O melhor que cada um de nós pode fazer por si mesmo é ser honesto. A vantagem do primeiro momento gerada pela desonestidade volta-se mais tarde como monstro, devorando tuas entranhas.

bjks da van

SOLTA O CABRESTO E DEIXE GALOPAR O PENSAMENTO


Por vezes, acordar de madrugada sem motivo ou sem necessidade, traz pensamentos curiosos. Alguns ficam vagando pelas necessidades e programas do dia ou dos dias futuros — uma chatura. Alguma outra e rara vez, o pensamento fica desocupado e vagabundo e, por isto mesmo, mais divertido ou interessante.

Aconteceu assim nesta manhã, cheia de jornais e TVs, dos sofrimentos humanos — enchentes, desastres de toda sorte, terrorismo, crise de dinheiro, vergonha e honestidade, o desamor, a esperança contrariada ou perdida.

Soltei o cabresto e deixei galopar o pensamento. Libertado, ele foi mais longe, porque sem rédeas ele escolhe melhor o caminho. Desta vez, talvez pelas influências da vida atual, ele entrou pela estrada das relações humanas — o ponto crítico e amado pelos psicólogos e literatura de auto-ajuda.

No vôo rápido e insuperável da mente vim lá de longe, numa pré-história animal, onde por semelhança o ser humano só tinha a preocupação de alimentar-se e reproduzir-se. Dois prazeres, é verdade, que ultrapassaram a pré-história e até hoje ainda estão vivos, e para muitos continuam a ser a essência da vida.

O pensamento viaja, entra na era que chamamos civilizada, ou seja, das relações humanas. Por evolução ou por necessidade, nós passamos a viver associados, o ser humano deixa de ser um. Aí, ele precisa do outro, dos outros, da sociedade que passa a ser povo e País.

Nesta hora atual, os eremitas de corpo ou pensamento não mais existem, é necessário entender e compreender a figura deste ser a quem chamamos ”o próximo”. Este pensamento obrigatório tem raízes históricas, sociais e religiosas. Entendê-lo deveria ser fácil, um caminho para a felicidade de nós todos. Porém foi aí que o cavalo do meu pensamento empacou e refugou.

Pensando por mim, ele afirmou uma verdade terrível: nós podemos ser teóricos, até mesmo desejar e querer esta circunstância fundamental da palavra Amor, alicerce essencial das relações humanas. Entretanto, e com o sofrimento da prática, ele existe? Entre civilizações diversas, religiões, países, povos e por aí abaixo — nós mesmos — ele é praticado? Penso, logo existo... e nós assistimos e participamos diariamente dos fracassos amorosos.

É preciso até bater no peito e perguntar pela nossa responsabilidade. E por aí é morro acima, no lar, em casa e família, na sociedade com seus problemas e carências, no Estado, no meu país e no nosso mundo. Estou legal e ligado ou estou apenas fingindo e fugindo? Olha aí, companheiro, cada um sabe da sua vida. Pensei, na hora em que meu cavalo–pensamento estacou – será que eu estou ajudando alguém ou será que ainda sou aquele homem das cavernas, egoísta, utilitário, irresponsável? Qual é o Deus da minha vida e felicidade? Dinheiro? Fama? Sexo e farras de toda espécie... Bem, ao final tudo passará, a vida é muito curta, acaba logo ali adiante, mais rápida e depressa do que desejamos.

Quem sabe, talvez aquele Deus verdadeiro e soberano está lhe dando algum tempo para exercer a lei fundamental das relações humanas: fazer alguém feliz!...

bjks da van

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

CHUTANDO O PAU DA BARRACA

O que merecemos?

Todos nós um dia tivemos (ou ainda vamos ter) vontade de jogar-tudo-pro-alto e sem lenço-nem-documento sair por aí mundo afora, só com a passagem-de-ida.

Quem ainda não teve (ou não assume), deve ter tido pelo menos vontade de sair-de-cena por alguns dias, esconder-se em algum lugar especial e longe das pessoas e preocupações do dia a dia...

Na verdade, é cada vez maior o número de pessoas que de repente sente vontade de abandonar sua rotina monótona, desinteressante ou estressante para dar um salto-no-escuro, mudando radicalmente seu estilo de vida.

Pode ser um intercâmbio na China (país do futuro), uma viagem ao interior da Índia (atrás do seu guru) ou uma jornada latino-americana via Santa Cruz de la Sierra, até os píncaros dos remotos redutos nos confins dos Andes...

Psicologicamente, que é o que nos interessa em nosso espaço, são as motivações clássicas que estimulam o ser humano a alçar vôos enigmáticos e ousados desta natureza...

O best-seller de Elizabeth Gilbert (Comer, rezar e amar), que permaneceu por mais de 40 semanas na top list da revista Veja (no mundo já vendeu 4 milhões de exemplares!), dos mais vendidos, retrata bem a necessidade de se afastar do lugar, do meio e das pessoas que nos feriram, a fim de poder lamber nossos machucados-da-alma e cicatrizá-los lentamente...

O tombo pode ser financeiro, afetivo, orgânico ou espiritual, não importa... Muitas vezes não é tão visível ou mensurável, aparecendo como uma sensação de vazio, de tédio, de incompletude...

Um outro aspecto interessante desta busca é a necessidade de diversificação, de variação, de ter contato com o novo, o desconhecido... Além do aspecto aventureiro em si, traz a possibilidade de descansar-a-mente, de criar novas visualizações para velhos problemas, de re-carregar as baterias mentais!

O mais sutil e profundo fator que promove tal mudança é a necessidade de correr-atrás-dos-nossos-sonhos-mais-recônditos, aqueles ideais e desejos sufocados pela necessidade de sobreviver e trabalhar norteados por um padrão de consumo muitas vezes questionáveis. São sonhos adiados, desejos reprimidos, idéias acalentadas que de repente acordam dentro de nós, como um vulcão incansável a exigir respostas...

Para mim, uma grande reflexão disso tudo dispara na direção do que realmente acreditamos que merecemos...

Nossa educação e formação católico-ibérica, que preconiza o velho fantasma da culpa e da vergonha, nos ensinaram inconscientemente que não devemos ceder e/ou satisfazer nossos reais desejos e prazeres sem remorso... Aí nos iludimos com conquistas materiais, realizações profissionais e afirmações sociais, nos protegendo das tentações...

Um dia a vida pede conta de todo este seqüestro psicológico e emocional.

Se pra você esta hora chegou, ponha o pé na estrada e diga apenas: VOU ALI E JÁ VOLTO (OU NÂO).

bjks da van(texto ofereço c/ carinho p/ meu amigo Daniel novik.te amooo muito viu!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

ENCONTROS@.COM



O que parecia impossível naquela velha música do Rei Roberto “eu quero ter um milhão de amigos...”, para qualquer mortal como nós está ficando cada vez mais acessível e perfeitamente plausível... Basta ter vontade, persistência e um bom computador em casa!

Os números são impressionantes...

Quase 20 milhões de pessoas navegam por mês em sites de relacionamento!

São sites, blogs, páginas só para fotos e é claro o imbatível “Orkut”, a nova “coqueluche” dos brasileiros interessados em conhecer alguém.

Definitivamente a web deixou de ser uma mera opção de poucos, para se tornar a favorita, a campeã na busca, na estratégia, na forma de se relacionar socialmente, com o objetivo de conversar, namorar, casar ou fazer amigos (as).

Os casamentos oriundos da Internet já superou os antigos “redutos-da-paquera”, como festas, bailes, botecos e casa de amigos.

O amor ao primeiro e-mail é claro apresenta seus riscos, já que “mentirinhas”, falsidades, “mau-caratismo” se escondem facilmente atrás de um perfil ingênuo, uma voz adocicada ou uma foto despretensiosa. ..

Alguns cuidados básicos devem ser tomados principalmente se você está numa fase carente, debilitada(o) emocionalmente, com a auto-estima abalada... Nestas ocasiões, fuja do MSN, do portal de encontros e dos sites especializados, pois você vai ser presa fácil para os mentirosos e sedutores que fazem “plantão-on-line”!

Esqueça os codinomes apelativos e sugestivos que só atrairão os “gostosões 44” à espreita de sexo casual, e só.

Desconfie de quem diz pouco de si e a investiga muito... Telefone fixo, nem pensar... pois pode dar pistas de seu possível endereço...

Quando chegar a hora de marcar encontros prefira lugares públicos e bem freqüentados como “shopping”, bares e restaurantes.

Tomados estes cuidados o negócio é “se achar” e aproveitar as imensas possibilidades e desfrutar de um movimentado fim-de-semana, mesmo que seja apenas com um “parceiro(a).com”!

Não importa se você é tímido, hetero, gay ou lésbica, negro ou branco, jovem ou não neste aspecto a rede é ampla e democrática, inclusive superando a grande barreira da distância que no passado era um grande empecilho e destruidor de grandes e promissores romances.

Do ponto de vista psicológico a maior restrição a ser feita é quanto ao envolvimento, à intensidade, a conexão virtual obsessiva, que na medida em que passa a restringir outros tipos de relacionamento interpessoais, “confinando” o internauta em sua “telinha”, aprisionando o individuo aos compromissos via computador, passa realmente a ser motivo de preocupação e merece uma reflexão e mudança de hábitos.

No mais é divertir-se e trocar muitas mensagens e opiniões, dividir risos, desabafar, conversar, trocar experiências, fotos, sonhos, expectativas até o dia em que, quem sabe, se valer à pena se permitir o “olho-no-olho” que ainda vai continuar sendo o verdadeiro milagre do chamado” amor-a-primeira-vista”!

bjks da van

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

OS ESPECIALISTAS EM PLANOS E EM PUXA-SAQUISMO


Hoje vou contar uma historinha. Um fazendeiro colecionava cavalos. Só faltava uma determinada raça. Um dia, ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Tanto atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois, o cavalo adoeceu. Ele chamou o veterinário que disse: - Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No terceiro dia, eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo. Neste momento, o porco escutava a conversa. No dia seguinte, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:”Força amigo, levanta daí senão será sacrificado!” No segundo dia,deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou novamente e disse: “Vamos lá, amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar. Upa! Um, dois, três...” No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse: “Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos”.Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse: “Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa!Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai....fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu campeão!” Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou: “Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa! Vamos matar o porco!” Isto acontece em qualquer lugar. Grandes empresas e grandes negócios não são grandes pela inteligência, capacidade e luta dos seus empreendedores ou dos seus “donos”. Porque sem o trabalho suado,esforçado e estressado de seus funcionários, desde o diretor ou o gerente até o menor dos varredores, seu projeto jamais seria grande. Normalmente, a glória vai para os idealizadores, os donos. Mas suas idéias, suas promoções e seus sonhos jamais seriam reais, se desconhecidos e escondidos funcionários não fossem eficientes em executá-los ou mesmo não morressem para que a glória acontecesse. Mas ninguém — nem os adoradores e os adorados — percebe qual é o funcionário que realmente tem mérito pelo sucesso ou que está dando o suporte para que as coisas aconteçam. Ninguém fica sabendo do funcionário que perdeu família; que foi perseguido e humilhado pelos auxiliares soberbos do segundo, terceiro ou quarto escalão; do funcionário que morreu de doença do trabalho sem nenhum reconhecimento; ou que, por alguma razão, depois de mais de 30 anos de camisa na empresa foi demitido, sem aposentadoria, porque um dia escorregou. O glorificado empresário nem ficou sabendo que seu sucesso no negócio deveu-se a homens e mulheres nas suas terras ou nos corredores de sua empresa. Só os mais próximos diplomados especialistas em planos e em “puxa-saquismo” têm acesso aos coquetéis!
bjks da van

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

FALSAS CRENÇAS

Nossa violência por um cacho de bananas

Por pura curiosidade, fui ler um pouco sobre alguns países da África.Ghana, por exemplo, é um pequeno país banhado ao sul pelo Oceano Atlântico, com uma população aproximada de 24 milhões de habitantes. Esses se dedicam à agricultura, produzindo vários alimentos tais como arroz, café e amendoim. Possui muitas indústrias e muitos recursos naturais como ouro, diamante, bauxita e manganês. 98% de seus habitantes são negros. Mais da metade deles professa crenças originadas do cristianismo. A língua oficial do país é o inglês, mas quase todos conhecem e falam línguas africanas de nomes que soam estranho para nós como Akan, Moshi-dagomba, Ewe e Ga. Até aí, sem grandes novidades. Mas esse país tem uma tradição muito peculiar.Quando nasce um bebê, lhe é dado o nome, o sobrenome e ao final se acrescenta o dia da semana em que o bebê está nascendo. Na língua local por exemplo “guaco” significa “quarta-feira”. Assim um menino teria o nome de João Silva Guaco. Acontece que apalavra “guaco”, além de significar o dia da semana, também quer dizer”pessoa violenta”, “pessoa má” e “pessoa agressiva”. Pesquisadores de uma universidade preocupados com os índices de violência no país, em uma pesquisa nacional, ficaram boquiabertos ao perceber que em mais de 50% de todos os crimes violentos cometidos no país seus autores tinham nascido em uma quarta-feira. No Brasil, pesquisa efetuada com presidiários em São Paulo apurou que grande parte dos presos tinham ouvido várias vezes de familiares durante a vida a seguinte afirmação: Um dia você ainda vai acabar na cadeia!. Cientistas de uma universidade colocaram cinco macacos dentro de uma jaula e no meio uma escada e no topo dela um cacho de bananas. Quando o primeiro macaco começou a subir a escada para comer a banana, um dispositivo automático jorrou uma chuveirada de água fria sobre os outros. Todas as vezes que o primeiro tentava subir os degraus, os outros quatro macacos lhe davam uma surra para não tomarem o banho e logo o primeiro macaco aprendeu e não tentou subir mais a escada ainda que morrendo de vontade de o fazer. Os outros também estavam querendo muito pegar o cacho de bananas, mas para evitar o banho frio entravam em conflito e não tentavam subir os degraus. Os cientistas então trocaram um dos macacos e esse logo começou a subir a escada para pegar o cacho de banana. Todos os outros imediatamente começaram a espancá-lo até que aprendeu a lição e não tentou mais subir. Os cientistas continuaram a substituir um a um os macacos e todos os outros quatro o espancavam, mesmo os que nunca tinham tomado o banho frio. Quando todos os macacos foram substituídos, nenhum deles tinha recebido o banho frio, mas espancavam o que tentasse subir a escada. Havia sido criado um novo paradigma entre os macacos. Nenhum deles sabia o motivo pelo qual se batia no macaco que buscava o cacho de banana subindo os degraus, mas todos o faziam pois era esse o padrão de comportamento que aprenderam de todos.Psicologicamente não importa se as mensagens que recebemos a vida toda sejam boas ou ruins. Aos poucos vão se tornando verdade e depois paradigma e o sujeito resistirá bravamente quando se lhe for mostrado a inadequação, pois a repetição terá transformado aquela aberração em verdade, depois em crença e por último em paradigma. Um casal faz para seu filho de alguns anos de vida em apenas um fim de semana pelo menos 50 vezes afirmações com associações absurdas, criando dentro dele falsas verdades que vão acompanhá-lo e principalmente atormentá-lo por toda a vida. O mais trágico disso é que, na maioria das vezes, os pais fazem as afirmações apenas como uma forma de conseguir alguma disciplina do filho, pois não acreditam que seu filho seja burro ao afirmar isso por fazer arte, mas a afirmação constante de burrice vai aos poucos estabelecendo um paradigma trágico para o futuro dessa criança. Assim, caro leitor, faça sempre apenas afirmações positivas para seus filhos e amigos, incuta na mente deles apenas afirmações de coisas boas, pois tudo o que semear na cabeça deles germinará e dará muitos frutos de acordo com o tipo de semente plantada.
bjks da van

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O GRAU DE LIBERDADE NÃO DEPENDE DOS BENS MATERIAIS


Se a gente perguntasse se o dinheiro liberta para muitas pessoas, provavelmente de cada 10, nove responderiam afirmativamente. De maneira geral, as pessoas associam o dinheiro ao consumo e à possibilidade de ter quase tudo o que seja vendável e que se queira. Também imaginam viagens maravilhosas, pessoas muito interessantes em volta e uma vida tranqüila sem essas preocupações de quase todos os mortais relacionadas com o ganha-pão de todo dia e as dificuldades que isso acarreta.

Olhando por esse prisma, difícil não se concordar que o dinheiro traga uma sensação de liberdade, uma vez que muitos desejos podem agora ser satisfeitos, exatamente porque se tem dinheiro. Com muito dinheiro, pode-se comprar lindos automóveis, comidas saborosíssimas, roupas elegantes, barcos fantásticos, jatinho executivo, apartamentos deslumbrantes e por aí a fora. Todos esses bens dão uma sensação de poder e liberdade. No entanto, quando condicionamos nossa liberdade e felicidade a circunstâncias ou bens externos a nós caímos numa armadilha, pois nosso bem-estar passa a depender de muitos fatores. O sábio sabe que não é tão difícil assim conseguir essas conquistas, se não as condicionar a fator externo e se tiver plena consciência que ser livre e feliz depende única e exclusivamente de si mesmo e de sua mente.

Mas nem todos concordam que a idéia de liberdade se relaciona a dinheiro para comprar tudo o que se quer ou para se locomover confortavelmente de um lugar para outro. Algumas pessoas conseguem entender que o conceito de liberdade não está associado ao ter, e, sim, ao ser. Entendem também que quanto mais se tem financeiramente, mais se depende do dinheiro. Percebem que o conceito de liberdade é subjetivo e como tal depende de condições internas e não externas do sujeito.

Nelson Mandela, famoso sul-africano negro que lutou contra o regime de segregação racial daquele país por sua militância em prol da liberdade, passou parte de sua adolescência e de sua vida adulta preso por mais de duas décadas. Em nenhum momento se sentiu preso, pois havia entendido que os verdadeiros grilhões estavam na mente e não nas grades da prisão. Assim, o grau de liberdade que usufruímos depende da mente e não dos bens materiais.

Conheci uma pessoa, extremamente estudiosa, que dedicou parte de sua vida a ser um bom profissional e ter qualidade de vida juntamente com sua família. Ganhava bem menos do que desejava, até que passou a desenvolver um negócio legal e honesto que, em poucos anos, o levou a ganhar mensalmente valores econômicos muito elevados. Era tanto dinheiro, que, por mais que gastasse, o dinheiro não acabava. Na busca de liberdade e usufruto dos bens materiais, separou-se de sua família, passou a ter uma vida boêmia, envolveu-se em litígio envolvendo máfia e mulheres e acabou assassinado. Havia se tornado escravo de seus desejos a partir do dinheiro que tinha. Sem se dar conta, quanto mais se libertava, mais escravo se tornava.

Quando eu soube do que havia acontecido com essa pessoa, entendi imediatamente o que Cristo disse: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”.

Assim, não limite sua vida a uma busca frenética por dinheiro e prazer. Cultive sua família, as pessoas que te amam e você ama. Não deixe as exigências dos sentidos tomarem as rédeas da sua vida, pois, se assim o for, quanto mais livre você achar que estiver sendo, mais escravo se tornará.


BJKS DA VAN

TRANSPIRAÇÃO E TALENTO


Manoel Bandeira, em uma de suas obras, confessou que “Itinerário de Pasárgada” foi seu poema de mais longa gestação: quase nove anos!

Pintou-lhe a idéia, em noite insone decorrência de sua tísica famosa. Na hora, começou a rabiscar o texto. Não gostou do que escrevia e desistiu. Rasgou a folha.

Retomou a idéia, tempos depois, e produziu o poema mas não se atreveu a publicá-lo: sua autocrítica gesticulava, irada. Notou falta (ou sobra) de alguma coisa. Reescreveu-o, dezenas de vezes, tirando e pondo, burilando e lustrando forma e conteúdo. Só deu a obra como pronta e acabada quando sentiu que exteriorizara exatamente o que pretendia. Deu no que deu: obra-prima da literatura ocidental.

A propósito, é de bom alvitre dizer que Pasárgada é nome de antiga cidade da Pérsia. Atualmente, é sítio arqueológico, na província de Fars, no Irã. Em Ouro Preto, há república de estudantes com esse nome. O motivo da denominação parece óbvio: o poema do velho Manoel. Ou, mais precisamente, estes versos: “lá terei a mulher que eu quero/na cama que escolherei” e “lá existe método seguro/de evitar concepção”.

Geir Campos, poeta e professor, em antigo livro de intenção didática, também fala da gênese do texto literário, em prosa ou verso. Enfoca, preferencialmente, o “fazer poético” que, no seu modo de pensar, deve ter, como combustível, intensa transpiração. Inspiração e talento, posto que necessários, não devem ser os elementos únicos.

Mestre Geir exemplifica, com soneto famoso: escreveu os quatorze versos e os reescreveu, modificando-os, inúmeras vezes, até chegar à forma definitiva: perfeição!

Ainda sobre Geir Campos: ele costumava dizer que não tinha conhecimento de nenhum texto de qualidade que tivesse sido escrito de uma sentada.

Estou falando isso, leitora, não como indireta a alguém. Faço-o como direta mesmo. E endereçada a alguns amigos que gosta de vangloriar-se, dizendo que escreve “currente calamo”. Confesso, temerariamente, que não vejo mérito nisso. Nem demérito é claro. Confesso, também, que julgo seus textos bons. No entanto, creio que seriam ótimos, se eles se dispusessem a driblar a preguiça e transpirar, pelo menos um pouco.

Carlos Drummond de Andrade, em carta a um aprendiz de poesia, enfatizou este conselho: “Seja humilde”.

Para encerrar, relembro que Virgílio aquele da “Eneida” escreveu e reescreveu sua “Ars Poetica” inúmeras vezes. Quando entendeu que a obra estava concluída, o texto final tinha menos da metade das estrofes da primeira tentativa.

P.S. O aprendiz de poesia de que falei, no penúltimo parágrafo, é um conhecido do meu pai. Li seu livro. Li a carta de Drummond. Achei cabível e pertinente o conselho.


bjks da van