quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ISRAEL X PALESTINA


· Não há um mortal que não tem acompanhado a “guerra” entre o Estado de Israel e os Palestinos. Tal contenda tem raízes muito mais políticas e econômicas do que religiosas como pensa a grande maioria. Esse processo está intimamente ligado a expansão capitalista no século XIX (Revolução Industrial) e a busca por fontes de energia segura para suas máquinas, o petróleo.

Tal processo (a guerra) foi reforçado pelo sentimento anti-semita muito difundido na Europa no início do século XX. A ascensão do movimento nazista na Alemanha e a consequente perseguição aos Judeus deslocaram um grupo considerável de pessoas que ansiavam por inaugurar definitivamente um lar judaico. Vários foram os lugares sondados (África, América do Sul inclusive). Mas as fortes raízes históricas com o Oriente Médio e os interesses europeus (ingleses) na região acabaram por ser determinante no processo de ocupação.

Em 1947 a região é dividida em dois lares. O Judeu compreenderia uma extensão de 14.000 km, enquanto o Palestino se resumiria em 11.000 km. A proposta foi levada aos interessados através da Organização das Nações Unidas (ONU) e rejeitada pela maioria árabe na região sob o argumento de que a instalação de um Estado Judeu serviria como uma porta de entrada para costumes e tradições ocidentais, aniquilando, gradativamente, a cultura local e provocando um processo chamado de desenraizamento.

Portanto, os palestinos, ao recusarem a presença judaica tão tolerada séculos atrás, agora lutam em duas frentes. A primeira contra a transferência de riquezas da região e a consequente pauperização do povo palestino; em segundo lugar pelo inerente processo de descaracterização da cultura árabe através de uma presença ocidental cada vez mais constante através do Estado Israelense.

A matança generalizada de civis por parte de Israel põe em questão um aspecto crucial da história. Guerra e política seriam elementos dissociáveis? Os analistas costumam dizer que a guerra é a política feita através de outras armas. Civilização para nós seria o campo da política. A guerra representaria a barbárie. O mundo, incluindo o Brasil, espera uma solução pacífica para o conflito, e aprende, com a guerra, que o conflito entre povos deveria ser resolvido no campo político e não através da lógica das armas.

BJKS DA VAN

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

EM DIA DE AMOR, O ÓDIO SE ESCONDE

A casa cheia, amigos e familiares juntos para celebrar mais um aniversario. Estranho dizer mais ( um) aniversario e mais estranho ainda é dizer ganhar um ano. Na verdade nós não ganhamos ano nenhum, mas perdemos. A cada ano que se passa aproximamos da indesejada da gente. E assim vamos vivendo ansiando algo que evitamos confirmar, mas esta é a verdade; todos caminham para o fim.

Por isso, o importante na vida é celebrar todos os momentos, sejam ímpares ou pares. Não há vida tão longa capaz de abraçar a todos nem tão curta incapaz de estender uma mão. É preciso apreciar cada instante, até os mais doloridos, como etapas de crescimento humano. E não importa quantas caras feias apareçam no caminho, devemos sempre sorrir e mostrar àqueles que nos olham torto que nosso mento é reto.

As fotografias trazem saudade, relembram amizades e ressuscitam entes queridos. Ao som de uma bela melodia, tudo o que se quer pode ser realizado, ainda que no sonho sereno da imaginação humana. As palavras carinhosas ditas por quem se ama são ânimos para continuar a caminhada terrena. Sem as palavras humanas úmidas e verdadeiras que escapam das bocas dos que nos rodeiam, tornamo-nos solos secos e infrutíferos para a vida. Bom é ouvir coisas boas daqueles que nos amam. Bom é ouvir verdades verdadeiras, não fingidas. Cansamos de deixar os nossos ouvidos serem poluídos com dizeres enganosos e interesseiros.

Assim, entre passado e presente, vivencia-se a passagem de anos ou, como querem alguns, os ganhos deles, ainda que sejam perdas. Momento de ser celebrado com a mais genuína manifestação do sentimento humano, a poesia. E como é bom atrelar poesia a música. Como é bom ser o seu poeta e ser o seu cantor. Ouvidos atentos e rostos repletos de lágrimas acolhem no âmago sentimentos amadoristas. Ocultadas teclas ressoam sons que melindram a alma de todos os presentes, menos as almas daqueles que se fecham em seus mundinhos e esquecem a estrada percorrida. Entra em cena a homenagem e se vão seres sem ramagens, que se escondem em si mesmos, irados pela felicidade alheia. Alheio a tudo, o peito aberto ao amor reverbera versos e solos, não com o intuito de enaltecer, mas com o propósito de amores fazer crescer.

Registra-se tudo com os flash’s tecnológicos. Feliz daquele que inventou esse instrumento que faz o tempo parar. Não podemos voltar ao passado, uma vez que tal tempo não existe no mundo real, apenas na lembrança abstrata da mente. Mas pedaços de papel ou imagens virtuais móveis ou não salvam a amnésia. Gestos simples, apertos frágeis que tornam o instante perpétuo.

Destruir recordações humanas talvez seja um dos gestos mais terríveis praticados por seres humanos. O defeito do homem é só enxergar com seus próprios olhos. O dia em que ele conseguir ver com outros olhos que não sejam os seus, verá então que o mal que percebe é o bem que outro almeja. E não há mal em poesia e música, não quando são feitas com os mais benéficos sentimentos humanos. E não há mal em querer registrar e guardar para sempre isso.

E que todos os amigos sejam homenageados com depoimentos sinceros, imagens verdadeiras, poesias e músicas genuínas. E que todos possam lacrimejar, pois felizes são os que choram com o bem. E que um dia possamos ver, ainda que dolorosamente, que não temos o direito de podar a felicidade daqueles que amamos nem dos que nos são indiferentes. Todos têm o direito de sonhar,o poder de fazer e serem felizes.

bjks da van

sábado, 24 de janeiro de 2009

ESCREVER É UM JEITO MISTERIOSO DE FALAR EM SILÊNCIO:

[b]"Escrever é um jeito misterioso de falar em silêncio,assim como ler é uma maneira de ouvir o que ñ tem som em nivel profundo."
Boas musicas podem provocar experiências misticas,expandir a conciência e revolucionar o espirito humano,rompendo os muros da mediocridade.A amizade que tenho p/vc, é uma coisa tão nossa,que nimguem pode roubar.rsrs...bjks viu!
[/b]

BJKS DA VAN

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

QUE MUNDO ESTAMOS DEIXANDO PARA OS NOSSOS FILHOS?



grande Pero Vaz de Caminha anunciou ao Rei de Portugal: "Em se plantando tudo dá". Ele se referia à fértil terra que acabara de descobrir com outros amigos, mas serve para a mente humana que é sempre um terreno fértil para qualquer tipo de semente que for plantada e cultivada. O que plantamos, colhemos. É fácil entender isso. Não se pode esperar de ervas daninhas a produção de alimentos saudáveis, da mesma forma que se pode esperar que sementes de trigo semeadas em terra fértil e preparada, produzirão campos coloridos e fartura nas mesas. Você já se deu conta que é cada vez mais freqüente, quando vai se fazer uma compra, se não tomar muito cuidado, pode estar sendo enganado?

Quer seja no supermercado que coloca um preço no produto, mas o código de barras tem um preço maior, quer seja num produto que está em "promoção" e você compra na boa fé achando que está fazendo um grande negócio e quando chega em casa percebe que já está vencido há alguns meses. Em feira de automóveis usados então, se possível, leve com você na hora de ver o carro um mecânico, um lanterneiro e um despachante, todos experientes.

O mecânico vai desnudar os problemas no funcionamento do motor, o lanterneiro desnudará por baixo da pintura malfeita as batidas que o carro já sofreu pois há grandes chances de aquela pintura fresca ser apenas uma camuflagem dos problemas do carro. O despachante para checar os documentos e comprovar que o carro não é roubado e não tenha multas exorbitantes.

O que mais assusta é que esses mesmos homens que trambicam e agem o dia todo roubando e enganando outras pessoas, e não são poucas, quando chegam em casa se portam como pais de família diante da esposa. Para os filhos pequenos falam palavras de carinho, esboçam sorrisos protetores e quando os filhos já têm condições de entender, tecem alguns comentários reforçando valores aprendidos no passado, mas que se negam a assumir no dia-a-dia e quando deitam a cabeça no travesseiro dormem um sono como se fosse o sono dos anjos de tão leve que se sentem, acordando somente no outro dia, prontos para mais um dia de gatunagem.

Fazem uma cisão entre o que praticam e o que pregam para seus filhos.

Isso mesmo, passar a perna nos outros, roubar, usar a todo o momento a Lei de Gerson, tem se tornado cada vez mais parte da normalidade de muita gente. Outro dia vi um anúncio de um carro.

Eram muitos os atrativos tanto no preço pedido, pouco uso e perfeito estado de funcionamento. Fui ver o carro no endereço do vendedor e fui atendido por uma simpática senhora. Ao ser arguida porque estava vendendo? inventou uma história pouco convincente.

Mas garantiu que o carro era novo e que poderia levar sem medo, pois caso desse algum problema ia recebê-lo de volta devolvendo o dinheiro.

Depois de alguns percalços para conseguir comprar gasolina para o carro ,ja perto da oficina para fazer revisão ele pifou de vez...simplismente não funcionava.

Imediatamente liguei para a vendedora e agora quem atendeu foi seu marido que, ao ser informado do problema, fez questão de dizer em alto e bom som: "Vá procurar seus direitos".

Nesse momento entendi com quem estava lidando e vi que o sujeito com essa pequena frase derrubou muitos dos princípios nos quais acredito.

Primeiro que devemos ser honestos e ele não estava sendo.

Segundo que ele esqueceu que , ao levar vantagem,pensou que estava lesando meus direitos.

Terceiro que desdenhou da Justiça com a segurança de que jamais o Poder Judiciário vai puni-lo. Pobre homem, pobre família. Naquele momento devia estar rindo do fato de ter pensado estar enganando mais um "trouxa", pois em situações como essas muitos consideram que o enganado é otário e quem engana é o esperto.

Quando estive na casa desse coitado para ver o tal carro, vi uma criança de uns 3 aninhos dormindo no sofá da sala. Essa sim dormia o soninho dos anjos, mas me doeu o coração imaginar que, aos poucos, os valores que lhes serão passados por seus próprios pais a corromperão. Qual o tipo de mundo estamos deixando para nossos filhos?( bom...o carro maquiado foi devolvido,e meu dinheiro de volta). A lei e dura mais e lei...RSRSRS

BJKS DA VAN

Obrigado p/ visitinha viu!
volte sempre!!!rsrs
bjks

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

SORTE E FELICIDADE




Sorte e felicidade todos nós desejamos.Este binômio sorte e felicidade é a alavanca do mundo. Nele se contém outro binômio: saúde e paz. E dinheiro, como é que fica? Quem tem sorte, dinheiro tem. E me fez lembrar um episódio de um amigo que estava na Califórnia, Estados Unidos. Inglês ele não falava, balbuciava palavras isoladas, tentando uma frase. Era um fracasso no idioma. Certa vez, lá na Califórnia, ao sair dirigindo seu carro, deu uma ré e quase atropela uma criança acompanhada da avó que lhe bradou um “esporro” em ingles. Meu amigo tentava se desculpar falando “excuse-me! Excuse-me! Excuse-me!” A avó se irritava mais ainda; quando então meu amigo lembrou-se de que não era “excuse-me” e sim, “I am sorry”. Assim falou e complementou: I am sorry, dona. Daí é que teve a sorte de ir para os States, mas não teve felicidade.

Sorte é ter felicidade. E felicidade com muita saúde e paz é uma dádiva divina. Eu amo tanto aquela pessoa; sorte minha tê-la encontrado na minha vida, porém a felicidade me escapa; ela não me ama. Já tive tanto dinheiro com que me esbaldava; hoje, dinheiro eu não possuo; nem saudade dele, enjoei! A vida é assim, cheia de momentos. Mas tudo passa na vida e nem sempre a lembrança fica, de forma que o esquecimento é tão importante quanto a lembrança. Já pensou se tivéssemos sempre a lembrança de maus momentos? É importante esquecer. Não tenha dúvida, porque nada como a certeza para espancar todas as dúvidas.

A inveja é a maior pobreza, e pobreza de espírito. Tantos doutores, tantas cabeças inteligentes, dotadas de sabedoria e cultura, intelectuais e assim por diante, mas sem dinheiro, não têm fortuna. Por outro lado, existem outras pessoas, acéfalas, semi-analfabetas; entretanto tornam-se ricas, fazem fortunas. É um paradoxo da vida ou a vida que apronta peças verdadeiramente teatrais. Pobres ricos, deles inveja não tenho, nem inveja de ninguém! Estes ricos pobres de espírito, distantes da felicidade e mais longe ainda do amor, que lhes bastem o dinheiro, cheio de avareza.

Meu texto não tem a filosofia como objetivo. Estou apenas refletindo alguns aspectos da vida. São estas reflexões sobre sorte, felicidade, paz, saúde e dinheiro que me faz aproximar de Deus, na certeza plena e absoluta de que a felicidade deve ser um estado constante de nossa vida. Feliz aquele que crê.

bjks da van

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A DITADURA DA INFORMAÇÃO


A massificação dos meios de comunicação é um fenômeno típico de ditaduras. No Brasil, um resquício, ou melhor, resíduo do último regime militar, que perdurou por mais de duas décadas.

A idéia de que jovens, velhos, homens, mulheres, crianças, analfabetos e doutores – 60% dos telespectadores – queiram ver o mesmo jornal, todas as noites, é, no mínimo, insensato. Também, seria muita ingenuidade pensar que, em alguns minutos, poderiam transmitir as principais notícias para a população do Oiapoque ao Chuí, num país de proporções continentais, com diversos 180 milhões de habitantes e mais de 8 milhões de quilômetros quadrados.

E não é somente uma questão de qualidade, impossível quando reduzem a informação ao mais baixo grau de instrução, para que todos possam compreender. Deve-se destacar ainda um reflexo deste processo: a manipulação dos fatos. Processos eleitorais, pressões e comportamentos sociais são diretamente influenciados pela mídia. Candidaturas virtualmente construídas, ideais descontruídos.

Contrastar o senso crítico, pluralidade e liberdade de opinião é a melhor forma para consolidar uma democracia. Desmassificar a televisão brasileira é hoje necessário às próximas gerações, caso quisermos evitar futuros golpes políticos com a indiferença popular. Imaginar 30 milhões de pessoas recebendo a mesma face da notícia é uma ameaça à cultura de qualquer nação.

Com a desmassificação, a programação da televisão brasileira seria segmentada. Nos Estados Unidos, e nos principais países europeus e asiáticos, isso já é uma realidade, há muitos anos. A CNN, por exemplo, é um sucesso com menos de 5% da audiência.

A massificação é tão intensa, que sentimos a necessidade de ler a revista Veja, assistir à novela das oito e ao Jornal Nacional para que possamos nos sentir “sociáveis”, entre as rodas de bate-papo na família, na escola, na faculdade e no trabalho.

A tematização emperra, enquanto a televisão paga não se populariza, dividindo telespectadores de acordo com suas particularidades. Sem, óbvio, afirmar que o crítico esteja relacionado a assistir canais a cabo; mesmo porque, a segmentação tende à futilidade. Mas, isto sim é democracia. O que sugiro, enfim, se a sua única alternativa seja a Rede Globo, é desligar seu aparelho e buscar outra atividade. “Ame-o ou deixe-o”, como em todo totalitarismo.

Abaixo, imagem do Jornal Nacional, no ar desde 31 de agosto de 1969, coincidentemente, mesmo dia em que tomou posse a Junta Militar responsável pela indicação de Médici à presidência. O jornal fez parte dos planos do regime para melhorar a própria imagem, diante da crise política dos anos anteriores. Deste ano em diante, “milagre econômico”, “modelo brasileiro” e “prosperidade” seriam termos corriqueiros: na teoria.

bjks da van


OS NÚMEROS


Quando era ainda recém-ingressa da faculdade estava na duvida,psicológia ou direito? Comprei um livro de leis, desses que traz um conjunto de códigos, 5 em apenas uma encadernação, conhecidos como 'Vade Mecum', e editados a cada ano por uma porção de editoras jurídicas.

Com o passar dos anos, e a "mutação" constante das leis, adquiri um livro de códigos "8 em 1", posteriormente um outro "15 em 1".E como não poderia ser de outra forma, a livraria lançou uma edição ainda mais extravagante, 'Vade Mecum' "8oo em 1", sem exagero, pelo menos da minha parte.

À primeira vista, pode parecer óbvio. Salta aos olhos o crescimento desproporcional de números reunidos em uma só edição, como se ocorreu à República a multiplicação do trabalho dos legisladores, ou se alguém fosse ler tantas páginas da "lei seca", no jargão acadêmico, a lei sem comentários, a qual consultamos paralelamente à doutrina.

Ora, basta um clique no endereço eletrônico do Planalto, lá tem todas as legislações, não se precisa de tanto papel debaixo do braço.(GRAÇAS A DEUS ESCOLHI A PSICOLÓGIA)

Sem dúvida, há um enorme fascínio que envolve o número. Já não bastasse governar o mundo, como bem acertou Pitágoras, número também é referência para tudo atualmente. Se for melhor, tem a certeza de mais números, na sociedade de metas irracionais, cada vez mais aferrolhada pelos números inflacionados.


Trailer do filme "Número 23", com Jim Carrey. O protagonista entra numa espiral de loucura enquanto lê um livro, ficando convencido de que o texto é baseado em sua própria vida

Nem as palavras em si guardam tanta expressão, quando desacompanhadas por eles. Veja bem, o panfleto orienta que você tem "10 razões" para parar de fumar. A Igreja diz "Deus é 10!". Nem mesmo nos os psicólogos imaginaram que, algum dia, a identidade da população fosse representada confortavelmente pelos números. A identidade, a casa, os bens, os pecados, os sentidos.

Na eternidade, estará lá pregado em sua cova um número. Nada escapará, nem mesmo o seu registro de óbito. Sequer dirão que você foi verdadeiro, honesto, vão preferir dizer que era, naturalmente, "uma pessoa 100%". Como na lanchonete, se pede a comida pelo número no cardápio, ou se escolhe onde comer pelo número do telefone, não importa.

Nada escapa à servidão, e nem a questionamos no cotidiano. As horas do trabalho, os dias do prazo, as faltas, as notas. Até as religiões expressam o "bom" e o "mau" através de... números!

Houve um tempo em que a palavra é que era dada, como se presta o mais valioso patrimônio a alguém, não o número. Aliás, antes que me esqueça, a "quantas" vai você hoje? Leu no jornal as dicas da Numerologia? Apostou os números da Mega Sena? Ou, quem sabe, não seja melhor descansar e deixar os números um pouco de lado.


A banda Engenheiros do Hawaii também filosofou sobre o tema na canção "Números", do álbum "10.000 Destinos", lançado no ano 2000

E você, onde os números moram na sua vida? Participe enviando seus comentários.

BJKS DA VAN

ACORDAR

Acordar parece um grande pesadelo para algumas pessoas


Arquive na sua mente o que eu vou lhe dizer: seus sonhos de vida são inversamente proporcionais ao tempo que você gasta vendo TV e dormindo. Isso mesmo! Os sonhos são molas propulsoras de nosso desenvolvimento. Jung vai mais longe e considera que os sonhos, a que chama teleologia, delineiam traços de personalidade.

Os sonhos seriam em verdade objetivos ainda não alcançados, mas que temos como meta alcançar. Assim, o conceito de sonho passa pela certeza de que o sonhado ainda não temos, e quase sempre vários graus de obstáculos terão que ser enfrentados e superados. De maneira geral, quanto maior o sonho, maiores as dificuldades envolvidas em sua realização.

Agora olhe para si mesmo e responda: quanto tempo você gasta por semana para ver novela? E aquele filme? E programas intragáveis como os do Faustão e da Ana Maria Braga? Já aconteceu alguma vez de você estar vendo TV, não estar tolerando o que está vendo, mas mesmo assim continua a assistir até dar sono?

E quando você deixa a televisão ligada enquanto está em casa o dia inteiro como se dela fosse brotar a solução para todos os problemas?

Somou todas as horas gastas diante de um aparelho de TV por dia? Agora multiplica por cinco. Pegue essas mesmas horas gastas vendo TV por dia e multiplique por 365 dias e já terá uma idéia do tempo desperdiçado diante da TV.

Agora reflita sobre o tempo que tem gasto dormindo. Faça uma média semanal incluindo aí os fins de semana que são os dias em que algumas pessoas dormem mais e outras menos. Em termos de necessidades orgânicas, a maioria absoluta das pessoas se satisfaz com entre cinco e oito horas de sono por noite.

Observa-se, com frequência, que a necessidade de sono tende a diminuir com o passar da idade. É muito comum pessoas com mais de 60 anos terem uma ótima recuperação do cansaço com somente quatro ou cinco horas por noite. Alguns fatores individuais, além da idade, contribuem para que o tempo necessário de sono seja distinto de pessoa para pessoa. Some o tempo usado para dormir e para ver televisão.

Quanto mais horas investidas aí, menores são seus sonhos, se é que você realmente tem algum. Sonhos são como princípios relacionados com a colheita. A terra precisa ser preparada, a semente semeada e todas as etapas do cultivo precisam ser planejadas e seguidas para que haja uma boa colheita.

Primeiro, o agricultor define que tipo de produção quer ter, depois planeja o cultivo e a colheita e por fim usufrui dos seus frutos. Com os sonhos acontece a mesma coisa. Dormir muito e ver televisão é a forma que você pensa que encontrou de fugir de si mesmo e fazer de contas que tudo vai bem. Por isso acordar parece um pesadelo para algumas pessoas.

Mas não se engane, se não mudar seus hábitos, a vida lhe cobrará uma altíssima fatura que, por não conseguir resgatar, pagará pelo resto da vida em forma de graves dificuldades de ordem financeira, afetiva e de saúde.

Agora vamos fazer uma introspecção: veja a idade que você tem e visualize os sonhos que tem traçado. Agora repasse o planejamento que tem em termos de tempo e estratégia para alcançá-los. Ah! Você não tem estratégia, nem definiu um prazo para realizá-los? Se é isso, lamento lhe informar, mas você não tem sonhos. Se você diz ter o sonho de comprar uma casa para abrigar sua família e fugir dos aluguéis, você precisa primeiro definir e criar na sua imaginação a casa que quer, com quantos quartos e forma de cada um, o que vai ter em cada quarto, quantos banheiros e que tipo de banheiros.

Além disso como vai pagar a casa. Você deve imaginar e visualizar tudo, desde a cor dos azulejos até o rebaixamento de gesso no teto. E a cozinha, a sala, o quintal, cada detalhe. Quanto mais você conseguir imaginar como se fosse real a casa dos seus sonhos, mais próximo estará dela.

Agora se você diz que quer uma casa porque paga quase a metade do teu minguado salário no aluguel e fica esperando tudo melhorar, esquece. Você é um forte candidato a morrer na condição de inquilino. Então mãos à obra, esse é o momento certo para sonhar não importa a idade que você tenha, pois sonhos fazem parte de todos os momentos de nossa vida. Sonhe! Planeje! Execute e jamais desista!

BJKS DA VAN

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

FALTA MUITO DIREITO PARA OS HUMANOS POBRES





A Declaração dos Direitos Humanos acaba de completar 60 anos. E, para não passar em branco (ou em preto!), uma ONG aqui do Rio de Janeiro encenou na praia de Copacabana a forma como são incineradas as pessoas pelos traficantes — no “microondas” — consumidas pelo fogo, amarradas dentro de pneus.

Esta coisa terrível, uma barbárie, está entre as muitas lembradas ao redor do mundo pelos especialistas em direitos humanos como exemplo do quanto ainda precisamos caminhar pela paz social.

Foram 6 mil assassinatos em 2008 aqui no Rio de janeiro. Muito mais que as perdas de algumas guerras ao redor do planeta e uma vergonha em termos de segurança pública.

Um dos pilares da declaração que aniversaria é o direito à vida e à segurança. A inviolabilidade da residência do cidadão. E o que vemos nas ações da polícia nas regiões pobres dominadas pelo tráfico? Casas arrombadas sem mandado judicial, execuções sumárias de suspeitos e seus familiares, o medo do Estado policial e arbitrário, explicado pelo fato de a polícia do Rio ser considerada a que mais mata inocentes no País e cujos números são os piores do mundo em países sem guerra. Um Estado que só sobe o morro para matar, nunca para curar e ensinar. Até quando? Os direitos à saúde e educação são outros duramente espoliados. “O passado é um segundo coração que bate em nós”, afirmou Henry Bataille, dramaturgo francês do século passado. Nossa “Casa Grande e Senzala” grava na alma a desesperança, que só pode ser combatida por intermédio de outro direito: a justiça, que não existe para as classes desassistidas da população brasileira. E é sintomático que numa época de tanta incerteza quanto ao futuro, a cúpula da justiça do Estado do Espírito Santo tenha sido presa pela polícia federal, por um recorrente delito nos tribunais brasileiros: a venda de sentenças. E quem é o corruptor? Sem dúvida, quem pode pagar, neste caso, empresários de importação e exportação de bens, buscando ”brechas tributárias” — nossa corrupta “Casa Grande” —, casa dos desembargadores invadida por policiais, agora com mandado judicial. Apreendidos foram carros importados, jóias e muito dinheiro em espécie. E moram estes barões em mansões nababescas, construídas muitas delas com artifícios contrários à boa ética nos tribunais, e trabalham eles em palácios tão caros, que lembram o paradigmático palácio do Tribunal Regional do Trabalho em SP — do juiz Nicolau dos Santos, pego desviando R$ 170 milhões e condenado a 26 anos de prisão, hoje cumpridos com pena de “prisão domiciliar”, exatamente por ser o juiz parte dessa “elite” dominante.

Muitos de seus imitadores estão soltos por aí. Palácios da justiça como aquele existem espalhados por todo o Brasil numa afronta às auditorias dos tribunais de contas e ao Ministério Público.

Temos muitos prédios “torres de marfim”, construídos com dinheiro público e pouca justiça ou meios para fazê-la no País. Uma sala de um desembargador no TRF-1 em Brasília tem 350 metros quadrados. A do presidente do tribunal, 650 metros quadrados! E onde está o dinheiro para informatizar e interligar todos os tribunais, para que inocentes não amarguem cadeia sem decisão judicial e culpados não contem com a morosidade nos processos?

Conclusão não poderia ser outra: falta muito direito para os humanos pobres e sobra desfaçatez nos palácios vazios de justiça. Vergonha nacional!

BJKS DA VAN

domingo, 11 de janeiro de 2009

TEMPO X ESPAÇO:AFINAL,ONDE ESTAMOS,DE ONDE VIEMOS,PARA ONDE VAMOS?





Se fôssemos definir a posição geográfica de onde estamos, qual seria o nosso endereço? Diríamos o nome da sua ou da minha rua? Da sua ou da minha cidade? O espaço é relativo. Depende de que ponto de vista partimos.

Tem gente que acha que o mundo gira em torno de si (indivíduo). Na verdade, este mundo é muito maior do que está diante de nossos olhos. Seria até interessante se nos enxergássemos em terceira pessoa (como num jogo de vídeo-game). Talvez assim seríamos menos egocêntricos e alienados.

Você, eu e mais 6,5 bilhões de pessoas (este número aumenta à medida que você lê este texto), além de outros animais, plantas, bactérias e espécies de vida ainda menos desenvolvidas, viajamos juntos pelo espaço sideral numa nave chamada "Planeta Terra". Neste globo meio achatado, dividimos terras e águas dispostas num diâmetro de quase 13 mil quilômetros. Aqui nos encontramos, organizamos sociedades, e passamos o que chamamos de "tempo" em relacionamentos pessoais, inventando línguas, regras, meios de comunicação, formas de lazer, trabalho, educação, trocas comerciais e de subsistência, literatura, crenças e ciências. Amamos uns aos outros. Matamos uns aos outros. Nossa janela é o céu.

O tempo, entretanto, não existe. Ou, também, é relativo. Este relógio que você carrega no pulso, pendura na parede ou vê na tela do computador lhe serve apenas como guia. Igualmente o calendário. Anos, meses, dias, horas, minutos e segundos são intervalos criados pelo homem para disciplinar a sociedade. Definimos dia como o movimento giratório da Terra em torno de seu eixo, convencionados popularmente em 24 horas (na verdade, 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos). E ano como o movimento de translação, com duração de 365 dias acrescidos de um déficit de cerca de 6 horas, acumuladas e compensadas a cada 4 anos (ano bissexto). É dada que a idade da Terra é de 4,5 bilhões de anos. Ou seja, desde o seu surgimento, nosso planeta já girou 4,5 bilhões de vezes ao redor do Sol, de acordo com o calendário gregoriano. Comemoramos a entrada do ano 2009 em relação ao nascimento de Jesus Cristo.

Fora de nossa "nave", esta idéia de tempo é inexistente. Acreditava-se, séculos atrás, que a Terra era o centro do universo. Fomos reduzidos por Nicolau Copérnico para a terceira órbita do que seria considerado por ele um novo núcleo de tudo: o Sol. Um planeta qualquer que esteja numa outra órbita do Sistema Solar, mesmo não se comprovando formas de vida por lá, terá períodos diferentes para a definição de dias e anos. Sem contar outras variáveis como velocidades de rotação e translação.

A relatividade do tempo pode ser experimentada também intimamente. Em recente campanha publicitária para estimular a doação de órgãos, o Ministério da Saúde filosofou sobre o assunto. Dizia: 5 segundos caminhando numa praia é pouco. Já 5 segundos caminhando sobre brasas é muito. Cinco minutos para quem precisa dormir é pouco. O mesmo tempo para quem precisa acordar é muito. Um fim-de-semana de sol é pouco. Um fim-de-semana de chuva é muito. Um mês de férias é pouco. Um mês sem descanso é muito. Uma vida para quem doa é muito. Uma vida para quem espera é tudo.

Dezenas de outros estudiosos apresentaram novos paradigmas para a relação tempo-espaço. Ainda assim, olhamos a Terra como se ela estivesse no centro do espaço pela incapacidade de compreendemos o infinito das galáxias. Sabe-se hoje, porém, que estamos mais para as bordas da Via Láctea do que para o centro. Que somos apenas um pontinho azul entre incontáveis corpos celestes seguros pela força da gravidade. Sabe-se também que existem outras galáxias, e que estas se afastam umas das outras cada vez mais.

O que ainda não se sabe é o que originou tudo isso. É fácil responder na prova de ciências que foi a explosão do 'Big Bang'. Mas o que havia antes do 'Big Bang'? Existe um ser superior que criou o universo e é ele o que denominamos de Deus?

Afinal, o que é a vida? A resposta, eu arrisco: é aquilo que experimentamos enquanto passamos o tempo nos organizando em sociedades, inventando línguas, regras, meios de comunicação, formas de lazer, trabalho, educação, trocas comerciais e de subsistência, literatura, crenças, ciências, amando e matando uns aos outros, e acreditando que somos o centro do universo enquanto, num movimento cíclico, as barreiras da ciência e da religião se encontram.

bjks da van

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O MERCADO DE TRABALHO E OS SONHOS POSSIVEIS



Quantas horas por dia você utiliza para seu trabalho? Em grandes cidades, algumas pessoas se levantam às 4h da madrugada para poder chegar ao trabalho às 7h. Saem do trabalho às 17h e vão chegar em casa por volta das 21h, depois de pegar duas ou três conduções, muitas vezes incluindo metrô, ônibus e trem. Somando tudo, gastam por dia com atividades relacionadas com o trabalho algo como 15 horas ou até mais.

Há quantos anos você trabalha dando duro e agora pegue seu contracheque e olha o quanto que você ganha por mês. Se você já trabalhou muito e se aposentou, observe quantos anos de sacrifício você passou e agora olha a recompensa que está recebendo em forma de aposentadoria. Você acha isso tudo injusto, não é mesmo? E eu estou de acordo. Há alguma coisa muito errada no mundo do mercado de trabalho tradicional.

Sou psicologa, como sabem, e tenho um saudável hábito de conversar com meus amigos sobre outros assuntos que não somente seja as principais manchetes dos jornais. Outro dia perguntei a um estagiário quanto ele imaginava estar ganhando quando tivesse minha idade. Disse a ele que tinha 41 anos e ele me disse que tinha 25 anos. Pensou um pouco, movimentou a cabeça para a direita e para a esquerda algumas vezes e depois completou: "Ah doutora, eu acho que quando tiver sua idade, vou estar ganhando uns R$ 3,5 mil, né? Já estaria bom né?". Assustada com sua resposta lhe perguntei quanto gostaria de estar ganhando daqui há 30 anos para ter uma vida tranquila e de qualidade. Categoricamente me afirmou que se ganhasse "uns R$ 10 mil por mês" poderia ter a vida que pediu a Deus.

Sabemos que, no mercado tradicional, R$ 10 mil é um ótimo salário e que são poucas as pessoas percentualmente que chegam a esse nível na vida como empregadas. No entanto, o fato de poucos conseguirem não torna a cifra de R$ 10 mil milagrosa para dar uma qualidade de vida "que se pediu a Deus". A verdade é que o mercado tradicional de trabalho podou os sonhos das pessoas. À medida que vão crescendo, mais têm seus sonhos podados pela realidade. No mercado tradicional de trabalho há outro problema: trabalhou, ganhou; não trabalhou, não ganhou. Muitas pessoas conseguem uma renda um pouco maior quando estão no auge da maturidade profissional, mas não conseguem manter o pique por toda a vida, pois à medida que vão ficando velhas não conseguem mais dispor de tanta energia e disposição para o trabalho e a aproximação da aposentadoria soa como um grande pesadelo. Isso é lei para quase todas as pessoas.

Existe um outro mercado chamado marketing multinível (MMN). Esse mercado funciona de forma completamente diferente do mercado tradicional. No marketing multinível, a filosofia básica por trás de todo o trabalho é ajudar pessoas. Quanto mais pessoas você conseguir ajudar, mais dinheiro poderá ganhar. Os idealizadores do sistema do MMN conseguiram desvincular os ganhos e o quanto alguém trabalha. A chave do sucesso não está em trabalhar muito e sim em servir muito.

Isso se torna possível com o desenvolvimento de uma rede vinculada a si. Por exemplo se um produto está sendo comercializado dentro do sistema MMN, uma determinada pessoa desenvolve uma rede de consumo desse produto e a empresa lhe paga um determinado valor por cada compra que as pessoas da sua rede fizerem do produto.

Vejam que nesse sistema seus ganhos não dependem de patrão nem do mercado em si, pois está em suas mãos o controle do quanto vai ganhar e em quanto tempo chegará a um determinado nível de renda. Incrível, mas no MMN você mesmo é quem estabelece os limites de seus ganhos, sem ter patrão em empregados e trabalha quando quer. Quanto você tiver uma rede de consumidores de 100 pessoas por exemplo, o consumo do produto terá aumentado e a empresa te pagará um valor maior, ainda que você não trabalhe, pois esses ganhos não estão relacionados às vendas que você está fazendo, mas com as compras que sua rede esta fazendo do produto. Maravilhoso.

E por que tão pouca gente trabalha com MMN? Incrível, eles têm tempo de 16 a 18 horas por dia para ganhar uma merreca e ser pobres a vida toda e não tem uma hora por dia disponível para ficar ricos. A indisponibilidade para nossos desafios e a rigidez dos valores e paradigmas condenam milhões de pessoas a uma velhice sofrida, convivendo com doenças, abandonos, baixíssima renda e desilusão com a vida.

O que você está fazendo pelo seu futuro? Você é daqueles que também estão completamente insatisfeitos com os ganhos que têm, não veem qualquer luz no fim do túnel, mas correm de qualquer oportunidade que é oferecida? Bem, ainda dá tempo. Sonhe! Acredite! Lute e jamais desista!

bjks da van

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

MAIS UMA VEZ VAMOS ESQUECER NOSSAS TRAGÉDIAS



Vejo os noticiários das enchentes em Minas e Santa Catarina e fico preocupada. Os repórteres comentam as tragédias como se fossem meros fenômenos climáticos contra que os seres humanos nada podem fazer.

Dizem que choveu de modo excepcional, ao mesmo tempo em que mostram pessoas apontando até onde a última enchente subiu, na mesma altura da atual. São apenas décadas entre as tragédias. Será que não se aprende nada?

A televisão enfoca os dramas particulares, das famílias que perderam tudo, dos pais que perderam os filhos, animais arrastados, morros desabando sobre as casas chiques. Ratificando a gravidade da situação: afetou até gente rica! Como se tudo fosse evento natural, inevitável.

Os repórteres insinuam que é a natureza se vingando dos maus-tratos. É Gaia, o planeta vivo, que reage aos ataques humanos. É o aquecimento global. Pode até ser que seja. Mas certamente é apenas parte da história. O que a televisão não mostra é que tudo isso poderia ter sido evitado, ou minimizado drasticamente, se as pessoas e, principalmente, o poder público, tivessem feito a sua parte.

Depois das várias e recorrentes enchentes, de Norte a Sul do país, já é tempo de mudar a forma de agir. As pessoas devem ser convencidas a abandonar as áreas de risco. A Constituição de 1988 obrigou os municípios brasileiros a desenvolver planos diretores versando sobre a ocupação e uso do solo. Falta vontade política para implementá-los. Há preceitos universais que, se forem seguidos, reduzirão drasticamente das catástrofes.

Por exemplo: não é permitido construir nas margens dos rios nem nas encostas. Não é possível cortar os morros de qualquer forma, com taludes inviáveis, pois nas primeiras chuvas virá tudo, literalmente, por água abaixo. Por que o poder público permite a construção de casas em lugares sabidamente invadidos por enchentes no passado?

Onde estão as barragens de cabeceira dos rios que cortam as cidades?

Temos barragens que, comprovadamente, seguram as águas, evitando enchentes. São barragens capazes de segurar milhões de metros cúbicos de água para depois liberá-las lentamente. Evitam enchentes, regularizam a vazão dos rios e ainda geram energia. Por que nada disso foi feito na bacia do Itajaí? Por que o curso dos rios não foram retificados, acelerando o fluxo das águas? Onde estão os muros de arrimo nas encostas e nos cortes das estradas? Onde estão as canalizações para dar vazão às águas, não nos dias normais, mas nas enchentes excepcionais?

Até quando os políticos vão continuar a fazer média em época de eleições, prometendo regularizar invasões e ocupações em áreas de risco. Podem anotar: daqui a cinco, seis anos, teremos esquecido essas tragédias. E tudo voltará ao normal. O rio será mais uma vez domado, acomodado em leito estreito. As barragens serão esquecidas no emaranhado das questões ambientais. E tudo ficará em paz, até que venha uma nova tragédia, dita “natural”, e os repórteres, sem memória, sairão de microfone em punho relatando tragédias e dramas humanos, sem saber que foram anunciados e que são totalmente evitáveis.

bjks da van

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

FALSA INDEPENDÊNCIA QUE JURAMOS TER


O ser humano realmente é interessante e enigmático. Cada vez se fala mais de independência e todos reivindicam essa condição. Hoje, na maioria dos países do mundo, tem-se assegurado a liberdade individual, a liberdade de grupos chamados de minorias e outros blábláblás. O feminismo foi fruto da reivindicação de liberdade por parte das mulheres. A autonomia dos países foi fruto da necessidade de independência. De alguma forma todos os povos se orgulham da independência de seus países de origem. Mas que droga de independência é essa? Onde está a independência afinal? Em que somos independentes?.

Noutro dia mesmo estávamos todos nós, brasileiros, comemorando o dia da Independência do Brasil. Mas o que temos para comemorar em termos de independência? Para início de conversa dependemos da língua portuguesa e matamos as varias línguas nacionais de nossos índios. Dependemos de capital externo, dependemos de investidores, dependemos que outros países comprem nossos produtos e serviços, dependemos que outros países nos vendam tecnologias que não temos capacidade de produzir, dependemos de outros países para a produção de alguns artigos que exigem tecnologia de ponta como na área da aviação, informática e química fina.

Dependemos de outros países que decidem por critérios tortuosos o grau de risco para alguém investir em nosso país e o pior de tudo, não somente eles, mas inclusive nós mesmos acreditamos que eles estejam certos. Hoje, com a globalização, parece que a única liberdade que temos é a de reconhecer que não temos mais liberdade alguma.

Por pura curiosidade tive a oportunidade de folhear alguns livros de Direito e alguns dos vários códigos, na verdade, nunca consegui entender porque são caracterizados como “direito” e não “deveres” de tantas proibições e punições previstas. As coisas que eu gosto de fazer, raramente as posso fazer com a tão apregoada liberdade uma vez que, ou fere a alguma norma legalmente constituída, ou fere os direitos das pessoas à minha volta ou mesmo muitas vezes me coloca em riscos reais de autodestruição. Muitos jovens adoram ser livres e, ainda que quase todos tenham pouco dinheiro, nos fins de semana se reúnem em verdadeiros bandos e bebem muito e quase sempre da bebedeira resultam problemas desde pequenos desentendimentos até verdadeiras tragédias no trânsito. Eles juram que são livres.

Se vamos ao trabalho de automóvel, dependemos dos sinais de trânsito, dos famigerados radares caça-níveis, dos guardas sempre dispostos a multar, dos ambulantes nos enchendo de papéis e folhas de propaganda ou tentando nos empurrar alguma bugiganga para poder sobreviver; em muitas ruas da cidade temos câmeras de TV monitorando nossos movimentos; se vamos fazer compras tem sempre uma fila de gente na nossa frente e haja paciência e tempo; se ficamos em casa para descansar o telefone fixo ou o celular tocam e do outro lado tem alguém invadindo nossa privacidade. Quantas vezes recebemos trotes de falsos seqüestros ou enganos.

Estava certa madame Roland quando, diante da guilhotina a que tinha sido condenada pela revolução francesa, disse: “liberdade, liberdade, quantos crimes se cometem em teu nome!”.

BJKS DA VAN

A RESPONSABILIDADE SOCIAL QUE DEVEMOS TER



A desigualdade social, provocada pela má distribuição da renda e má gestão, é um fato inegável. O cidadão é constantemente bombardeado pela imprensa com os números cruéis sobre a realidade no Brasil e em outros países. Também é fato que, quanto mais educado, maior é a consciência social do indivíduo podendo chegar à vontade e determinação de fazer algo na prática para atenuar os quadros indesejáveis, por meio de ações éticas, responsáveis e pacíficas.

Mas a Educação tem a capacidade de ir além do diagnóstico econômico e possíveis ações. A pessoa que recebe mais Educação entende que, na verdade, problema social não se restringe à questão econômica, é algo mais complexo. O que dizer, por exemplo, das epidemias como a aids, das meninas grávidas e às vezes abandonadas, das dependências químicas, do desajuste familiar, da violência gratuita, do aquecimento global? Atingem a pobres e ricos, de todas as religiões, de todas as raças, idade, sexo e locais do planeta.

O poder da Educação em demonstrar essa complexidade está no fato de basear-se na Ética, na defesa intransigente do bem, na comprovação de que o ser humano somente dá certo quando se compromete com o bem. A Educação leva ao Ensino, à aprendizagem de técnicas de abordagem, diagnóstico, análise e soluções para os problemas sociais — que não são somente os econômicos. Hoje, milhares de empresas se engajam neste caminho juntamente com organizações não-governamentais sem fins lucrativos.

A manutenção de uma empresa no Brasil é um grande desafio, devido à instabilidade econômica, carga tributária, baixa qualificação da mão-de-obra. Mesmo assim, as empresas que iniciam ações de responsabilidade social não apenas continuam este trabalho como também o aumentam com o passar do tempo. A primeira grande descoberta ao procurar ações sociais a serem feitas na comunidade: na verdade as ações devem começar pelo pessoal da casa. E repito: não se restringem às questões econômicas.

A segunda grande descoberta: ao participarem de ações sociais internas ou externas, ao se envolverem com causas nobres, identificadas com a humanidade, os funcionários crescem como seres humanos. A consciência social melhora a pessoa e, conseqüentemente, o ambiente de trabalho, a produtividade. Claro que isso não acontece da noite para o dia. Trata-se de um processo permanente. Com resultados crescentes e também permanentes.

A ação social — a exemplo de qualquer decisão — necessita de investimentos. Necessita de empreendedorismo social. No caso das empresas, não apenas dos proprietários. A ação social necessita de metas, necessita de lideranças, necessita de ensino, treinamento, capacitação. A ação de responsabilidade social necessita de resultados positivos e, claro, necessita ser mostrada ao mundo, como um reconhecimento, uma motivação para os que a praticaram e um exemplo a ser seguido.

bjks da van

sábado, 3 de janeiro de 2009

A PROPÓSITO DO GERUNDISMO



Tenho acompanhado, pela imprensa, a quase polêmica sobre o que estão chamando de gerundismo. A maioria dos que se manifestaram, até agora, a respeito – gente capacitada ou não – rotulou o modismo lingüístico de erro gramatical.

Sobre o assunto e pelo que me toca, gostaria de registrar minha humilde opinião: não vejo erro grosseiro nesse modo de falar que, pelo que se diz, foi inventado pelos operadores de telemarketing. Trata-se apenas de mais uma das imponderáveis ocorrências lingüísticas, que podem desaparecer rapidamente, da mesma maneira como surgiram. Ou podem acabar incorporando-se à norma culta.

Língua viva é assim mesmo, amigos queridos. É dinâmica. Modifica-se e se transforma, diuturnamente. Palavras e expressões nascem (neologismos), envelhecem (arcaísmos) e morrem.

Concedo que existam princípios pétreos, isto é, fundamentos que são imutáveis, porque pertencem à essência mesma do idioma. Dou exemplo: verbo sempre concorda com o sujeito, em pessoa e número. Claro que há algumas escassas exceções, já consagradas pelo uso. Em se tratando de sujeito composto, as exceções são um pouco mais numerosas.

Achei irretocável o gerúndio usado pela cantora Sandy, neste trecho de entrevista: “No segundo semestre, eu e Júnior estaremos fazendo turnê pelo Brasil.” Também nesta fala telefônica de minha secretária, não vi tanto erro assim: “Amanhã, logo cedo, estarei enviando-lhe os documentos necessários”. Ora, exigir que a moça falasse “Amanhã, logo cedo, enviar-lhe-ei os documentos necessários” seria, no mínimo, excessivo. Principalmente se se levasse em conta a realidade brasileira.

Pelo que posso perceber, os críticos do uso do gerúndio com auxiliar no futuro estão vendo erro no aspecto freqüentativo da locução verbal resultante. Ainda assim, entendo a censura incabível, no caso da expressão da cantora Sandy: o processo verbal em curso, mesmo no futuro, traduz perfeitamente o que ela pretendeu dizer. Na fala da minha secretária, a crítica pode até ter alguma motivação plausível. Mas nada que venha a merecer censura tão contundente.

Como o pessoal que se vale da mídia gosta de preocupar-se com coisinhas tão bobas! Há tanto assunto importante, para ser levado à discussão pública!

De mais a mais, em questão de linguagem, o povo é o soberano – como dizia Virgílio, na sua “Ars Poetica”.

Falei em futuro e me veio à lembrança Manuel Rodrigues Lapa, filólogo português da segunda metade do século passado. Em um dos seus livros (“Estilística da Língua Portuguesa”), ele chama a atenção do leitor para certos efeitos que o uso do futuro do presente pode provocar. Exemplifico, à minha maneira: se pessoa que me deve disser que pagará a dívida amanhã, devo deixar um pé atrás. O devedor talvez não tenha real intenção de honrar o compromisso. Mas se ele usar o presente (pago amanhã), posso confiar. A dívida vai ser paga, com certeza.

O que disse, nos últimos períodos do parágrafo anterior, foi de brincadeira, amigos atenciosos.rsrsrs

BJKS DA VAN

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O COMPLICADO JOGO DE XADREZ NA POLITICA BRASILEIRA



Um partido político precisa de três requisitos básicos para lançar candidato à presidência da República, com chances reais de vitória: organização e máquina partidária nacional; programa de governo aceito pelo eleitorado; liderança, ou seja, um nome, capaz de uni-lo, e de representar e defender o seu programa de governo na campanha eleitoral.

Por aqui temos atualmente três partidos com essas condições: PMDB, PSDB e PT. O primeiro da lista, o PMDB, possui a maior estrutura, mas tem caráter difuso, ainda é um ”movimento democrático”, cristalizou prática adesista a todos os governos e não tem nome interno para uni-lo.

O PSDB tem programa de governo, máquina partidária e dois nomes — Aécio Neves e José Serra — capazes de liderá-lo na disputa.

Já o PT tem máquina partidária e programa de governo, mas não tem um candidato natural e, por isso, seu justo projeto de continuar no poder está em situação de risco eleitoral.

Nesse quadro partidário é possível afirmar que o próximo presidente do Brasil virá do PSDB ou do PT, que têm programas político-administrativos semelhantes, e com nuances, a mesma visão ideológica socialdemocrata.

A terceira via pode ocorrer com a eventual ida de Aécio para o PMDB, se ele resolver correr os mesmos riscos que Ulysses Guimarães em 1989.

Nesse caso teríamos um candidato do PSDB (José Serra), outro do PMDB (Aécio Neves), e um do PT com chance de ir para o segundo turno, pela força do partido, mais o prestígio do Presidente Lula e do seu governo.

O PT, que perdeu José Dirceu e Antônio Palocci no terremoto do mensalão, pode ir de Dilma Rousseff. Ela tem a atual preferência de Lula, o grande eleitor do partido. Se não for Dilma, o PT terá o seu plano B, pois parece certo e normal que terá candidatura própria. A não ser que num ato de sabedoria, improvável de ocorrer, o PT faça composição com outro candidato da base aliada. Seria como “ceder os anéis para salvar os dedos”.

No PSDB, nas eleições municipais de 2008, José Serra contou com a derrota de Geraldo Alckmin, e fez uma composição conservadora.

Agregou e deu sobrevida ao Democratas (PFL) com a eleição de Gilberto Kassab para prefeito de São Paulo, e somou o PMDB Quercista, com a vice-prefeita Alda Marco Antônio.

Em Minas Gerais, Aécio Neves patrocinou uma composição inovadora, ao conceber e trabalhar pela eleição de Márcio Lacerda (PSB) para prefeito de Belo Horizonte, em composição com o PT, que deu o vice Roberto Carvalho.

Tal fato está a ser assimilado pelo perplexo PT, e sinalizou espaço de composição suprapartidária.

O tabuleiro do xadrez político brasileiro depende do PSDB, e da postura do seu núcleo de comando paulista. Também depende dos movimentos de Aécio Neves, por um lado, e do PT e do PMDB, por outro.

Acredito que Aécio, com trabalho focado no PSDB, com visita aos núcleos regionais do partido, e em articulação com parte do PMDB, e de outros partidos interessados, pode viabilizar a sua candidatura e eleição para a presidência. Esse fato geraria uma mudança gigantesca, com a melhora da gestão pública no Brasil, dentro de um modelo de eficiência e modernidade, com prioridade para o social.

bjks da van