terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bob Sinclair - Love Generation (Videoclipe Oficial)

Por Onde Andei - Nando Reis & Os Infernais - MTV Ao Vivo

Titâs-flores

O Caveirão Não Gosta das Flores

BLOG SERVE PARA QUE???


Não vou dizer pra quê os blogs deveriam servir, ou melhor, vou dizer sim: pra pôr pra fora o que você tem dentro, meio escatológico? Mas alguns só querem ser reconhecidos com porcarias mesmo, haja vista os blogs mais "frequentados", nada contra, afinal o BBB tem uma audiência grande.


É que recebi um comentário, obviamente de um anônimo, dizendo "pelo que vi no seu blog você não é uma pessoa muito alegre" o qual respondi "pelo que vi você não entendeu nada no meu blog". Como se o mundo fosse um mar de rosas. Na verdade escrevo porque gosto e não estou preocupada com as desgraças alheias e coisas erradas, vou ser contraditória que é um dos meus "fortes", estou preocupada com tudo isso sim, mas não porque quero, mas porque meu cérebro está programado para agir assim. Estou cansado de ver a TV apenas manipular as pessoas com programas chulos, sem conteúdo, mulheres semi-nuas, desenhos cheios de sangue, propagandas tendenciosas.

Uma vez escrevi uma frase que cada vez mais se mostra verdadeira pra mim: São os leitores que nos escolhem ou será que somos nós quem escolhemos os leitores?

Stop the Clash of Civilizations

CRUZ CREDO VANILDA CRUZ


Se deus é por nós quem será contra nós?
Ai depende: deus é da direita ou da esquerda?
Ele é contra ou a favor da eutanásia?
Ele já passou fome?
Ficou desempregado?
Ele estava em Chernobil? Em Iroshima? Nagasaki?
Deus é gay? Hetero? Bi?
Deus é branco, negro, índio?
Deus tem orkut? E-mail? Msn?
Deus ao menos assinou alguma coisa dessas que dizem por aí que foi ele que disse?
Se Deus é por nós ele está com bastante problemas...

MACACOS, É O QUE SOMOS


Não adianta, não somos os mocinhos, mas também não somos os bandidos. Apenas somos. Não existe esse lance hollywoodiano e bíblico de dividir o mundo entre Bem e Mal, que o diga Nietzsche, escritor de Além do Bem e do Mal, pois estamos e poderemos ir mais além desse maniqueísmo forjado e logicamente falso e mais ainda limitador.


Que natureza é essa em que temos que matar outros seres para continuarmos vivos? Aonde está a beleza nisso? Aonde está a beleza em darmos uma moeda de 1 real a um cara na rua que já perdeu sua dignidade? Aonde se encontra a tristeza de uma criança que brinca que é o Homem-Aranha? Como ver a feiúra de amigos que se encontram num bar e dão gargalhadas?

Mas vamos aos fatos. Mais de 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo, se os governos mundiais destinassem apenas 1% da grana, repito, 1% da grana que eles injetaram nas empresas capitalistas por causa da crise a fome desapareceria. Mas enfim, ainda bem que não sou cristão e posso dormir com a consciência senão tranquila, pelo menos conformada com o que somos.

RALANDO PARA O GOVERNO


Não, não estou falando de se tornar um funcionário público, mas de que trabalhamos de Janeiro a Maio unicamente para pagar impostos, isso mesmo, o resto do ano você trabalha só pra você. E se você mora no estado de São Paulo, tanto pior, já que é a maior carga tributária do país. Pagamos 16% mais um, ou seja, 17% no imposto do ICMS, enquanto em outros estados ele fica por 14%, 15% ou menos.


Os frígoríficos estão indo pro Mato Grosso do Sul, lá eles tem um ICMS menor, aí eles criam gado e levam todos até São Paulo, e vivos.

Mas sabem o que é pior? As maiores taxas de impostos se encontram nos produtos alimentícios, você, ou um pobre, ou um rico pagam o mesmo tanto de imposto naquela manteiga, que é cerca de 44%, se ela custa 2 reais cerca de 0,88 é de imposto. Alguém vê o resultado do que pagamos ao governo? Obviamente se você estudou em escola pública, não tem plano de saúde e depende da segurança do estado já deve estar percebendo que estamos na merda, literalmente.

George Carlin - Save the planet - portuguese subtitles

A LEI SOU EU


Quem dizia mais ou menos isso era o Rei Sol, Luís XIV da França, mas poderia ser dito por muitos de nossos políticos. Lula propôs uma nova lei sobre corrupção aumentando a pena mínima para 8 anos, o crime também se torna hediondo, portanto inafiançável, além de outras peculiaridades.


Muito bom, quem lesa o patrimônio público farreando com o dinheiro do povo não deve ter penas brandas, certo? Errado, o problema não está na pena, e sim na fiscalização e na punição. Nenhum político foi preso por corrupção na história inteira do Brasil, portanto essa nova lei serve apenas para o povo achar que as coisas irão mudar. Conversa pra boi dormir.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DURA LEX, SED LEX – A LEI É DURA MAS É A LEI


Urdir reações contra a maldade humana, ou melhor, a desumana perversidade é um exercício mental exaustivo. Os malfeitos chegam sem interrupção, e ainda assim não se é informado de boa parte dos acontecimentos, mesmo com câmeras e celulares em todo lugar. A malvadez humana é tão infinita quanto a própria estupidez.


A dominação de um grupo ou pessoa por outro grupo ou pessoa é uma constante. Se há dois indivíduos, um quer dominar o outro, impondo a mudança do seu pensamento, sua moral, suas atitudes, sua maneira de ser, e até de falar.


O mais forte, ou aquele que pensa ser o mais forte, o que pode mais, quer a pulso oprimir o outro, fazer valer a sua vontade. Caso ambos morem na mesma casa, a vontade dessa pessoa dominadora tenta prevalecer como a certa, a melhor, a única, a verdadeira. Coisas desimportantes parecem incomodar e de fato importunam um ou os dois elementos dessa dupla, que não se tolera.


A mulher é quem reclama mais, de seus homens sujos, brutos, que insultam, mudam o canal da TV para irritar, não cumprem obrigações, traem, entram e saem sem falar, voltam de madrugada quebrando tudo, ou nem voltam. Tudo e nada são motivos para agressão verbal e física.


Mulheres violentas gritam com seus maridos ou namorados, os agridem fisicamente e arrebentam objetos na cabeça deles. Os homens, mais fortes 30%, podem sucumbir às ameaças, e por vergonha não contam nada, mesmo que tenham de ir ao Pronto Socorro com alguma parte quebrada.


Também existem amigos que se utilizam da dominação. Impõem ao fraco o seu gosto, obrigam a torcer pelo seu time, a ir à sua igreja e a votar no seu candidato. Tanto há quem goste de mandar e impor, quanto tem quem aceite se submeter, e dobre os joelhos para o opressor.


Quando o oprimido idoso é pai ou mãe que não consegue mais viver só, fica preso em casa, no abandono, mas seu benefício é recolhido, e empréstimos são feitos em seu nome. A inabilidade do velho irrita os descendentes, que os punem com maus-tratos. São humilhados, ficam sem banho, e alguns passam fome e sede. Os agressores começam com ameaças que vão se intensificando para berros e surras. A TV mostra a prova em vídeo: leva pancada de filhos, netos, ou desconhecidos, supostos cuidadores. Têm os cabelos puxados, a cabeça jogada contra a parede, a pele arrancada, os dedos retorcidos, os ossos quebrados.


A criança é tão vulnerável quanto o idoso, ainda mais quando não pode falar. Vemos meninos aterrorizados, espancados, torturados, moídos, sangrando, sofrendo nas mãos de loucos, parentes ou não. O rol de torpezas não termina.


Um adulto se junta com outros dois para arrancar as unhas e dentes, cortar a língua com alicate, amarrar as mãos para o alto com arame, ou ainda fazer a criança comer as próprias fezes ou o vômito, dia após dia, por meses. Apertam o pescoço, arremetem contra a cama ou o chão, ou então jogam pela janela. Virou lugar-comum pais torturar filhos pequenos, numa crueldade que visa vingar-se do ex-conjugue, e quando perdem o controle da tortura e matam, armam uma cena cinematográfica para escapar.


Não é preciso ligar a TV nos canais de sangue para ver crueldade requintada, onde o supliciado sangra até morrer. Cenas dantescas como o pai que aperta o pescoço do filho de dois meses e quebra a clavícula da vítima. O aluno de enfermagem fratura os dois braços da orientadora com uma cadeira. O quase médico metralha a platéia do cinema. Uma mulher é submetida à inseminação e espera resultar numa gravidez, mas em seu sono anestésico é estuprada pelo médico.


Matar os pais por dinheiro virou moda. Ou sequenciar crimes para acobertar o primeiro. Ou ainda, o homem descartado mata, desaparece com o corpo, o jogando no lago, ou o outro corta a ex-namorada em pedaços e os joga aos cães. Ex-maridos ou ex-namorados não aguentam a rejeição. Quando dispensados, se vingam: matam e violam o cadáver.


Pais mantém filhas em cárcere privado para o seu deleite sexual, por décadas, gerando muitos filhos-netos, e ainda casais que enterram crianças, filhas suas, no jardim. A mãe congelou os filhos, outra vendeu a recém-nascida na estrada para comprar um carro. Sem falar na prostituição infantil e na pedofilia, no incesto paterno e materno. O elenco de iniquidades é interminável.


Estamos aprendendo alguma coisa com o desfile dessas infâmias? Ou somos expectadores atônitos e incapazes de uma ação? A vilania de quem deveria proteger, assusta, e não queremos ficar surdos a essa barbárie. Aos criminosos, a lei!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PAZ SEM VOZ NÃO & PAZ & MEDO ...AINDA FALTA " TODO O COMPLEXO DO ALEMÃO x MOSTRO ROCINHA"


“Não há paz falsa. Não negociamos”. Com esse desafio aos bandidos, o governador do Rio, Sérgio Cabral continua com a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das Unidades de Polícia Pacificadora, numa tentativa de reduzir os altos índices de violência no estado.

A onda de ataques violentos no Rio e Grande Rio começou no último domingo, e desde então, vem aterrorizando a vida da população que convive com situações de extrema violência por toda a cidade.

Com a ação das polícias Militar e Civil, favelas foram invadidas, armas e drogas foram apreendidas, bandidos foram presos e alguns mortos em confronto com agentes. Também foram feitas transferências de bandidos para presídios federais em outros estados. Com a operação 'Fecha Quartel' o efetivo foi redobrado para controlar os ataques dos bandidos.

Em reação, os bandidos vêm empreendendo uma série de ataques: ônibus, van e carros são incendiados, ruas são fechadas, pessoas são assaltadas, arrastões têm ocorrido em vários pontos da cidade. Mais de 17 mil alunos da rede municipal de ensino ficaram sem aula porque 47 escolas foram fechadas no sentido de garantir a integridade física e moral de alunos, professores e funcionários. Na rede estadual 18 escolas estão terminando o expediente mais cedo.

À primeira vista, não podia ser a pior hora para a cidade lidar com carros incendiados na rua e ataques criminosos, já que receberá a final da Copa de 2014 e as Olimpíadas em 2016. A imagem do Rio fora do país já vem com o componente da violência embutido e a piora disso pode prejudicar ainda mais essa imagem.

Por outro lado, a resposta forte da polícia pode mostrar a imagem que a cidade quer passar aos interessados em vir ao Brasil: de que o combate ao poder paralelo do tráfico não vai parar.

Segurança é um problema complicado, há inquietação e violência no mundo todo. Havia esse mesmo temor antes da Copa do Mundo da África do Sul.

Apesar da repercussão da onda de violência na imprensa internacional, o governador Sérgio Cabral acredita que a imagem do Rio é a de quem está avançando muito na questão da segurança pública e que o momento pelo qual o país passa e as oportunidades trazidas pela Copa e pelas Olimpíadas ainda são superiores a isso. “A operação pela pacificação vai continuar”, desafia o governador.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

UM OLHAR PARA O PROPRIO UMBIGO



Um olhar para o proprio umbigo!Nós caminhamos pela face da terra em fila indiana,cada um carregando um mochilão na frente e outra atrás.

No mochilão da frente, nós colocamos as nossas qualidades. No mochilão de trás,guardamos todos os nossos defeitos. Por isso, durante a jornada pela vida,mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuimos,presas e nosso peito.

Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente,nas costas do parceiro que está na nossa frente,todos os defeitos que ele possui: E nos julgamos melhores que ele. Sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

Third Day - Offering

Third Day - O Holy Night - Christmas Offerings

Nirvana - Smells Like Teen Spirit

Stop Crying Your Heart Out ( Oasis )

Cant Take My Eyes Off Of You

domingo, 21 de novembro de 2010

Flores em você

CUIDADO PARA NÃO DORMIR COM PALHAÇO VOCÊ PODE CORRER O RISCO DE ACORDAR TODO GOZADO


Já está se tornando chato o noticiário, quase que diário, enfocando a eleição do abestado Tiririca para a câmara federal, onde irá, nos próximos quatro anos, nos informar “o que faz um deputado federal”.

Não se pode descer aos extremos da hipocrisia para buscar desvalorizar a atuação do congresso nacional no encaminhamento e na resolução dos graves problemas nacionais.

A democracia é, antes de tudo, o direito de representação e de participação de todas as classes sociais. Já se elegeu um Mário Juruna, o primeiro deputado federal pertencente a uma etnia indígena. Já foram eleitos para o congresso nacional estilistas de madames, cantores e também um operário, surdo,mudo,cego,semi analfabeto que chegou à presidência da república.

O que está chamando a atenção da nação brasileira, no momento, são as ações extemporâneas que estão sendo ajuizadas em desfavor do fenômeno eleitoral chamado Tiririca.

Não cuidamos de analisar as razões que levaram os paulistas a elegerem um palhaço para representá-los no congresso nacional. De médico e de louco, dizem, todos nós temos um pouco. Temos também um pouco de palhaços.

Mesmo considerando que todos são iguais perante a lei, com suporte na utopia constitucional, existem funções na vida comunitária que são exercidas por especialistas, fato que afasta a suposta igualdade. Não se pode contratar um leigo para exerce as funções de médico em um hospital. Da mesma forma deveria ser verificado que para fazer leis, que definem os destinos de uma nação, deveria ocorrer um processo seletivo vinculado à capacitação, antes de se submeter os pretendentes à consulta popular. Não é o caso nacional.

Todavia, o conceito amplo e utópico de cidadania estabeleceu, na legislação eleitoral nacional, que o analfabeto pode ser eleitor, mas não pode ser eleito. Até aqui tudo bem, ou não!

A lei eleitoral estabelece momentos apropriados para a impugnação do registro de candidaturas, quando não se conformam com as limitações de natureza legal. Esse momento antecede ao do pronunciamento dos eleitores nas urnas, mesmo porque todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da constituição.

Sabe-se que o analfabeto não pode ser eleito (candidato), mas essa condição teria que ser analisado objetivamente no momento do registro da candidatura, antes de ser esse ou aquele nome submetido ao sufrágio popular. Ver de forma diferente é desrespeitar o titular o poder – o povo.

Registrado e eleito, é o palhaço Tiririca um legítimo representante do povo brasileiro no congresso nacional.

A justiça, por um de seus membros, já declarou ser Tiririca alfabetizado, o que em nada modifica o meu modesto entendimento. Se era ou não alfabetizado, o momento de dizê-lo era outro, ultrapassado. Agora vale o respeito à vontade soberana dos abestado paulista. Afinal são mais de um milhão e trezentos mil palhaços que o elegeram("dá ao abestado o que é do abestado").

Os paulistas que votaram nelle, têm que ficar 4 anos de castigo dormindo com as trapalhadas do palhaço tiririca:todos os dias tendo o pesadelo de acorderem todos gozados!

Silvio Santos, dormiu com o palhaço Bozo mollusco,é também acordou todo gozado.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

QUEIMA AS MINHAS FOTOS...NÃO ME PROCURE MAIS...VAI SER MELHOR ASSIM...RSRS

EU ACREDITO


Por que não anulo meu voto.

Muitos pregam aos quatro ventos o voto nulo.
Sei por convivência que são em sua grande maioria pessoas boas, íntegras e que até acreditam, acho, no que dizem. Algumas mais pragmáticas do que as outras é claro.

Penso bem diferente deles. O voto nulo se transforma numa eterna mordaça, um tapa-boca moral que, a meu ver impede o cidadão que tal prática adota de, por pelo menos quatro anos, reclamar, queixar, de viver plenamente sua cidadania.
“Cala-te omisso, a ti não é dado nem o direito de suspirar!”

O voto nulo não contribui em nada para o crescimento democrático e para o estado de direito. Jamais anularei um voto.


É óbvio que enojado estou com as maracutaias, com as negociatas, com o descaso com um povo inteiro, que vejo acontecerem diariamente. É claro que não abono (aliás abomino) a postura de “monarcas federais” de plantão, ávidos para se perpetuarem no poder, aqueles que se auto-intitulam donos de nosso destino. E por essas e outras é que meu voto nunca será nulo. Nem nulo nem útil. Nós temos o poder de mudar o rumo de nossa história.

Voto sempre por mudanças, com esperança. Voto sanitário. Limpeza.
Honra, compromisso, altruísmo; isso espero, com isso conto quando voto. Não, não votaria em branco nem por decreto.
Ingênuo? Posso até ser, mas fazer o quê.
Continuo acreditando no homem.

Não voto NULO.

Tremo em pensar que nada fiz para, pelo menos tentar mudar o que aí está. Tomo em minhas mãos o destino de meu solo pátrio. Pelo voto me manifesto, busco transformação.

Mesmo quando todas as pesquisas me garantem que já perdi, (perdi? Se participo não perco nunca!) e no primeiro turno, não me entrego, voto porque não compactuo, voto porque sou livre, voto porque por esse momento muitos lutaram, muitos morreram, nas praças, nas ruas e nos púlpitos, homens se expuseram por este ideal, pelo direito voto direto. Voto porque acredito que podemos vencer sim, eu, você, cada cidadão faz a diferença. A vitória será sempre da liberdade, da democracia, do nosso povo.




Senhores de nosso destino tremei,ele, o povo, mesmo que vocês não acreditem, existe e se fará presente.

NÃO ao voto nulo.

Ouso encerrar com magistral verso do Romanceiro da Inconfidência de 1953, uma lição, uma reflexão:

“Liberdade – essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda".
(Cecília Meireles)

domingo, 14 de novembro de 2010

REPASSANDO APRENDO & APREENDO


Qualquer semelhança com a minha mãe, a sua mãe, as nossas mães não é mera coincidência!!!
TUDO O QUE SEMPRE PRECISEI SABER, APRENDI COM A MINHA MÃE:

Minha mãe me ensinou a VALORIZAR UM SORRISO...
"ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!"

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO...
"EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"

Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS...
"SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!"

Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA...
"PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?"

Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO...
"CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VOCÊ CHORAR!"

Me ensinou a CONTRADIÇÃO...
"FECHA A BOCA E COME!"

Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...
"ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!"

Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...
"CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA TU VAI VER SÓ..."

Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS ...
"OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!"

Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
"SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!"

Minha Mãe me ensinou MEDICINA...
"PÁRA DE FICAR VESGO MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE."

Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...
"SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!"

Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
"VOCÊ É IGUALZINHO AO TRASTE DO SEU PAI!"

Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...
"TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?"

Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE...
"QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER."

Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA...
"UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRA VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!"

Minha mãe me ensinou RELIGIÃO...
"MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!"

Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
"SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!"

Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO...
"OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!"

Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...
"VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!"

Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRILOQUIA...
"NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?"

Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...
"EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!"

Minha mãe me ensinou a ESCUTAR...
"SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"

Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...
"SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!..."

Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...
"JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!"

Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
"VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!"

Obrigado, Mãe, muito obrigado...

NÃO TÔ ENTENDENDO


What's happening? "O que está acontecendo?". Ñ tô entendendooo!ñ tô entendendo!!ñ tô entendendoo!!!: “What are you doing? ou seja ”O que você está fazendo?"

The most beautiful seatbelt advocacy commercial ever.wmv

A Árvore dos Amigos

Stand By Me | Playing For Change | Song Around the World

PENSEI


Pensei às vezes em ser feliz,

Sem perceber o quanto poderia me custar,

Preço alto pela gastança,

Pelo excesso de amor, de confiança.

Pensei às vezes esquecer o passado,

Não temer o futuro, seus mistérios,

Como se o tempo morasse ao lado,

Sem distância, sem critérios.


Pensei às vezes não levar nada comigo,

Como quem parte sem adeus para outro mundo,

Sem lembranças, sem mágoas, sem distâncias,

Do que ficar para trás.

Simplesmente pensei,

Sem ao menos perceber,

Que enquanto isso, o tempo passa.

sábado, 13 de novembro de 2010

HAHA HIHI LOMBARDE VOCÊ ME OUVE?LOMBARDE FALA DO ALÉM..."NEM TODOS OS SANTOS VAI SALVAR O SILVIO


É assustador como as autoridades brasileiras gostam de imaginar que o povo não passa de um aglomerado de aloprados, miseráveis sem cultura e sem voz. Se não pensassem assim, teriam, no mínimo, profunda vergonha em anunciar que o Fundo garantidor de crédito (FGC), em negociações intermediadas pelo Banco Central do Brasil, está fazendo um empréstimo de R$ 2,5 bilhões ao Grupo Sílvio Santos para que este possa salvar o banco PanAmericano da falência, após uma suposta fraude também bilionária.

Como é que o Banco Central e o Conselho monetário nacional autorizam um empréstimo de R$ 2,5 bilhões a um banco falido, cujo valor de mercado é menor que a operação em questão, concede 10 anos para que o Grupo Sílvio Santos pague esse empréstimo, dá 3 anos de carência para que os pagamentos comecem (o que significa que só começará a ser cobrado em 2014) e onde sequer incidirão juros? Muito além de ser um escárnio nacional, é uma afronta aos milhões de cidadãos e aos empresários, microempresários e empreendedores individuais, molas propulsoras do desenvolvimento do país, que vivem mendigando apoio financeiro do governo e dos bancos e nada conseguem.

Nossos economistas de plantão, tremendo de medo por estarem diante de uma megaoperação que envolve um dos maiores grupos de comunicação do Brasil, vão dizer que foi um negócio legal e que o magnata Sílvio Santos deu como garantia as 44 empresas de seu grupo, o que inclui o SBT, o Baú da Felicidade e a Jequiti. Mas trata-se de uma negociata nebulosa, envolta numa bruma com o objetivo de minimizar o evento e abordá-lo apenas como sendo da esfera privada. Mas há muito do setor público nessa negociação bilionária e que terá de ser urgentemente esclarecida. Caso contrário, corremos o risco de uma grave crise financeira tendo como base a suspeita de que outros bancos, assim como o PanAmericano, também estejam fraudando o sistema para maquiar a falência de suas contas.

Outra explicação que o Banco Central tem obrigação de dar aos brasileiros é como autorizou, em julho desse ano, que a Caixa Econômica Federal, um banco estatal centenário, a comprar 49% do capital volante de um banco falido. Isso sem falar que a fraude que derrubou o banco PanAmericano já tinha sido cometida. O BC e a CEF não detectaram isso? Ou detectaram, ficaram na moita e gastaram o dinheiro do povo para comprar uma porcaria? E se não perceberam o “pequeno erro” de bilhões, que garantias o Banco Central é capaz de dar à população de que outros bancos não estão à beira do abismo, prestes a ir à bancarrota?

A suposta fraude promovida no PanAmericano é de simples entendimento: o banco vendeu carteiras de créditos a outras instituições financeiras, mas mantinha esses créditos em sua contabilidade. Trocando em miúdos, diziam ter dinheiro a receber na praça que, na realidade, não tinham mais. A contabilidade do banco PanAmericano era falsa, provocando um rombo maior que o patrimônio do próprio banco. Nesses casos, a legislação brasileira determina que o Banco Central faça uma intervenção na instituição, colocando-a em liquidação e seus administradores e controladores são obrigados a responder com seus próprios bens pela fraude contábil.

No entanto, isso significaria bloquear os bens patrimioniais de Sílvio Santos, acionista majoritário e controlador do banco PanAmericano. Isso sem falar no pente fino que a receita federal e a polícia federal teriam de fazer na instituição e, possivelmente, na holding. Diante disso, o que dizer da misteriosa visita do empresário ao presidente Lula no Palácio do Planalto, com uma maleta na mão, às vésperas da eleição, afirmando estar ali para pedir uma doação pessoal de R$ 12 mil ao Teleton? Silvio Santos não poderia ter feito isso por telefone? Ou o assunto era, na verdade, outro?

Nas semanas seguintes era nítida a parcialidade, em favor da candidata governista Dilma Rousseff, assumida pelo SBT na cobertura da campanha presidencial no segundo turno, culminando com aquela famosa trapalhada da equipe de jornalismo que afirmou que o candidato José Serra e seus assessores estavam mentindo sobre ele ter sido atingido por um rolo de fita crepe e que, na realidade, tratava-se de uma bolinha de papel. O próprio presidente Lula comprou as falsas informações dadas pelo SBT e disparou publicamente contra Serra. No dia seguinte, a Rede Globo e o jornal Folha de São Paulo desmentiram o SBT e apresentaram imagens que comprovavam a agressão sofrida pelo candidato do PSDB. Toda essa sucessão de fatos, permite que o cidadão comum desconfie (e muito) do que realmente aconteceu no gabinete oficial da presidência da república na tarde daquela quarta-feira, 22 de setembro de 2010.

Mas vamos sair da esfera especulativa. Durante o penúltimo debate entre os presidenciáveis, quando acusada por José Serra de estar privatizando o pré-sal, a presidente eleita Dilma Rousseff foi muito clara ao afirmar que havia dois momentos distintos: “antes e depois do pré-sal” e que “antes havia uma regra que valia para o petróleo de baixa qualidade extraído no Brasil”. Foi assim que ela tentou justificar o modelo estatizante do atual governo. O que dizer agora com relação ao banco PanAmericano? Será que o governo viu no banco falido uma espécie de “bilhete premiado”, tal qual o pré-sal, justificando a estatização de 49% da instituição? Isso sem falar nos riscos que o governo corre, tornando o capital público (no caso a Caixa Econômica Federal) refém da parcela majoritária privada (o Grupo Sílvio Santos). Sem precisar dizer muito, podemos concluir que trata-se de irresponsabilidade e improbidade na administração do dinheiro público.

O que pensará o miserável trabalhador brasileiro que passa a vida numa peregrinação para conseguir um empréstimo para comprar uma casa própria ou para montar seu pequeno negócio e, na maioria das vezes, sequer recebe a atenção dos gerentes dos bancos e das instituições dos governos? É simplório demais pensar que isso passará impune quando, todos os domingos, ele ver o magnata paulista em seu programa de TV, sacar dinheiro do paletó e jogar para a plateia bradando: “Quem quer dinheiro?!” Será que a humilhação e a falta de vergonha na cara estão definitivamente institucionalizadas no Brasil?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PEGADA FORTE


"Ter pegada" é praticamente quesito obrigatório para quem quer causar uma boa impressão. Tanto homens, quanto mulheres. A questão é, que tipo de pegada a mulher gosta?

Quase todos os homens ao serem questionados se tem, ou não, a tal “Pegada”, respondem de peito estufado e, sem medo, que obviamente tem uma boa pegada. Afinal, são homens! Ficam com várias, quando quiserem. Bem, sabemos que quantidade não significa qualidade. E convenhamos, não é nada difícil sair por ai dando bitoquinhas em 300 garotas que encontrar em um baile funk, ou numa micareta. Mas será que mesmo beijando dezenas de garotas, é possível saber se você tem uma pegada forte?

Pode ser que sua pegada seja tão forte quanto tomar beliscão de joaninha, amigo!

- Então me ixprica diretcho essa tar de pegada uai!

Calma amigo leitor, a pegada não começa essencialmente no beijo, mas sim antes disso, no contato visual, no toque, no papo.

-Tá tá tá, isso tudo eu acho nos bRoG do Google, me fala a real, como funciona essa tal pegada?

Simplesmente, as mulheres gostam de um homem que AJA COMO UM HOMEM! Você tem que fazer ela se sentir dominada, segura, protegida, desejada! Pegue-a pela cintura com firmeza (não com brutalidade), mostra pra ela quem é o macho-alfa, pegue forte, mas não machuque, capriche no beijo, faça carinho, beije e morda o pescoço!

E se você não entende como pegá-la com firmeza, mas com delicadeza, simplesmente assista King-Kong. Aquele macaco tem pegada, a loira é dominada pelo primata de 15 metros, mas mesmo com todo esse tamanho monstruoso, ele não a machuca, mas mostra que ele é o dono do balaCUbaco, mas a trata com carinho mesmo assim, fazendo com que ela se apaixone por ele. (Coê mermão, vai falar que ela num queria dar uns pega no gorilão?)

Mostrar confiança já acrescenta um "A+" no seu status. Ter atitude, faz com que elas percebam que você não vai se intimidar facilmente e que, provavelmente, você é daqueles que tem uma baita de pegada, é um macho porreta que confia no seu taco, não importando o tamanho do seios, bundas, cor dos olhos, cor da pele, tamanho do marido...

E lembre-se, não passe a imagem de “tentar fazer”, mas sim de “EU SEI FAZER!”

NOJO DE DEUS


Não sou lá de me envolver com religiões. Mas no último livro da Bíblia – o Apocalipse – tem algo escrito que acabei achando muito parecido com a politicagem exercida lá pelas bandas de Brasília.

Senão, vejamos: “... porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” – 3:16. Cruz credoooo Vanilda Cruz! O Senado acabou de atender, mais ou menos, a pressão da sociedade aprovando o projeto Ficha Limpa. Temos ainda motivos de sobra para desconfiar da eficácia deste projeto por causa da desinteligência inescrupulosa e, até, criminosa de nossos insensíveis legisladores.

Causam nojo a Deus os cristãos que vivem na omissão diante de decisões a serem tomadas. Ao cidadão consciente também causa nojo a omissão das autoridades políticas diante do sangue que escorre livremente pelas casas e ruas do Brasil.

Nossas casas e ruas se enchem de sangue que escorre dos jornais, das revistas, da TV. Sangue de crianças e jovens abusados e mortos. Sangue de pequenos “abeis” mortos por colegas “cains”. Sangue de contraventores na guerra do jogo do bicho(saudade eterna meu grande amigo maninho Garcias).Sangue de professores feridos e baleados por loucos jovens estudantes. Sangue de namoradas assassinadas por namorados ciumentos e sedutores psicopatas. Sangue de mulheres -esposas jogadas pelas janelas dos prédios como um lixo desprezível. Sangue de pais machucados pelos filhos armados com o diabólico crack. Sangue de idosos atropelados por motoristas embriagados esnobantes. Sangue de crianças preparadas para sacrifícios satânicos. Sangue de vizinhos provocados por saquinhos de lixo.

Enquanto a sociedade, em todas as suas manifestações, vive respingada de tanto sangue, os responsáveis pelo cuidado da qualidade e saúde da mesma sociedade dormem na mornidão da insensibilidade. Enquanto a sociedade chora e se desespera, nenhuma autoridade que se autodenomina “a voz do povo” — que é uma afronta — dá as caras. O máximo que faz é se vestir com as vestes de uma demagogia surrada. O teatro das eleições já terminou,é ontro se aproxima daqui a 2 anos. Um novo teatro de ficção, cujos atores ainda acreditam que nós acreditamos em ficções políticas. Mas temos que ser sinceros e confessar que, na verdade, muitos de nós ainda acreditamos em ficções políticas traduzidas em siglas fictícias — PT (comando dos vermelhos), PMDB (comando partidão parasita), e tantas outras indecifráveis e improdutivas.

Cada sigla é uma fantasia. Perdemos a Copa. Foi a esperança do futebol brasileiro fazer história. É um evento que tem a força de fazer os desatentos esquecerem os sofrimentos! É um ótimo sedativo e ansiolítico. É doloroso pensar que a fantasia dá votos. Porque saúde, educação, paz social, famílias não dão votos. Assim, nenhum político precisa se preocupar em prometer saúde saudável para todos, nem educação consistente para todos, nem combate à violência... A doença pode continuar na UTI. A sociedade pode continuar analfabeta. O sangue pode continuar escorrendo pelas casas e pelas ruas. A eles não importa a realidade do homem. Importa a sua realidade. Importa criar condições para que seus eleitores sejam enganados pelas promessas fantasiosas e esqueçam o medo, o sangue, a pobreza.

Começamos nossa reflexão falando do nojo de Deus com os omissos. A política dos insensíveis está começando a enojar a sociedade dos homens sérios e comprometidos com a vida. Daqui 2 ano é mais uma oportunidade para tomarmos remédio contra os enjoos provocados por uma política construída por mentiras, enganos e omissões. O remédio é votar na ficha limpa, na seriedade, no comprometimento. É uma afronta e tapeação prometer estruturas que aparentam qualidade de vida sem a perspectiva de tratamento do homem que quer paz, educação e saúde.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A SINUCA DE BICO NA POLITICA BRASILEIRA


Uma notícia assombrou os brasileiros nos últimos dias: a possibilidade de vermos ressurgir a famigerada CPMF já nos primeiros dias de governo da presidente mollusquinha. O imposto, disfarçado de contribuição, foi derrubado pelo Senado Federal em dezembro de 2007, após vigorar por 10 anos, em uma votação que entalou uma das maiores derrotas políticas na goela do presidente molluscão. Talvez, por nunca ter se conformado com isso, esteja declarando apoio à possibilidade de recriação dessa excrescência tributária.

Como sempre, o presidente molluscão se comporta como um profundo desinformado, um iludido quanto à trupe palaciana que o cerca. Essa história de recriar a CPMF, que vem à tona já na primeira semana pós-eleição, nada mais é que um instrumento de chantagem, uma espécie de estelionato político. Essa primeira cama de gato para a presidenta mollusquinha está sendo orquestrada pelos governadores eleitos da própria base aliada, liderados pelo PMDB e pelo PSB, os dois grandes vitoriosos nas eleições majoritárias estaduais.

A matemática é simples. Em 2008, o deputado federal Pepe Vargas, do PT do Rio Grande do Sul, fez uma maquiagem na extinta CPMF e apresentou um Projeto de Lei Complementar visando reinstituí-la sob o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS). O PLC foi aprovado na Câmara dos Deputados, com margem apertada, em junho do mesmo ano. De lá seguiu para o Senado, onde aguarda votação. Já em 2009, o PMDB começou a pressão, com apoio do PSB, pela formalização de um nome do partido para vice na chapa da mollusquinha, culminando com a indicação do parasita insipido Michel Temer.

Durante a campanha, mollusquinha recebeu o apoio frontal de nomes fortes dos dois partidos em 11 estados, em especial o de Sérgio Cabral no Rio de Janeiro e de Renato Casagrande no Espírito Santo, ambos com vitórias acachapantes, e dos aliados socialistas e peemedebistas do nordeste capitaneados por Cid Gomes no Ceará e Eduardo Campos em Pernambuco. Juntos, os governadores eleitos pelo PMDB e PSB, somaram quase 20 milhões de votos nas urnas, o que, em tese, representam 35% dos votos que elegeram a petralha. Além, é claro, dos 19 senadores (¼ do Senado Federal) e dos 113 deputados federais (22% da Câmara) eleitos pelas duas legendas.

O que isso significa? Com tamanho dividendo eleitoral, PMDB e PSB, além da vice-presidência da República, querem muito mais espaço no próximo governo. Em “politiquês” claro: querem mais ministérios, cargos e estatais. Isso sem falar nas ambições políticas de eleger Sérgio Cabral como “presidente olímpico” em 2014, o que inviabilizaria uma aliança numa possível tentativa de reeleição da mollusquinha. Como ela de vez em guando pensa, vem afirmando que irá compor seu governo com perfis que consigam aliar técnica e política e que não tenham passado sujo ou enterrado nos lamaçais dos escândalos(se levar a ferro e fogo,com o passado que tem... nem ela fica). Isso caiu como uma bomba na cabeça do PMDB, o bonde onde tudo cabe.

Daí acompanhamos a sucessão de fatos correlatos: Temer de bico torto nos dias seguintes à vitória; reunião urgente de governadores aliados; estado de sítio nos partidos menores; o presidente do Senado, José Sarney, afirmando que o imposto pode ser recriado pelos senadores; e a oposição, liderada pelo garoto esperto senador eleito Aécio Neves, paquerando parlamentares da base aliada. Na percepção dos movimentos e considerando a recriação da CPMF como uma medida extremamente impopular e que custaria um preço alto demais ao novo governo, nada melhor que usá-la como peça de uma chantagem política que funcionará assim: “ou ganhamos mais ministérios, estatais e cargos ou aprovamos a CPMF e ferramos seu governo logo de cara!”

E não vai parar por aí. Daqui algum tempo, e de olho nas possibilidades olímpicas de Sérgio Cabral, ressurgirá a ideia de acabar com a reeleição e voltarmos aos mandatos de 5 anos. É o poder democrático das urnas! E a situação já está ficando tão séria, que o presidente molluscão veio a público, subitamente, utilizando pronunciamento em cadeia de rádio e televisão no horário nobre, para mandar seu recado de insatisfação disfarçado de discurso em nome da beleza do processo eleitoral. Engana-se quem pensa que era um recado para a oposição da vitória adiada(nunca derrotada)...rsrs. O alvo pretendido era mesmo a base aliada: os governadores, senadores e deputados vitoriosos que já começaram a disparar o famoso “fogo amigo”.

Apesar da base aliada ter conquistado ampla maioria na Câmara e no Senado, ninguém disse que mollusquinha teria vida fácil em seu governo. Creio que será o extremo inverso. Tal qual uma Cleópatra tupiniquim, mollusquinha está dormindo com o inimigo e corre o risco de ter o mesmo fim da rainha egípcia: morrer picada por uma serpente Resta saber se será uma cascavel socialista ou uma surucucu do bonde parasita do Temer.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pela luz dos olhos teus

SEUS OLHOS BATERAM PALMAS PARA OS MEUS...SEUS OLHOS PEDIRAM BIS...É EU TE OLHEI NOVAMENTE



Há olhos e olhares. Sobretudo, há olhares que parecem querer medir a temperatura da nossa alma. São olhares profundos e mágicos, plenos de mensagens subentendidas. Há olhares que deixam marcas vivas e que nos fazem cair em recolhimento e contemplação interior.

Há olhares que nos incitam à guerra - uma guerra contra tudo aquilo que rebaixa homens e mulheres, tornando-os escravos do mundo, escravos dos poderes estabelecidos. Porque, com toda a sua aparente liberdade, o nosso é um tempo de escravidão humana. O homem moderno não tem mais aspirações nem expectativas, nem vontade de potência, no sentido de que nos falava Nietzsche.

O homem de nosso tempo foge de si mesmo, alienado em prazeres sem alegria, que só fazem entorpecê-lo, corrompê-lo. (Qualquer semelhança com a atual corrida pelos cargos de mando na política não será mera coincidência). O homem de hoje tem dificuldade de enfrentar a si mesmo, de ultrapassar-se enquanto humano, de reinventar-se, de propor novos e mais consistentes valores.

O que é fraco, covarde e corrupto, ganha espaço em todos os setores sociais, incluindo o ensino, a educação, cuja pretensão maior é domesticar o homem. O ensino hoje despreza a característica maior do saber - sua problemática - ou seja, o fato de que nenhuma interpretação do mundo e das coisas esgota os diferentes olhares sobre este mundo e estas coisas. Portanto, nenhuma interpretação pode constituir-se em dogma de fé.

O tempo, enquanto senhor da razão, filtra tudo o que engrandece o homem e a vida. Daí a necessidade de aproveitarmos bem o tempo para lapidar o pensamento, torná-lo fecundo. Para tanto, há que alimentá-lo de silêncio, de solidão, de olhares profundos, que perscrutam as aparências, as entrelinhas, o não dito ou o mal dito.

Os olhares mágicos e profundos podem nos levar a descobertas interessantes, incluindo a do estilo que nos é próprio, estilo que marca nossos gestos, nosso itinerário, os riscos que aceitamos correr, nossa solidão, aceita e aproveitada, nossa condição humana. O estilo que nos é próprio fala de nosso apetite pela vida, pela verdade, abre espaço para novos olhares, olhares que filtram o invisível, aquilo que a maioria prefere ignorar, pois, se a informação é perturbadora (haja vista o incômodo que o noticiário da imprensa provoca), o conhecimento o é ainda mais.

O significante olhos/olhar é explorado no romance "Dom Casmurro", de Machado de Assis. As imagens metafóricas que o autor usa para descrever a personagem Capitu passam pela descrição simbólica de seus olhos e olhar: Capitu tem olhos de ressaca, olhos de cigana, olhos oblíquos e dissimulados.

Curiosamente, as imagens usadas para descrever os olhos/olhar de Capitu parecem denunciar aspectos projetivos do personagem Bentinho-Dom Casmurro: seus medos, sua insegurança, seus fantasmas interiores. E o leitor se pergunta: As metáforas que descrevem os olhos/olhar de Capitu, falam de Capitu ou falam da neurose do narrador? De qualquer forma, são metáforas ricas e belas. Elas têm o poder de capturar o leitor em suas malhas. Seduzido pelas palavras do narrador (ou pelos olhos de Capitu), o leitor se põe, ele mesmo, a investigar: Capitu é inocente ou culpada?

De qualquer forma, o fato é que o pobre Bentinho não levou em conta a advertência do escritor russo Nikolai Gogol: "As mulheres... só os seus olhos já são um reino tão incomensurável que um homem, se lá entrar, nunca mais encontrará a saída".

DEMOCRACIA DESFIGURADA


Os dicionários de Ciências Sociais costumam definir o termo democracia como “um sistema de organização social e estatal que se fundamenta na vontade popular livre, livremente manifestada e deliberada cuja ação tende ao bem comum e ao individual, dentro do âmbito que abrange a liberdade coletiva e individual”. Quando vista sob o ângulo de uma organização política, é “um sistema no qual os cidadãos, independentemente de castas e classes, exercem a autoridade, quer por si mesmos (democracia plebiscitária), quer por intermédio de delegados ou representantes do povo (democracia eletiva)”. No Brasil, como sabemos, temos a democracia eletiva em que periodicamente o povo é chamado a se pronunciar elegendo seus representantes. Assim democracia não consegue caminhar sem suas duas pernas, ou seja, o povo e seus representantes (os políticos).

Quando olhamos para o sistema político brasileiro, ainda que se insista em caracterizá-lo como um sistema democrático, fácil perceber que a instituição democracia foi desfigurada de tal forma que perdeu suas características essenciais.

O povo elege seus representantes sim em todos os níveis - municipal, estadual e federal. Parece que a função do povo termina aí, ainda que devesse fiscalizar seus representantes para que realmente defendessem os interesses dos seus eleitores. O problema é que os candidatos a representantes do povo, juntamente com os que já foram eleitos e estão em fim de mandato, se aliam à classe economicamente dominante e produzem uma inversão de forças, pois, para se elegerem ou reelegerem, assumem compromissos com os financiadores das campanhas e não com os eleitores. Uma vez empossados, lutam pelos interesses dos seus financiadores e exercem a função com tal desenvoltura e independência, como se não tivessem a obrigação de defender os interesses de quem os elegeu - o povo, nem de dar satisfação pelos atos praticados.

Políticos profissionais, sempre aliados ao poder econômico, se apossaram de todo o processo eleitoral, onde na teoria o poder emana do povo, mas na prática o povo serve apenas para legitimar os privilégios autoconcedidos nos escalões superiores. Os três poderes da República, ainda que muitas vezes busquem passar uma idéia de independência e lisura, apenas tentam confundir os eleitores, aproveitando-se da ingenuidade da maioria deles para perpetuar seus privilégios. Como diz Fabio Konder Comparato, há mais de um século temos uma República de interesses privados e uma democracia sem povo. Até quando nossos políticos vão governar com uma mistura de blablablá e muita propaganda para o consumo popular, enquanto nos bastidores e nos gabinetes fecham-se acordos privilegiando os poderosos às custas do dinheiro da viúva? As reformas tão necessárias para que os representantes do povo realmente os representem são proteladas à exaustão e qualquer alteração que beneficie os eleitores somente acontece com muita pressão popular.

Mesmo assim são reformas de fachada, para que tudo fique exatamente como está. As leis, assim como as regras eleitorais, são feitas sob medida para favorecer os representantes do povo e não o inverso como deveria ser.

Essa inversão perversa de poder assumida por nossos políticos tem deixado o Brasil há mais de um quarto de século num verdadeiro marasmo econômico e os brasileiros, em sua grande maioria, em um estado de desagregação econômica e social. Quase a metade do que o País produz é recolhido em impostos que vão para os cofres dos poderosos e as migalhas voltam para a população, sempre embaladas por muita propaganda. O Brasil merece gente melhor para representá-lo. Petralhas foraaaaaa!

SANGRANDO POR DENTRO


Todos, sem exceção, vivenciamos dificuldades diariamente. Tendemos a identificá-las fora de nós. Os outros com os quais convivemos costumam ser nossas vítimas preferidas. Mas não são somente os parentes, os amigos e o patrão. Quando sentimos que responsabilizar as pessoas a nossa volta não acalma suficientemente as culpas, buscamos expandir o círculo dos “culpados” e aí o céu é o limite pois, incluímos no mesmo balaio os governantes, a natureza e alguns, até Deus.

Se você é assim, está passando a hora de dar de fato uma utilidade para o espelho que tem no banheiro da sua casa. Ao invés de ficar admirando o corpo que Deus te deu e que para tê-lo não fez esforço algum, olhe fundo nos teus próprios olhos e tenha coragem de ver o que sempre se recusou a enxergar: você é o problema.

Já te adianto que vai precisar vestir os olhos de Deus, do contrário a vaidade, rótulo que reveste seu Ego, vai continuar te enganando e vai mais uma vez se achar o máximo. O entanto, o seu dia a dia continuará amargo e cheio de problemas, pois enquanto não se dispuser a buscar o lugar onde os problemas se encontram - dentro de você, todos eles continuarão a existir. Assim, não adianta mudar de patrão, de esposa,de namorido, ou de amigos.

Não adianta culpar o governo e torcer para que um novo governo que entra resolva os problemas que está vivendo. Permitindo que seu Ego continue a controlar sua mente, não importa para onde você vá, pois carregará todos os problemas contigo. Os amigos serão outros, a esposa será outra, o marido será outro, mas os problemas continuarão, pois muitos personagens a sua volta mudaram, mas você continua o mesmo vaidoso, arrogante com um Ego maior que o Monte Everest.

A maioria dos grandes homens deixou a condição de medíocre somente depois dos 40, vários deles iniciaram de fato a mudança depois dos 50 ou 60 anos. O grande homem inicia a caminhada num processo de domínio da própria mente. Percebe que os problemas não existem.

Permite-se enxergar que o que existe é uma grande incapacidade para lidar com as situações que a vida lhe apresenta. Quanto mais incapaz de se adaptar às circunstâncias do dia a dia, mais identifica “problemas”. Então presta atenção: faz de conta que eu sou o espelho para o qual você está olhando. Lamento te informar e não se ofenda comigo, mas você está precisando criar vergonha nessa cara e começar a domar a fera que está dentro e te engana a cada momento, pois existe apenas um problema no seu mundo: você. Você se engana a tanto tempo que já acredita piamente nas mentiras que sua mente te prega e é capaz de defender o indefensável como se fosse a mais absoluta verdade.

Não fique desolado com o que acabou de ler. Demorei a entender isso também e doeu muito e ainda dói trazer para mim a responsabilidade pelos meus fracassos e parar de encontrar bodes expiatórios. Percebi que estou fazendo escolhas a todo o momento, mesmo quando penso que não estou escolhendo. Percebi também que toda escolha, ainda que contra minha vontade, traz consequências. O barco de minha vida está sangrando os mares, empurrado pelos ventos da existência, quer eu queira ou não. Assim, muito mais sábio ter o domínio da embarcação, pois assim saberei onde estou, de onde estou vindo e principalmente terei o controle para me deslocar até ao lugar para onde quero ir.

Pare de condicionar sua vida aos outros. Pare de acreditar que vai ser feliz quando o mundo mudar, quando teu filho mudar, quando tua esposa mudar. Você vai encontrar tudo o que precisa e quer, somente quando resgatar a si mesmo e conseguir dominar esse seu corpo preguiçoso que engana a tua mente todos os dias. Aí reside a grande diferença entre o sucesso e o fracasso. Não cometa o erro de entregar a sua vida aos outros, diariamente cambaleando, aguardando a próxima vítima para responsabilizá-la por teu fracasso. Aprenda com Og Mandino, ao afirmar que “ sempre que permitirmos aos outros que controlem nossas vidas, colocamos nosso futuro nas mãos deles, abdicamos o nosso direito de fazer as escolhas que nos beneficiem e sufocamos toda oportunidade de crescermos. Sem metas, sem prioridades, sem estratégia própria de vida, perambulamos com o rebanho por uma campina de mediocridade infindável, incapazes de nos liberarmos para alcançar ao menos uma pequena parte dos sonhos que um dia acalentamos. Essa condição é deprimente, mas curável. Você pode aprender como dirigir sua própria vida, determinar e depois ir em busca das próprias metas, deixar o rebanho bem para trás. Pode aprender a tomar uma posição por si mesmo, dizer “não” em vez de “sim”, agir em vez de ser forçado a agir. Você não é um carneiro, nem está perdido. Qualquer controle sobre si mesmo que abandonou um dia, pode ser recuperado para você ficar no comando do seu próprio destino outra vez. Depende apenas de você restaurar sua dignidade e individualidade”. Confia no homem vencedor para o qual nasceu.

INJUSTIÇA & DESIGUALDADE


A sensação de bem-estar na qual a população brasileira está submergida neste momento não pode nos fazer acreditar que os problemas brasileiros estejam todos solucionados.

Na verdade, o Brasil no curto prazo apresenta um bom desempenho econômico, as pessoas consomem, as empresas produzem e o país cresce, mas será que apenas o crescimento a qualquer custo basta para as aspirações dos brasileiros?

O fato é que o Brasil, embora grande, é um país repleto de injustiças e desigualdades. A lei, embora extensa, nem sempre vale para todos. A educação que recebem as crianças de diferentes classes sociais também é muito desigual. O hiato que separa a população 1% mais rica dos 30% mais pobres é muito alto, ou seja, o Brasil está longe de ser considerado um país justo.

Para reverter esta situação, o próximo presidente deverá recolocar na pauta do governo as reformas que este governo não foi capaz de realizar, mais ainda: será tarefa do próximo governo investir maciçamente na educação básica, para que as crianças pobres tenham uma perspectiva de futuro e este hiato de desigualdade seja atenuado.

Nada contra o Bolsa Esmola, que é um programa importante no sustento de famílias carentes, mas poderíamos fazer uma reflexão: o que está sendo feito para que dentro de 20 ou 30 anos não dependamos mais do programa, para que no longo prazo o programa não exista mais por que as pessoas conseguiram vencer esta barreira da pobreza e da miséria com esforços próprios?

Além disso, não creio que, no Brasil, os hábitos políticos estejam avançando conforme se espera que aconteça. As pessoas dizem que corrupção acontece em todo lugar ou que é um mal enraizado na cultura política dos brasileiros, o que não procede. Se corrupção é normal em todo lugar, a impunidade não pode ser, não dá pra manter a sensação no país de que quem rouba galinhas é preso e a quem desvia milhões dos cofres públicos ou de empresas estatais não acontece nada.

O Brasil está vivendo mais que uma crise moral: o país vive uma crise de exemplos. Se a corrupção acontece lá em cima, a população passa a se sentir no direito de errar também, o que gera um ciclo vicioso de desrespeito às leis no Brasil.

Outra questão a qual recorremos: será que a população realmente participa da defesa dos seus interesses no processo político? Vamos ao exemplo do pré-sal, o governo quer aprovar o marco regulatório e a partilha dos royalties antes do final do ano, sem um debate minucioso com a sociedade onde representantes de vários setores sociais possam participar de um processo que evidentemente tem de ser conduzido pelo governo, mas ouvindo soluções de quem tem interesse no assunto.

Para que as reformas tributária, trabalhista, política e previdenciária saiam do papel nos próximos anos, o governo terá que tomar a liderança no processo, mas terá que ser feita de forma que a sociedade brasileira discuta e participe e as reformas sejam feitas e devolvam competitividade a quem produz e segurança a quem trabalha no Brasil.

É necessário que a política no Brasil seja mais popular. Isso só será possível quando a justiça prevalecer sobre a impunidade. Que o foco social no Brasil mude não basta para uma nação apenas crescer economicamente. Estamos muito preocupados com nossa grande capacidade de gerar riqueza e não tanto focado na nossa não tão grande capacidade de gerar bem-estar.

UMA VITÓRIA ADIADA


Passamos por vários enganos em nossa vida e, quase sempre, ou jamais nos damos conta deles ou então conseguimos percebê-los muito tempo depois. Os sentimos muito bem quando os acontecimentos de nossa vida se aproximam daquilo que esperamos e desejamos. Chegamos a agradecer a Deus por nos ser tão bom e nos dar tanto. Mas como Deus é sempre sabedoria, Ele muitas vezes nos manda adversidades, problemas, dificuldades, invernos, tempestades e desertos, para podermos crescer.

Como quase sempre somos guiados mais pelos princípios da estultice do que pelos da sabedoria, ficamos tristes e revoltados. Já vi caso de pessoas que culpam Deus pelos problemas que têm e às vezes se afastam de seus princípios por identificarem nele a origem do mal que sofrem.

Então escreve ai: toda adversidade traz em si a semente de um beneficio igual ou maior. Milhares de pessoas encontraram o maior êxito justamente a um passo além do ponto em que a derrota os alcançara. Quando Henry Ford, sem grande cultura e sem um centavo no bolso, apresentou a vários engenheiros seu primeiro projeto de um automóvel, riram da sua cara dizendo que aquilo era um absurdo porque jamais as pessoas iriam querer ou poderiam comprar uma geringonça daquelas. Ele foi em frente e o resto é história.

Tome as rédeas da sua vida controlando a sua mente. Aprendi que, se o que você quiser fazer está certo e você acredita nele, então vá em frente e faça-o. Concretize seu sonho e não se importe com o que “eles” possam dizer se você sofrer uma derrota temporária. Eles farão isso porque não sabem que cada fracasso traz em si a semente de um êxito maior. Vão dizer que você ficou louco. Não olhe para trás e siga em frente e um dia saberão quem de fato é o louco. Seja forte e caminhe sempre. Fizeram isso comigo também. Thomas Edison sonhava com a lâmpada elétrica. Apesar de mais de dez mil fracassos, seguiu um frente, persistiu em seu sonho até torná-lo realidade. Sonhadores de verdade, jamais desistem de seus sonhos por pior que seja o inverno e por mais árduo que seja o deserto pelo qual precisem passar. Santos

Dumont e os Irmãos Wright olhavam para os pássaros e seus sonhos começaram a voar feito águias. Encontraram dificuldades inimagináveis e, mesmo de forma independente, perseguiram seus sonhos, perceberam em cada derrota a semente de um bem maior e seguiram em frente e o resto é história também. Marconi foi detido e internado em um hospital psiquiátrico por alguns “amigos” apenas porque sonhava que se poderia enviar mensagens pelo ar sem o auxilio de fios. Se você gosta da internet, do rádio e da TV, agradeça todos os dias a esse “louco”.

Helen Keller tornou-se cega, surda e muda logo depois que nasceu, mas fez da adversidade seu instrumento de vitória. Sua vida toda serve de prova de que ninguém está totalmente derrotado, enquanto não aceitar a derrota como realidade. Do alcoolismo crônico, o escocês Robert Burns fez germinar a semente de lindos pensamentos poéticos tornando-o um dos maiores poetas de língua inglesa do século XVIII. Beethoven era surdo, mas conseguiu transformar o desejo de ouvir, nas mais belas combinações de sons.

O sentimento que faz germinar o semente do bem das cinzas da adversidade se chama fé. Esse sentimento se confunde com outro que se chama amor. Se você quiser entender o poder da fé, estude a vida de grandes pessoas, homens e mulheres que partiram do nada e alcançaram o sucesso. Há mais de vinte séculos, um homem que nasceu bebê na simplicidade de um estábulo, disse que a fé remove montanhas. Não se esqueça que o poder da fé pode te levar tanto para o sucesso e realização, quanto para o fracasso e sofrimento. Se você pensa que foi derrotado, foi derrotado. Se você pensa que não ousa, não ousa. Se você gosta de ganhar, mas pensa que não pode, é quase certo não poder. Se você pensa que perderá, está perdido. Fora do mundo, achamos que o sucesso começa com a vontade do sujeito. Tudo está no estado de espírito. Se você pensa que foi sobrepujado, foi sobrepujado. É preciso que pense em altos termos para se elevar. É preciso que esteja seguro de si antes de poder ganhar um prêmio. As vitórias das batalhas da vida não são sempre do homem mais forte ou mais veloz.

Cedo ou tarde, o homem que vence é o homem que acredita de fato que pode vencer.

A ARTE DE ESCREVER


Volta e meia aparecem manuais sobre a arte de escrever. Estão também na moda as chamadas Oficinas de Escrita Criativa. E então proliferam os escritores. Todos, ou quase todos, donos de um estilo puro, limpo, ordenado; autores destinados a figurar no quadro de honra de qualquer escola de ensino fundamental ou médio.

É preciso reconhecer, todavia, que, além de um grande talento, o escritor é um sujeito cheio de defeitos e conflitos, dotado de uma rebeldia que assusta e fascina. A marca de todo bom escritor é transformar em literatura sua experiência pessoal, sobretudo naquilo que ela nada tem de edificante.

Não se produzem mais escritores como Flaubert, Proust, Simenon ou, para ficar com os nossos, Machado de Assis, Guimarães Rosa, Clarice Lispector. Por uma razão simples: a humanidade piorou, a estupidez cresce a cada dia, assumindo proporções assustadoras. Gustave Flaubert já o previra, nos idos de 1850, quando afirmou que o mundo se tornaria imbecil. Acertou “na mosca”. Atualmente, a própria escola estimula, quando não supervaloriza, a cultura da superficialidade, colhida e alimentada nos sites de pesquisa rápida da Internet.

Noutras sendas caminha o escritor talentoso, cuja obra põe a nu a fragilidade nossa de cada dia: estamos todos à mercê de forças que nos ultrapassam. Navegamos à deriva, em mar aberto, sem mapa e sem bússola, invadidos pela inquietação e pelo medo. Nenhuma Internet à vista, nenhum Google, nenhuma Wikepédia. E, então, agimos como órfãos, prisioneiros das trevas do não saber, enlutados pela perda das referências confortadoras.

Entretanto, nada nos é mais necessário que o rompimento com o conhecido, o rotineiro, para que possamos enxergar o sentido, ou o não sentido, do que estamos fazendo. A frustração, a aparente derrota, pode ser a medida que faltava para a necessária travessia do deserto – única condição para a tomada de consciência da efemeridade: nossa, das coisas, das pretensas verdades instituídas.

Isso é o que o autor talentoso consegue fazer: mostrar-nos o avesso das coisas, o lado menos luminoso da vida, pontuando os monstros que habitam nossa interioridade, nossa certeza, sempre camuflada, de que a vida é uma batalha dolorosa e insensata. O escritor talentoso revela-nos a tristeza da alma, o vazio da rotina, nossas tentativas inúteis de calar o desassossego, através de rituais vazios, festas barulhentas, mesa farta, bebidas em abundância, que só fazem apontar a mesma coisa: somos estrangeiros na nossa própria alma.

Sem vontade de viver, de cantar em coro, alguns escapam pela tangente e... enlouquecem – põem-se a delirar, a alucinar, já que não encontram alívio para suas feridas emocionais, que estão abertas e sangram.

Quando a angústia se torna assustadora, há que sair, tateando, em busca de alguma saída, pois, paradoxalmente, tal busca pode tornar o vazio tolerável e, quem sabe, até encantador.

Superando a ilusão de ser dona da verdade, da clareza, da autoridade, a literatura pode ser a saída possível, uma vez que ela coloca em textos, passíveis de leitura e ruminação, a dimensão simbólica da nossa existência, permitindo-nos compreender, sentir, sofrer e suportar os impasses existenciais, inaugurando a necessária liberdade psíquica para lidarmos com o desejo e a lei: Como se os Céus fossem um Sino / E o Ser apenas um Ouvido, / E eu e o Silêncio, a estranha Raça / Só, naufragada, aqui - / Partiu-se a Tábua em minha Mente / E eu fui cair de Chão em Chão - / E em cada Chão havia um Mundo / E terminei Sabendo – então. (Emily Dickinson)

CHAPA QUENTE


Conheço muitas pessoas que se queixam de tudo, principalmente dos problemas financeiros. Como mentem para si mesmos, quando olham para o espelho e se dão conta de quão fracassados são, logo escolhem um ou vários bodes expiatórios como respingos de água numa tentativa desesperada de esfriar a chapa quente da culpa. Como consequência, no círculo familiar, sofrem a esposa, ou o marido, ou filhos. A sogra então recebe qualificações pouco recomendadas e os governantes se tornam os maiores corruptos e responsáveis por todos os problemas do mundo.

Se você costuma ter esse tipo de atitude, eu entendo pois por muito tempo fiz o mesmo. Existe apenas uma pessoa responsável por teu sucesso ou fracasso, e essa pessoa é você. O mundo somente vai mudar quando você mudar. Se sua vida econômica e afetiva estão comprometidas, você precisa fazer coisas diferentes das que sempre fez pois, continuar fazendo as mesmas coisas e esperar que os problemas se resolvam, é a maior expressão da loucura. Quem diz isso é Einstein, isso mesmo aquele sujeito do qual você e todas as pessoas do mundo já ouviu falar e usufrui de suas descobertas na área da física.

Existe uma fórmula muito simples de se ficar rico: descubra o que os outros querem e ajude-os a conseguirem. O tamanho da riqueza será proporcional à quantidade de pessoas que você conseguir ajudar. Robert Conklin nos ensina que os primeiros acertos para se chegar a riqueza precisam ser treinados no dia a dia de maneira simples pois, do grau do que der aos outros o que querem, elas darão a você o que quer.

O marido diz para si mesmo: daria uma caixa de bombons para minha esposa se ela se portasse mais afetuosa comigo. O chefe diz para si mesmo: Daria um aumento para fulano se ele fizesse mais do que eu peço para ele fazer. Um pai ou mãe dizem para si mesmos: eu teria mais confiança em nosso filho se ele passasse a ter melhores notas na escola. O colega de trabalho diz para si mesmo: Até aliviaria o lado do João, que trabalha comigo, se ele fosse um cara mais legal. O vendedor diz para seu supervisor: eu ficaria muitíssimo entusiasmado se conseguisse ser o melhor de todos os vendedores da equipe. Todas essas pessoas estão usando a fórmula de maneira invertida.

O marido tem de levar os bombons para a mulher primeiro e depois receberá mais afeto e carinho. O chefe deve fazer elogio e mostrar reconhecimento primeiro para provocar no empregado o desejo de empreender um esforço adicional. O pai ou mãe têm de demonstrar confiança nos filhos primeiro e depois eles começarão a se sair melhor no colégio. O colega de trabalho tem que ajudar a João primeiro para que esse retribua e seja legal. O vendedor deveria ficar primeiro profundamente entusiasmado e depois as grandes e suculentas vendas se sucederão em abundância.

Nos ensina ainda Conklin que é dessa forma que a lei funciona. Como descobrir as necessidades dos outros? O ser humano é muito semelhante.

Ocultamos do mundo nosso eu verdadeiro, mantendo ocultas nossas inseguranças, nossos medos, nossas frustrações, dúvidas, fraquezas e necessidades. Talvez tenhamos medo e não aceitamos o que os outros possam nos dar exatamente porque é isso que estamos procurando. Talvez não queiramos a piedade e a caridade. Queremos amor e respeito. Como consequência, continuamos escondendo nossos desejos mais profundos, agarrados na crença de que merecemos o que esperamos dos outros. A verdade é que ansiamos ser necessários, queridos e amados. Queremos e precisamos ser importantes para alguém, ainda que seja o cão.

Necessitamos de apreciação, satisfação, reconhecimento, aceitação e realização.

A maioria das pessoas é como eu e você. Lembre-se, dependendo do grau do que der aos outros do que necessitam, darão a você o que necessita.

Você ainda não descobriu o que os outros necessitam? Então fique diante do espelho e olhe para dentro de si e encontrará o que existe nos outros. O que você necessita, eles necessitam. O que mais mobiliza seu coração e seus sentimentos é também o que está mais perto do coração deles. Você tem o controle da medida do que necessita dar para poder receber o que necessita da vida. Não duvide, você nasceu para vencer, para enxergar as galinhas e patos das alturas na condição de águia.

Os princípios que regem o desenvolvimento pessoal e o caminho da riqueza são simples e fáceis que até uma criança pode empregá-los.

Independente de quem você seja e de sua personalidade e do que já tenha passado na vida, você tem a capacidade de dar-se bem com as pessoas e encontrar o sucesso. Para tanto, precisa estar disposto a pagar o preço, mas não leve os problemas tão a sério porque a vida é simples, mágica e divertida.

POLITICOS SÃO COMO FEIJÃO,SÓ FUNCIONAM NA PANELA DE PRESSÃO


Não foi desta vez que vimos transcorrer no país uma campanha eleitoral que desse oportunidade ao proveitoso debate sobre os grandes problemas brasileiros e a apresentação de planos de ação plausíveis para a solução dos mesmos, assim como de medidas programadas para o nosso pleno desenvolvimento. O malfeito começou bem lá atrás com a desconstrução do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, saco de pancadas preferido dos que tomavam o poder.

O país começava em 2002. Antes era o nada, o vazio, a sombra. Da gestão dos antecessores nada deveria ser reconhecido a não ser como “herança maldita” e uma importante parte da história do Brasil foi reduzida, pelos novos timoneiros, a “pó de traque”. Ou pelo menos, houve a tentativa... Foi mal! Na realidade tivemos três candidatos. A candidatura de alguns se tornou minúscula, não porque nada tivessem a dizer ou propor, mas devido ao ínfimo tempo e espaço que lhes foram reservados nos meios de comunicação.

Marina Silva, figura delicada, de fala mansa e sensata, aconteceu de forma marcante, desfigurando a polaridade Dilma x Serra, mostrando-se com uma alternativa à escolha dos brasileiros. Foi um fenômeno interessante na campanha 2010: mereceu respeito quase unânime. A central de boatos não agiu em seu desfavor. Faltou ser beatificada, tal a aura de nobreza e honestidade instalada a sua volta. Saiu do páreo, mas, dizem os entendidos, interrompeu uma caminhada preparada para vencer no 1º turno.

O primeiro ato da grande peça foi eivado de “não me toques”, os candidatos tateando terreno, resguardando-se ao máximo, evitando assuntos que ferissem os ouvidos do eleitor, correndo de polêmicas.

Iniciada a corrida do 2º turno acreditei piamente que o verdadeiro debate entre os presidenciáveis começaria, de maneira sincera e franca, oportunizando para os eleitores a chance de escolher com mais acuidade seu candidato, a chance de escutar propostas realistas para levar o país ao pleno desenvolvimento, para solucionar os graves problemas que, infelizmente, têm assolado o país.

Não foi ao que assistimos. Bater na tecla da continuidade não é proposta de governo, desqualificar os opositores não é proposta de governo, estacionar em temas como aborto e religião não é proposta de governo, transformar-se ou anular-se para agradar este ou aquele grupo não é proposta de governo, distribuir material apócrifo ou material de origem ilegal não interessa aos princípios democráticos. Agredir e disseminar a violência, a desunião e o conflito, não são as vias ideais para se chegar ao poder.

A democracia só se constrói pela via da liberdade e o Brasil é de todos os brasileiros e não apenas de alguns. Penso que perdemos bela oportunidade de debater interessantes temas nacionais, debate que seria mais um passo para a construção de uma nação consciente e desenvolvida.

Apesar de não compartilhar com Frei Beto de todas as suas convicções políticas, sou seu grande admirador e lembro-me sempre de seus sábios pensamentos. Reflitam sobre este: “Políticos são como feijão, só funcionam na panela de pressão. É direito e dever do eleitor cobrar do seu candidato. Todos os direitos de cidadania resultaram de conquistas, jamais de benevolência do poder público. Por isto voto não é homenagem, é delegação e quem a recebe tem o dever de prestar contas.”


Pedrinho era terrível na escola, sempre foi, mas era também um gênio da síntese. Em certa aula, a pedido da professora de História, sintetizou lindamente o tema "A Realeza, o Sexo e a Religião" com a seguinte frase:

- E aí a Rainha disse: "ai, meu Deus, como foi bom!".

Esse poder de síntese do Pedrinho baixou em mim ao analisar a inegável volúpia; a atração irresistível, a luta aguerrida, o vício de tomar mais uma dose de poder, a corrida desenfreada (às vezes, sem nenhuma ética ou honestidade), com que homens e mulheres políticas se agarram a cargos, benesses, poder e... mandatos. Assistimos a pessoas em combates verbais pelo almejado prêmio. Frementes, olhos esgazeados como zumbis a mirar a urna e uma cadeira com seu nome como se isso fosse o passaporte para a eternidade. Agarram-se aos cargos como baratas na rolha que flutua correnteza abaixo.

É um espetáculo bizarro, mas compreensível, pela natureza do homem, quando ficamos sabendo dos valores que envolvem uma eleição e quanto se gasta na busca desse lugar de refrigério que é o poder. Centenas de milhões de reais.

Puxa - diria o mais simplório raciocínio - se o candidato pusesse essa grana toda num projeto para a criação de indústrias produtivas com gestão eficiente faria tanto bem à sociedade que os empregos gerados e as famílias formadas com estrutura e apoio comporiam uma sociedade melhor, com direito a respeito e urbanidade, e não a esmolas.

Poderíamos até, pasmem!, neutralizar a ignorância.

Por que, então, jogar toda essa grana na fogueira de uma eleição, pagando panfletos, cartazes, santinhos, adesivos, agências, marqueteiros (uns poucos até competentes), gravações, estúdios, veículos, combustível, cabos eleitorais, entre centenas de outras despesas decorrentes da candidatura e do pleito?

Devo ser mesmo um idiota sonhador e ingênuo, porque imagino com minha mente simplória, porém não à venda, que essa grana toda poderia fazer muito bem para a sociedade, as pessoas, as famílias, as crianças.

Enfim levar a todo esse imenso país, de pessoas boas e carentes, um pouco mais de dignidade, se fosse investida em educação, saúde, segurança e outros artigos de primeiríssima necessidade.

Mesmo assim, repudiando a utilização ostensiva e ofensiva de tanto dinheiro, jamais anularei meu voto. Mas, às vezes, dá uma vontade danada de nos transformarmos em terroristas eleitorais, saindo por aí a boicotar e criticar candidaturas de pessoas de discurso vazio, eleitoreiro e demagogo. E a pregar, como no deserto, o não-voto, só de brincadeira. Como por exemplo: Não vote no Temer: porque não convence ninguém nessa Terra.

Não vote na Dilma: porque é terrorista desde menina. Estes bem que poderiam ser slogans de um posicionamento reativo, anárquico e debochado. E em minha defesa eu explicaria: "...mas géntem, foram eles que começaram".

Que o deboche fique somente entre nós, porque jamais anularia meu voto nem recomendaria a ninguém que o fizesse.

Olhe bem as fotos dos candidatos na urna e pense que está entregando a essa pessoa a sua senha de acesso ao cofre. E que essa pessoa tem a obrigação de colocar seu coração, sua inteligência e bondade na aplicação dos recursos públicos. É o que esperamos dos governantes.

Mas temos que reconhecer: é muita grana. Por isso é que posso parodiar a rainha do Pedrinho, sendo muito sintética na minha conclusão sobre o que motiva essa fissura eletiva: "ai, meu Deus, como é bom!".