sábado, 28 de fevereiro de 2009

HIERARQUIA EMOCIONAL



Um dos grandes males e adversários do pensamento positivo são justamente a postura e atitude que muitos dos seus não-tão-esclarecidos-praticantes assumem diante de pessoas (parentes, amigos, colegas, vizinhos, familiares) que por uma razão ou outra se encontram num outro estágio de vibração, muitas vezes passando por dificuldades e embaraços, ainda meio perdidos no turbilhão de influências negativas que nos rondam por toda parte, exigindo que estes mudem sua forma de agir e de ver o mundo!

Todo mundo no campo físico, profissional, científico e material consegue entender que, apesar da tão propalada re-engenharia, apesar de todas as inovações tecnológicas recentes, não dá pra transformar, num estalo só, um fusquinha numa Mercedes!

Nenhum pecador vira santo da noite para o dia...

Leva tempo para ressocializar-se um bandido... Isto quando não ocorrem as re-caídas...

Foram necessárias décadas de preparação da missão Apolo para o 1º homem pisar na lua...

Não é que milagres não possam ocorrer... A História está repleta deles, mas são exceções de uma conduta geral que não deve ser aplicada no nosso dia-a-dia para simples mortais em condições normais de temperatura e pressão...

Não que o Universo não os permita, ao contrário, nosso chefe supremo não se cansa de despejar sobre todos nós, incessantemente, uma montanha de bênçãos num fluxo benfazejo que de tempos em tempos acaba-acertando-alguém!

A questão, no entanto, reside não na infalibilidade da lei que não permite exceções, mas sim da nossa natureza humana, frágil, emocional, que não se pode manipular ou simplesmente atuar como se fosse uma máquina ou um robô!

Quando alguém não está bem (por qualquer motivo) é sinal de que sua sintonia emocional está num plano diferente de quem se mantém numa frequência positiva de alto astral!

É praticamente impossível mudá-la de estação como o fazemos com o dial de nosso radinho-de-pilha quando não estamos gostando do que estamos ouvindo lá!

Na realidade, existe uma graduação uma escala emocional que querendo ou não, temos que experimentar e aceitar, tanto para subir-aos-céus como para mergulhar-no-fundo-do-poço!

É comum, acompanhando a trajetória de certas celebridades, percebermos que mesmo sua ascensão estrelar ou sua decadência meteórica ocorre em etapas, episódios, com natural reforço positivo ou negativo de cada experiência sobre a outra, até chegar numa vertiginosa tendência, sem retorno, num efeito cascata, num movimento dominó...

Devemos incentivar sim quem está na pior, mas respeitando seu momento e seus limites, aplaudindo cada pequeno avanço realizado, pois esta é a chave para se recuperar de nossas quedas, a forma natural com que todo o processo de evolução acontece em nosso Planeta!

BJKS DA VAN

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

UM EDUARDO NA MINHA VIDA( ELE E EU)

O primeiro passo para mudarmos nossa atitude em relação ao sexo é a entrega. As pessoas pensam que antes de se permitir ter qualquer prazer precisam resolver todos os seus problemas. Não é bem assim. Muitas vezes nós os resolvemos quando estamos alegres e aceitamos o prazer como uma bênção. No ato sexual ocorre algo interessante: somos extremamente generosos e a nossa maior preocupação é justamente com o parceiro. Achamos que não vamos conseguir lhe dar o prazer que ele merece e a partir daí o nosso prazer diminui ou desaparece por completo.

À primeira vista, esta, pode parecer uma demonstração de amor mas, na verdade, é um ato de culpa achar sempre que estamos aquém das expectativas dos outros. Numa situação como esta, a palavra “expectativa” precisa ser banida. Se estivermos dando o melhor de nós mesmos, não há porque nos preocuparmos. É preciso ter a consciência de que, quando dois corpos se encontram, ambos estão entrando juntos num território desconhecido. Transformar isso numa experiência cotidiana é desperdiçar a maravilha da aventura. Se, entretanto, nos deixarmos guiar nessa viagem, terminaremos descobrindo horizontes inimaginados.

Os segredos são os seguintes: primeiro, você não está sozinho. Se a outra pessoa o ama, está sentindo as mesmas dúvidas que você, por mais segura que possa parecer.

Segundo: Abra a caixa secreta de suas fantasias e não tenha medo de aceitá-las. Não existe um padrão sexual e você precisa encontrar o seu, respeitando apenas uma proibição: o de jamais fazer algo sem o consentimento do outro.

Terceiro: Dê ao sagrado o sentido do sagrado. Para isso, é preciso ter a inocência de uma criança, aprendendo a aceitar o milagre como uma bênção. Seja criativo, purifique sua alma através de rituais que você mesmo inventa, como seja criar um espaço especial, fazer oferendas, aprender a rir com o outro para quebrar as barreiras da inibição. Acredite que você está vivenciando uma manifestação da energia de Deus.

Quarto: Explore seu lado oposto. Todos nós temos no nosso corpo, na nossa alma e no nosso espírito uma ou mais características do sexo oposto, por mais que esperneiem os machões de plantão, os inevitáveis ignorantes, insuportáveis idiotas da objetividade. É da nossa natureza, inerente, visceral e não existe qualquer comando sobre isso, seja de ordem física ou mental. Assim, segundo a conhecida perua Marta Suplicy, a rainha da vulgaridade, “relaxe e goze”... Exercendo esta verdade inexorável, portanto, se você é homem, procure, às vezes, pensar e agir como mulher e vice-versa. Atenção: Olho vivo! Cuidado para não perder o caminho de volta...

Quinto: Entenda que o orgasmo físico não é exatamente o objetivo principal de uma relação sexual, mas apenas e certamente uma conseqüência de inúmeras condicionantes e preliminares, que podem ou não acontecer, principalmente numa primeira vez. O prazer nada tem a ver com o orgasmo, mas com o encontro.

Sexto: Identifique seus medos e divida-os com o seu parceiro. Você poderá ter uma agradável surpresa, ao surgir uma solução que não lhe ocorreu. Quando isso acontece, torna a interação muito gratificante, aproximando mais ainda as pessoas.

Sétimo: Importantíssimo! Permita-se ter prazer. Assim como você está ansioso para se dar, a outra pessoa também quer o mesmo.

Quando dois corpos se encontram, se ambos querem dar e receber, todos os problemas desaparecem e, com os corações disparados de tanta realização pessoal e alegria, a vida se torna uma beleza...

Aconteceu comigo...rsrs

Foi de repente que me veio um desequilíbrio que nunca tinha sido meu . Como o que ele me disse segui-lo sempre, principalmente neste carnaval. “Aquela batucada louca…”, como se precisasse se justificar. A mim ou a ele mesmo.

Quando ele me disse que não queria mais desistir de me como fez em um passado longínquo, tive medo de trazer na mala as lembranças daquelas lindas palavras feita de manhã. E roguei por palavras que pudessem me redimir. Ou, ao menos, valorizar. “E, se em vez da mala, eu levar um torpor de sentimentos?/Suspiros perdidos no crepúsculo. Sonhos ao vento…/Deixaria que eu me visse nesse azul de firmamento?/Essas janelas que me abre… lindamente!/Eu viveria de confissões, degustaria pequenas ansiedades./Ou talvez o fim de ilusões, algo de alegria e muita saudade./Uma lua inteira pra descobrir… calmamente.” Mas não tive resposta…

Logo que cheguei de viagem, entendi o silêncio. Não conseguiria devolver-lhe frases à altura. Chamei de bobagem e lhe repeti de cabeça: “Achei que tinha esquecido de mim… Já tentei de todas as formas achar a lua, mas não consegui! O céu aqui está nublado… Queria poder vê-la, pra me sentir mais próxima de você.”. Viu só? O que mais eu poderia querer além de você?

Todo as luzes do meu quarto se apagou, quando ele disse estar nervoso. Continuei olhando-o, impassível. Ele baixou os olhos, e a espontaneidade da confissão transfigurou-se em desnorteio. Toda a luminosidade que havia sobre meu quarto, e somente sobre ele, vinha daquele semblante maravilhoso.

Podia sentir seu perfume de longe. Mesmo quando ele nem estava. Nos meus dedos, grudado. Ou em cada canto de minhas narinas. De tanto inspirar. De tanto aspirar sua companhia.

Aos poucos, aquele perfume foi-se retirando, para que eu pudesse sentir o cheiro doce de sua pele. Já sabia da importância que há na empatia de aromas, como se ainda fôssemos seres agarrados a árvores, ou habitantes assustados de cavernas úmidas. E aquele cheiro que foi brotando de seus poros veio se aninhar em meus pulmões, um oxigênio inédito e viciante.

Tendo-eu nos seus braços, fixei aquele azul: “Me conta três defeitos seus…”. Sorrindo um mel translúcido, sussurrou que tinha vários. E calou, cerrando os olhos, para que eu acariciasse seus lindos cabelos.

Por um instante, a televisão mostrou-nos um negrume de abismo. Foi aí que vi o reflexo de meu sorriso, uma boca tão lindamente aberta, que me pareceu haver furtado dele uma de suas expressões perfeitas.

Um frio… Devia ser da brisa entrando da janela aberta. Ajeitei o corpo, para que o colo ficasse ainda mais aconchegante. Com um gemido curto, percebi que havia exagerada, apertando-o demais contra meu corpo. Mas tive a certeza de que não sairia daquela boca nem um “a” de reprovação.

Ele fechou os olhos e respirou em cadência de sonho.

Não interrompi os carinhos dele, os seus dedos escondidos em meus cabelos. Não deixaria ele parar por nada! Nem mesmo se sentisse em posição desconfortada. A mão dele trêmula, pelo gesto repetitivo. Lembrei o jantar, o rosto iluminado dele, fitando um horizonte que não havia. Suas mão tremendo mais e mais. A tremedeira também já era minha…

Para que eu entendesse que o cheiro dele estava colado em mim, não demorou muito. Não era como uma recordação olfativa, como ocorre com aromas de perfumes. Minha pele exalava um cheiro que não era meu! Mas o dele.

E assim foi com meu hálito. Com meus gostos. Meus pensamentos. Tudo!

Agora, só existo quando me vejo nele. Pois foi para ele que tudo o que era meu fugiu. Minha ansiedade, meu cheiro, minha falta de modéstia… e meu sorriso. Que fui costurando em sua boca a cada novo beijo apaixonado. Naquele domingo de carnaval.

bjks da van


SER FELIZ É NÃO SE PREOCULPAR MUITO EM SER FELIZ



Gostaria de falar um pouquinho sobre essa tal felicidade. Vamos lá! Podemos dizer que assistir a um bom filme, a um jogo de futebol, a brincar carnaval é diversão! Terminado o filme, o jogo,o carnaval, a sensação de felicidade desaparece. Não era felicidade. Foi apenas divertimento.

A expectativa de felicidade nos leva a estudar, trabalhar, nos casar, adquirir bens materiais: carro novo, casa luxuosa, celular de última geração, mas o filósofo grego Aristóteles advertia, há mais de dois mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse. Não se dando por vencida, a expectativa de felicidade nos convence de que cada conquista é a coisa mais importante do mundo. Entretanto, cada uma provoca a necessidade de outra conquista, que resulta na desapontadora conclusão de só se ficar nas expectativas de felicidade. E no meio desse tiroteio temos que demonstrar sermos felizes, porque ser feliz passou a ser uma obrigação.

Em virtude dessa obrigação, há pessoas que fazem força demais para demonstrar felicidade e sofrem muito por causa dessa fonte terrível de ansiedade e depressão. “A depressão é o mal dessa sociedade, que decidiu ser feliz a todo custo” (“A Euforia Perpétua”, livro do escritor francês Pascal Bruckner). A compreensão de que divertimentos e conquistas nada têm a ver com felicidade nos conduz a sentimentos libertadores do condicionamento mental de que felicidade se compra.

Felicidade é um estado psicológico de profunda serenidade íntima, assemelhado à levitação, e é passageira. A “felicidade é projetada para evaporar”, escreveu Robert Wright, ensaísta e autor do livro “O Animal Moral: Psicologia Evolucionária e o Cotidiano”. Segundo ele, “se a alegria que vem após o sexo não acabasse nunca, os animais copulariam apenas uma vez na vida”. “Não existe uma fórmula para ser feliz”, conclusão do pesquisador David Lykken, da Universidade de Minnesota, EUA. Os cientistas Martin Seligman, psicólogo da Universidade da Pensilvânia, Mihaly Csikszentmihalyi, pesquisador da Universidade de Chicago, e Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin, concluíram: “Para que o homem mova o mundo, ele não pode ficar acometido daquele estado psicológico de profunda serenidade íntima, no qual não se tem vontade de mudar nada. Daí, ser infeliz é necessário”.

Essa necessidade de ser infeliz nos surpreende. Li em algum lugar uma frase do saudoso professor André Franco Montoro, mestre em Filosofia do Direito, e então governador de São Paulo. Com irradiante simpatia, sua marca pessoal e em tom de brincadeira disse: “Para compreender a Filosofia do Direito nos reportamos à filosofia, que para ser entendida, por sua vez, imaginamos duas pessoas conversando; uma falando do que não entende e a outra fingindo que está entendendo”.

Felicidade é, na verdade, uma ilusão. A sugestão para ser feliz é não se preocupar muito em ser feliz. Ao compreendermos que divertimentos e conquistas não trazem felicidade, nova orientação vai direcionar nosso comportamento e mudar radicalmente nossa vida para melhor, sem nos causar infelicidade.


BJKS DA VAN

domingo, 15 de fevereiro de 2009

OFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF OK? SÓ DEPOIS DO CARNAVALLLLLLLLLLLLLLLLL VALEUUUUUUUUUUUUUUUUUUU? HUAHUAHUA FUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
HUUUUUUUUUUUUUUUHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHUUUUUUUUUUUUUU
RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSRSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSRSSSSSSSSSSSSSSSSSS
FUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

EUUUUUUUUUUUUUUUUUZINNNNNNNNNNNNNNNNNNNHAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
SOUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
Avannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
Vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaleuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkssssssssssssssssssssssssssssssssss

A GESTAÇÃO DO DESEJO

Acredito mesmo não haver limite para nossos desejos, por mais impossíveis que possam parecer a alguém...

Acredito mesmo que se for um desejo próprio, verdadeiro, ele será imediatamente atendido pelo supermercado da vida, pelo armazém do universo com a presteza de sempre!

Sua materialização, porém, pode ser instantânea, demorada ou nunca acontecer, dependendo do seu alinhamento mental (coerente com seu pedido) e principalmente pela sua disposição para recebê-lo, pela sua capacidade permissiva, pelo grau de resistência que oferecer ao presente dos céus!

Comparo este processo ao da gestação de um bebê, que é na essência que o temos de mais espetacular nesta nossa experiência terrena, a mais pungente criação que podemos realizar neste planeta!

Não é à toa que ela se dá com nove meses de espera...

Nove, para os esotéricos, numerológos e místicos significa a conclusão, o fim de um ciclo...

Nove-fora-à-parte, o que nos interessa mesmo é o tempo de espera, decorrido entre a concepção do desejo e a sua efetiva materialização, com o nascimento da criança num parto!

Este tempo é o período necessário para a mulher (casal) se acostumar com a idéia, aprender a gostar dela cada vez mais, de forma a ir tornando este desejo cada vez mais forte!

É com o crescimento deste desejo que se processa o desenvolvimento do feto, alimentado por um sentimento de prazer, bem-estar, plenitude e felicidade cada vez maior, até sua explosão final com o nascimento do seu filho (criação).

Acredito que todos os problemas da gestação e da própria formação da criança são conseqüências do seu grau de conexão mental, físico e espiritual com o seu próprio desejo maternal.

Assim fica claro que se não está emocionalmente ativada positivamente, alegre, otimista, apaixonada pela expectativa de ser mãe, nenhum tipo de resistência poderá ser desenvolvido em seu útero, em seu organismo e em sua mente, que aborte o processo ou que recaia sobre ele qualquer tipo de anomalia...

Assim quando nos alinhamos com nossos desejos, quando nos colocamos na expectativa de sua realização, quando nos preparamos para recebê-lo, quando nos apaixonamos pela idéia à primeira vista, quando nos mantemos fiéis às nossas escolhas, quando deixamos o coração transbordar de entusiasmo, o universo percebe que não está sendo desafiado, e abre generosamente suas comportas de bondades ilimitadas em nossa direção!

Querido(a) amigo(a) desejo de coração que a gestação de seus sonhos seja instantânea...

BJKS DA VAN

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O SISTEMA PARLAMENTARISTA ÁS AVESSAS


Para que todos possam entender: parlamentarismo é o sistema de governo em que o Poder Legislativo, o "Parlamento", detém as rédeas da administração do país.

Em pelo menos três ocasiões, no Brasil, rechaçaram a hipótese da instalação do sistema parlamentarista. A primeira ocorreu entre o fim da monarquia e a proclamação da República. Mesmo sob forte influência britânica, não se optou pela monarquia parlamentar, ou constitucional, e mandaram o rei embora do país. Em 1963, diante de enorme instabilidade política, os brasileiros votaram através de consulta popular contra o parlamentarismo, artimanha engendrada para minar o poder do então presidente Jango, mais tarde deposto pelo golpe militar. A mais recente ocasião aconteceu em plebiscito, após a promulgação da Constituição de 1988 e a volta da democracia, quando o povo mais uma vez negou o sistema parlamentarista e escolheu o presidencialismo, em 1993.

A dúvida não gira em torno da importância do Poder Legislativo para a democracia. Também, a experiência parlamentarista colhe bons resultados, basta mencionar que uma parcela notória de juristas defende o parlamentarismo. Há até uma infinidade de teses acadêmicas acerca dos benefícios do sistema parlamentarista de governo.

Então, onde é que está o problema? Bem, trata-se de uma questão absolutamente profunda e controversa.

De um lado, há a falta de preparo dos legisladores e de seus respectivos funcionários. Desconhecem as suas próprias funções. Não raro, utilizam a tribuna apenas para mandar beijos e abraços aos eleitores, assim como a única iniciativa legislativa que exercitam é a homenagem. Do outro, o eterno "reeleger" cria entre vereadores, deputados e senadores uma dependência com o poder. Sem legitimidade, sem a confiança popular, o mandato parlamentar adquire as características de uma máquina de buscar votos e recursos para a próxima eleição; um fim em si próprio.

Observem os exemplos aqui no Rio. A maior parte dos vereadores não possui profissão e trabalham apenas para garantir empregos para familiares e cabos eleitorais na administração, sem a preocupação de fiscalizar, legislar ou representar aqueles que o elegeram. O que se repete na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional.

Sem projeto político algum, com promessas vazias e farto dinheiro oriundo da corrupção, eles são eleitos ilimitadamente. Isto está mais que provado pelo escândalo das pizzas, quando vários deputados foram presos, acusados de corrupção e desvio de verbas públicas.

O desfecho da história, até hoje impune, demonstra que a câmara, do Rio, não tem utilidade nenhuma. Poderia fechar as portas sem causar prejuízo à cidade, exceto quanto à burocracia legal, e para os parasitas que perambulam pela Casa. A economia com os gordos salários, verbas de gabinete e as excessivas homenagens poderia tapar todos os buracos das ruas, algo para lá de milhões de reais.

Não é, entretanto, uma boa solução. Apesar da desesperança, e por mais mirabolante que pareça, a melhor idéia é ainda renovar as cadeiras da casa legislativa municipal, com o redobrado cuidado de não escolher novos degenerados.

Que a punição exemplar para os maus políticos seja a escassez de votos. Quem imaginaria que, pizza, o alimento se tornou o símbolo da corrupção!

bjks da van

AMONTOADOS DE LETRINHAS

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Naturalmente que o leitor não entendeu bulhufas desse amontoado de letras e números atirados ao papel – que de longe até nos pareceria parágrafos antecedidos de um título composto por três palavras.

Não é nada disso.

Daí que o leitor não poderia mesmo ler alguma coisa. Não há nada escrito. Nada que se lê aqui ou em qualquer outro país desse mundo.

A bagunça das letras e números acima serve apenas para ilustrar o que nos ocorre quando estamos a tratar de nossa saúde.

Atarantada. É assim que a maioria de nós se pega diante da tentativa suada e vã de tentar ler, interpretar os receituários médicos que no Brasil tornaram-se sinônimos de garranchos, verdadeiros códigos impossíveis de decifrar.

Logo as receitas médicas, que deveriam primar pela clareza, pela escrita impecável. Escrita que não deveria deixar dúvida que fosse do que dispõe sobre a saúde e a vida de uma pessoa – que na maioria das vezes dependem do que está escrito ali, naquele pequeno papel.

É o papel de nossa vida.

Uma leitura errada, uma interpretação errada e é nossa morte sentenciada no mesmo papel.

Vai entender essa mania besta de escrever para que ninguém consiga ler. Qual a vantagem que se tira disso?

O fato é que os garranchos viraram, digamos moda. Moda que tomou conta da maioria dos médicos desde que um dia um da casta dos jalecos alvos deu de cismar que a péssima letra do colega de profissão era, digamos, chique!

Chique, sim. Diferente das letras do povão.

Letra de doutor! Letra que o fulano logo passou a imitar, logo seguido pelos demais sicranos e beltranos, alguns desses até mesmo por puro deleite em assistir à incapacidade do paciente em entender caligrafia de doutor.

Ou por pura incapacidade própria de escrever tal como aprendemos na escola: direito, menino!

E tomem garranchos.

Mas, isso vai (ou pode) acabar. Até mesmo porque é uma irresponsabilidade que parte de quem mais esperamos responsabilidade nessa vida que sonhamos prolongar.

Prescrições e prontuários médicos devem ser lidos e interpretados por todos, principalmente pelo paciente que pouco estudou ou pelo vendedor do balcão da farmácia da esquina que estudou um pouco mais.

A letra ilegível tem ocasionado erros de tratamento que não raramente descambam para a fatalidade. Por conta dos garranchos, o mais propenso a ocorrer é a venda de um medicamento no lugar de outro, o que faz com que o paciente leve para casa uma droga que lhe será venenosa se tomar.

A esperança de que os médicos passem a escrever como aprenderam na escola, correto, reside em matéria que tramita no congresso nacional e que já foi aprovada pelo conselho de Defesa do Consumidor da câmara dos deputados. Tornada lei, ela punirá o médico que não se esmerar na emissão de receitas e prontuários legíveis.

A pena vai desde advertência, multa, passando pela interdição total ou parcial do estabelecimento em que o profissional trabalha ao cancelamento da licença para o seu funcionamento.

O Conselho Federal de Medicina aprova o projeto de lei que ainda passará por outras comissões do legislativo, seguindo depois para o senado – mas, com ressalvas.

O órgão não defende a punição do estabelecimento onde o profissional flagrado no garrancho trabalha, mas que o próprio pague pelo descaso em cumprir uma das promessas mais nobres do juramento de Hipócrates: respeito à vida do próximo que ele se dignou a defender e a preservar – tarefa que poderia começar pela correção na hora de prescrever o que pode salvar a vida de uma pessoa.

bjks da van

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

GRATO

Leitor generoso, pelo correio eletrônico, elogiou os textos que venho publicando, neste honroso espaço. Também formulou algumas perguntas, a que tentarei responder, no final.

Não vou digitar o nome, porque teria que divulgar seu e-mail. E não me vejo autorizada a fazê-lo.

Sinto-me na obrigação de agradecer os elogios e declarar que não me julgo merecedora deles. Ainda sou aprendiz. Ainda persigo a linguagem que gostaria de manejar, em crônicas.

Em razão disso, continuo escrava do formalismo gramatical. E a expressão que busco deverá ser leve, solta e, de certo modo, pitoresca. E sem qualquer agressão à sintaxe, é claro.

Uma prova de que sou ainda aprendiz é que, concluída a redação de um texto, gosto dele. No dia seguinte, na releitura costumeira, desgosto e o modifico bastante. Ao vê-lo publicado, novamente não gosto. Dá vontade de mexer nele, tirar e pôr... Mas aí, é outra história!

Embora não tenha maiores pretensões, espero, um dia, encontrar a linguagem do meu sonho. Aí, generoso leitor, talvez eu consiga produzir crônicas que me agradem, realmente, e mereçam, pelo menos em parte, os elogios que me comoveram.

Devo confessar que fico mais à vontade fazendo alguns poeminhas. Sinto-me livre para metrificar ou não, valer-me da rima e do ritmo ou navegar em versos brancos e arrítmicos. Mas continuo perseguindo a linguagem que tenha alguma marca pessoal e intransferível.

Por falar em linguagem e estilo, vem-me à lembrança o fato de Argemiro, que edita o jornal de bairro de Vila Isabel com extrema competência, ter criado, faz muitos anos, uma forma de expressão que me encantou: estilo quase telegráfico. Frases curtíssimas e sempre na ordem direta. Adjetivação pouca e economia de conectivos, que somente se usavam em certos casos e em atenção a determinadas regências.

Não sei o motivo que levou meu querido amigo a renegar sua criação. Lembro-me de que o estilo era fortíssimo, tanto que eu, após ler o texto vazado nele, não conseguia livrar-me de sua influência e lia o restante do jornal, no mesmo ritmo.

Para encerrar, retorno ao e-mail que motivou este texto, para satisfazer a curiosidade do leitor. Na minha opinião, quem pretende escrever deve, antes de mais nada, ler ler muito. Depois, é só começar. Minha inspiração está no dia-a-dia, nas coisas que acontecem comigo e em torno de mim. Em certos casos, deixo que a memória venha à tona. Crônica é espécie intermediária do lírico e do épico. Foi criada no Brasil, por Machado de Assis. O curioso é que quase todo grande poeta acaba virando excelente cronista. Exemplos: Mário de Andrade, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Dos cronistas que admiro, destaco Henrique Pongetti, Paulo Mendes Campos, Rachel de Queiroz, Rubem Braga e Clarice Lispector. Vez ou outra, vejo nos jornais, alguma crônica bem urdida. Tenho, rabiscado em folhas guardadas na gaveta, dois livros de poesia. Ainda não sou possuidora da coragem necessária para formular livro de crônicas.

Um beijo, leitor generoso.


Gostaria de ver o desempenho de meus amigos poeta, em crônica.

BJKS DA VAN

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

ENCANTADOR(A) DE PESSOAS



Na história da humanidade sabemos de diversas pessoas que conseguiram atuar como encantadores de pessoas. Podemos citar Jesus Cristo, Gandhi, Sílvio Santos, papa João Paulo II e outras menos famosas como um pastor, um parente, um vendedor que com um brilho com o olhar consegue encantar pessoas e mantê-las sobre seu domínio. Será que podemos chamá-las de verdadeiros líderes?

A palavra liderança significa, entre outras coisas, "conduzir, dirigir, guiar, comandar, persuadir, encaminhar, encabeçar, atravessar". O registro dessa palavra está datado de 825 d.C. e os diversos conceitos a ela ligados se relacionam com o latim ducere, que significa conduzir.

Ao longo da história a liderança esteve a serviço de fins dignos; outras não. Alguns líderes têm sido responsáveis pelas loucuras mais extravagantes e pelos crimes mais monstruosos. Em contrapartida, outros têm sido vitais em conquistas da humanidade, tais como a liberdade individual, a tolerância racial e religiosa, a justiça social e o respeito pelos direitos humanos.

Às vezes ouvimos pessoas dizendo liderança, mas descrevendo gerenciamento. Falando assim apenas de um estilo de comando. A geração ditadura conviveu com modelos de autoritarismo retratados em frases como: "Manda quem pode e obedece quem tem juízo" e fez com que as pessoas acreditassem que líder é alguém que detém todo o poder, que, sozinho, toma todas as decisões, dá ordens e é o ser designado por Deus para punir os seus subordinados. Porém, hoje em dia, isto não surte mais o efeito do período da ditadura porque as pessoas já não mais aceitam tais imposições e são capazes de boicotar escondido àquilo que foram obrigadas a concordar.

Como o mercado de trabalho tem mão-de-obra em excesso e esta a caça de cérebro-de-obra, a palavra liderança tem recebido novos atributos e está começando a ser empregada em nosso contexto atual com novas ações. Líder servidor e encantador de pessoas são algumas das formas que temos hoje para definir e descrever um ser humano com autonomia e autoconfiança que acredita que pode mudar as coisas e é capaz de construir e compartilhar sonhos com as pessoas com quem trabalha e convive e dá a sensação de que isto vai trazer benefícios á longo prazo.

Para o guru James C. Hunter, autor de O monte e o executivo "liderança é a habilidade de inspirar as pessoas a agir. Significa conquistá-las por inteiro: espírito, coração, mente, braços, pernas... E é isso que faz um grande líder".

Dizem que o verdadeiro líder é aquele que faz poucas coisas, mas que sabe delegar tão bem que na ausência as coisas funcionam ainda melhor.

O importante mesmo é conseguir que as pessoas trabalhem com o coração e o cérebro, além de trabalhar com os braços.

Se você deseja desenvolver a capacidade de "encantar" pessoas em sua vida pessoal, profissional ou familiar, comece observando se suas atitudes são coerentes com seu discurso e a buscar ser respeitado ao invés de ser temido. Aja com integridade, fale verdades (de forma elegante ao invés de agressiva), aprenda a ouvir as pessoas, a sentir seus semblantes, compartilhe dificuldades, peça ajuda, reconheça competências, elogie sempre que puder e quando perceber conflitos e divergências de opiniões converse com as pessoas, esclareça, construa acordos e patrocine a cooperação.

Goethe escreveu: "Trata um homem como ele é e ele continuará a ser. Trate como ele pode ser e ele será como pode ser".

Através da formação e da informação vamos transformando pedras brutas em pedras preciosas. A descoberta das pedras preciosas escondidas dentro de nós e das pessoas só pode ocorrer após entendermos que é possível redefinir nosso futuro.

Que tal começar redefinindo que podemos e devemos exercer esse encanto junto às pessoas com quem trabalhamos e convivemos. Claro que não é fácil, porque líderes não costumam ser feitos da noite para o dia. Mas chegará antes quem começar a se preparar primeiro.

bjks da van

COMPRA-SE DOIS AMIGOS



Paga-se bem. No mundo dos negócios, interesses de toda sorte, inclusive os escusos e as propostas indecentes, tudo vale. Noutro dia eu reassisti ao filme “Proposta indecente”, onde um ricaço paga ao marido para ficar com sua mulher por uma noite; a proposta foi aceita, rolou uma grana alta e em dólares. E o pau quebrou! Tudo bem. Já ouvi falar que todo homem tem seu preço. E vai por aí afora... Deixo a imaginação do leitor percorrer o campo enfocado neste arremedo de texto.

No momento, sentada no Bar do Noel, sorvendo umas cervejas e me embriagando com a maconha da Souza Cruz, cujo defumador fica sempre impregnado na roupa (nem imagine os pulmões) deixando um odor nauseabundo, tive esta atrevida idéia de escrever sobre este tema. A solidão me tornou solitária e se fez acompanhada da tristeza que me deixou realmente triste. Embriagando-me, pude contemplar o vão e passei a escrever. Quanto alguém poderá me cobrar por sua amizade, já que não sou afortunada? Alguns trocados bastariam? Pressinto que uma amizade não pode ser adquirida por preço vil; a mercadoria não seria sequer de segunda classe. Claro, por baixo preço, não posso pensar em uma amizade de primeira classe, nem de fêmea e tampouco de macho. E me veio uma indagação profunda corroendo meu âmago e todas as minhas entranhas: Como chegar diante de alguém e fazer a proposta? Iria, de cara, perguntar, hei! Você quer me vender sua amizade? Ô louco, nem pensar! E se eu ficar, volta e meia, olhando para alguém, para provocar um
diálogo? Não! Esta idéia poderá não ser feliz e nem produzir um diálogo. Poderá a pessoa sentir meu olhar e pensar: Ou é lesbica ou é tarada , se ela ou ele sentir meu olhar. Vou-“ao banheiro”. Na volta pensarei melhor. Continuarei meu texto no próximo parágrafo, ta bom?

Continuando o texto e falando com meus botões: se eu colocasse um anúncio no jornal: “Compram-se dois amigos. Paga-se bem”. Oh! Esta idéia poderá ser feliz. Quem sabe, alguém desafortunado de companhia numa mesa de bar, possa ler meu anúncio e “chegar junto”. Olá Van, eu li seu anúncio no jornal e... Não! Assim também não dará certo. Terei que me expor ao ridículo e ser alvo de zombaria. Aí, com tanta solidão, ninguém para me dar uma idéia de como resolver meu problema de solidão, claro; se eu tivesse uma companhia não precisaria tecer este texto alucinado. Parodiando o apresentador que anunciava “más idéias no póximo bloco”; direi, mais idéias no próximo parágrafo. Já, já. Vou tomar mais três goles de cerva e baforar o cigarrão terrível. Ainda processo esta Souza Cruz! Ó menina! Volta ao tema. Gritou silenciosamente minha fértil imaginação. Po! Vou reler tudo que escrevi até aqui e parar um pouco para continuar meus goles de cerveja e fumegar o cigarro na pérgula do boteco. Frescura pura.

Idéia final. Pronto, se esta idéia não der certo, encerro esta porra de qualquer jeito. Sinto que mais poucas cervejas irão me entorpecer e não terei condições cerebrinas de concatenar as idéias, será tudo em vão. Pensei o que mesmo? Tá vendo, tô ficando bêbada. Esqueci. Mais goles de cerveja e cigarro.

Lembrei! Oh! idéia genial. Vou escrever um texto e pedir ao meu dileto e predileto amigo Argemiro, presidente e redator-chefe do grande Jornal de bairro de Vila Isabel que a publique, constando meu e-mail, e assim, o leitor poderá entrar em contato comigo e até me dá de graça a amizade que tanto procuro. E não faço muitas exigências: que me acompanhe na mesa de bar, que tenha um bom fígado, para aquentar os impactos etílicos; uma prosa ao menos tolerável; beleza exigível é a intelectual, porém é aconselhável ser simpático e agradável em todas as ocasiões. Ufa! Terminei o texto. Estou aguardando você, quer seja fêmea ou, preferencialmente, macho.

Bjks da Van

O SEGREDO DO SEXO É O MISTÉRIO DA SEXUALIDADE



A família toda, de boca aberta, cheia de tesão, se "comove" com o que

vê. Já as crianças, com as novelas aprendem suas primeiras noções de
sexo. Ou melhor, de genitalidade (pênis com vagina) e não de
sexualidade (pênis, vagina, alma e espírito). Para não esticar nossa
introdução, vamos direto ao que nos interessa. A revista "Veja" de
16/7/2008 nos levou para o artigo de Stephen Kanitz em seu Ponto de
Vista. É alguém que se preocupa e pensa sério. Posso até imaginar que
Kanitz leu Provérbios de Salomão para escrever seu artigo.
De fato, apesar dos mais de 3 mil anos que separam o capítulo 7 de
Provérbios (livro da Bíblia) e do colunista Stephen Kanitz.

Nosso colunista escreve que "o jovem hoje em dia terá sido exposto a
12 mil apelos sexuais antes de completar 14 anos, uma aberração
cultural sem precedente na história da humanidade". Aqui faço uma
pergunta: os senhores pais sabem e estão preocupados com isso? Ou para
eles, isso é bom para a formação de seus filhos. Salomão, há mais de 3
mil anos, um dos autores do livro Provérbios, descreve como um
adolescente é exposto a um apelo sexual muito bem-feito a que ele não
consegue resistir. O "boyzinho" acaba aceitando o convite da mulher
mais velha que ele: "Venha, vamos embriagar-nos de carícias até o
amanhecer, gozemos as delícias do amor" (Provérbios 7, 18).

Kanitz, na revista "Veja", explica que as mulheres reclamam que os
homens só pensam "naquilo", elas estão sendo tremendamente injustas
porque o instinto do "não esquecimento" está em ambos os sexos e com a
mesma intensidade". E para surpresa de muitos, o colunista da "Veja"
acrescenta: "Hoje se suspeita até que mais mulheres traiam o marido do
que vice-versa". Pois é, a tal mulher que seduziu o adolescente, lá no
capítulo 7 de Provérbios, não era uma menina assanhada nem uma
prostituta: era uma mulher que estava traindo deliberadamente o
marido. Ela disse ao jovem: "Meu marido não está em casa, saiu para
uma longa viagem e pela quantidade de dinheiro que levou, deverá ficar
fora de casa por vários dias" (Provérbios 7, 20).

Kanitz, o colunista, não fala mal do sexo. Ele critica "o erotismo
desenfreado, a preocupação exagerada com o sexo, o desempenho e a
traição que trazem como conseqüência esta sociedade de consumo e de
ostentação". Salomão age da mesma forma. Ele encoraja o sexo com amor,
com responsabilidade: "Alegre-se com a esposa de sua juventude (...)
Que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer e sempre o
embriaguem os carinhos dela" (Provérbios 5, 18-19). Tanto nosso
colunista citado quanto Salomão, o rei mais sábio da humanidade,
pregam o compromisso conjugal: "Beba das águas da sua cisterna, das
águas que brotam do seu próprio poço" (Provérbios 5, 15).

O Ponto de Vista de Stephen Kanitz foi algo surpreendente e de uma
coragem sem par, pois ele termina seu texto com uma advertência:
"Nossos professores, artistas e cineastas, nossos líderes espirituais,
nossa igreja, nossos intelectuais estão se esquecendo de que sexo
precisa ser de fato divertido, mas o segredo do divertimento são o
comedimento, a surpresa e o mistério".


BJKS DA VAN

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É A AMPULHETA DE UMA EMPRESA


Ampulheta é o símbolo do tempo e do infinito. Muitas empresas esquecem que o tempo passa e já se está fora de sintonia com o mercado. Tudo muda: os mercados, as leis, as pessoas e a tecnologia. Com certeza, mais rápido do que antes. Na maioria das vezes, mudar parte apenas pode agravar a organização, quando o esperado é melhorar.

Presenciamos muitas empresas definindo novos organogramas, revendo a estrutura após ouvir apenas os seus gerentes e alguns colaboradores e, em seguida, investindo em novos e caros sistemas e implementando planos de comunicações, mas, mesmo assim, não conseguem mudar os resultados.

Onde está o erro? O de esquecer o mais importante, de falar com o consumidor, com o seu fornecedor, de olhar para fora da empresa, de conversar com as pessoas que são responsáveis pela receita. O alinhamento estratégico só pode ser feito após conversar e discutir com todos os que estão envolvidos nas atividades de seu negócio. Isso porque, quando ouvimos o público interno, estamos conversando com as pessoas que criaram o sistema que precisa ser mudado. Não podemos nos esquecer de que todos querem que o outro mude, mas, na hora de colocar os resultados da reunião em processamento, o corporativismo funciona de forma silenciosa. O grupo que propôs a mudança propõe ações paliativas e mina todo o processo de mudança, a empresa perde o seu precioso tempo, queima uma etapa de mudança e o proprietário paga a conta.

O planejamento estratégico é a ampulheta de uma empresa, é o somatório do ambiente interno e externo, mas para ter uma relação consistente necessita de trabalho de preparação necessita olhar e ouvir e ir além do mercado atendido: o que o cliente, o ex-cliente, o não-cliente estão demandando no presente e gostariam de ter no futuro. Temos instrumentos para isso. Mas o empresário, por comodismo, economia ou falta de conhecimento, tenta reestruturar o seu negócio ouvindo apenas os seus colaboradores e, utilizando palestras e reuniões de motivação, faz da empresa uma sessão de terapia e finaliza com uma festa infantil cheia de jogos e festa.

As consultorias que trabalham só com o ambiente interno, ignorando o ambiente externo, estão propondo mudanças olhando para o retrovisor, para o passado — estas já estão no passado. A empresa que quer continuar competindo não pode mais usar este tipo de prática, deu certo no passado, quando os produtos duravam anos e os consumidores não eram exigentes como hoje.

Para a empresa continuar atualizada, os seus gestores terão que voltar para a escola e grande parte dos consultores, para dentro dos negócios. Antes bastava só a prática ou a teoria, hoje estudar e ter experiência é indispensável, falar bem e muito não resolve mais os problemas das organizações.

Para mudar é necessário mais do que fazer reunião e ouvir consultor: é necessário, de fato, seguir os desejos e a tendência do seu negócio e do mundo em que vivemos. É uma construção que não acaba nunca.


Bjks da Van

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

QUANTOS ANOS VOCÊ TEM ? ENVELHECER COM DIGNIDADE


A pergunta do título parece inocente. Mas a resposta entrega muito mais do que alguns algarismos. No diálogo de quem acabou de se conhecer, nas salas de bate-papo da Internet, nos formulários que esperam ser preenchidos, na ficha escolar, no curriculum vitae, enfim, o ponto de interrogação sobre a idade sempre está lá. E a questão surge sempre entre as primeiras. Às vezes vem lado-a-lado de um "qual é o seu nome". Mas o que está no seu cerne é bem mais complexo.


Diferente do substantivo próprio registrado na certidão de nascimento, a idade se altera a cada ano. Já a designação da pessoa, apenas algumas vezes, em ocasiões especiais da vida, como na passagem do estado civil, na incorporação de um nome artístico (caso de artistas, profissionais da mídia, e meretrizes), na imposição de um apelido, ou ainda nos processos judiciais impetrados por quem recebeu, na hora do batismo, nomes como "Papa Bill", "Van Silva Cruz".


Nas aulas de língua estrangeira, logo depois que se aprende onde está o famigerado livro – "the book is on the table" –, segue-se a lição de como perguntar a idade, estando na terra do Tio Sam: "How old are you"? Traduzindo quase que ao bicho-do-pé da letra do dicionário inglês-português, temos: "Quão velho é você?". Soa estranho perguntar alguém o tanto de velhice que ela tem. Talvez isso explique porque seja descortês indagar as senhoras mais maduras sobre a idade.


Aparentemente, são só dígitos, mas eles podem revelar – ou não – muito de você. E numa única questão, tenta-se deduzir quantos amores você já teve, o número de amigos que fez na vida, por onde porventura tenha passado, sua escolaridade, quanta riqueza já acumulou... Nem sempre, os números precisam estar explícitos. A idade também pode ser representada por uma marca de expressão no rosto, uma cicatriz, uma barba, na cor do cabelo (ou na falta dele), na altura, no peso, ou no inocente contar dos dedos de uma criança quando questionada quantos anos ela tem.


Claro que há quem engana. Tem gente de 20 com cara de 40. Tem gente de 40 com cara de 20. Tem jovem com maturidade de adulto. E tem adulto que não tem maturidade.

Engraçado que menina de 15 anos quer logo completar 18. Já mulher que passa dos 30, omite idade ou diminui alguns anos. Depois das quatro décadas de vida, então, é uma consonância só. E dificilmente se sai da aliteração dos "enta". Daí vem os quarenta, os cinqüenta, os sessenta, os setenta, os oitenta, os noventa...

Chegar aos 100 é raridade. Apesar da avançada medicina e das dicas dos profissionais de Educação Física e dos professores de Yôga (sim, é iô, e não ió), estresse, poluição, cachaça, feijoada, desilusões no amor e falta de segurança nas cidades contam mais no duelo entre preservar e envelhecer a embalagem da qual você está dentro.

Em uma música composta em 1973, Chico Buarque de Holanda canta a "flor da idade". E ele fala da primeira festa, da primeira fresta, do primeiro copo, do primeiro corpo, da primeira dama, do primeiro drama... Do primeiro amor. Seria a idade das descobertas.

Quem muito já descobriu e tem um extenso repertório, provavelmente já chegou à "terceira idade". Por convenção ou eufemismo, passou-se a chamar "melhor idade".Mas para quem está abandonado sozinho num asilo, nem sempre é a melhor.


Afinal, quantos anos você tem? Você tem medo de envelhecer? Eu tenho 41, e o meu medo é de não envelhecer! Viva e faça planos. Não importa quantos anos você tem, mas como você viveu todo este tempo.

BJKS DA VAN

domingo, 1 de fevereiro de 2009

SILÊNCIO MELODIA SUAVE

[b]A voz do silêncio, quando eu a ouvi pela primeira vez, me dei conta que é um dos sons mais doces e agradáveis de serem ouvidos. Gosto de Beethoven, adoro Bach e Mozart me encanta. Mas quando ouço o silêncio, o mesmo tipo de emoção me é aflorada e com a mesma intensidade. Não é fácil ouvir o silêncio, já vou avisando, mas se já tentou uma vez, continue tentando, pois o dia em que conseguir ouvi-lo pela primeira vez vai querer ouvir sempre, como uma melodia que você ouve e ela lhe harmoniza a mente.

A GRANDEZA DE UM GRANDE HOMEM

· Na verdade todos nós somos como uma colcha de retalhos. Explico: as experiências, os exemplos, as pessoas com quem convivemos, seja por toda uma vida, uma estação, alguns dias, os livros que lemos, os estudos que fazemos, tudo isso se mistura de uma forma harmoniosa fazendo-nos ser quem somos. Pequenos ou grandes, nobres ou rasteiros, pessoas que fazem a diferença ou não, na sociedade como um todo ou em uma área qualquer; pessoas que se impõem por sua dignidade, honestidade e competência ou aquelas que jamais se distinguem ou chamam a atenção pelo seu vazio interior.

Sinto-me sempre grata por todos aqueles que deixaram sua marca em mim. As marcas dolorosas não existem porque sempre tive a enorme facilidade de cicatrização tanto da alma como do corpo. Ah, as pessoas! Pessoas que sempre nos ensinam tanto, com simples gestos, silêncios, palavras na hora certa. Tenho tido sorte, sem dúvida, porque fiz amizades que têm durado uma vida e convivido com pessoas fascinantes, que muito me têm ensinado.

Aliás, tive a ventura de ter escolhido como profissão a psicológia e foi minha maior escola. Doutorei-me como ser humano junto com pessoas que tanto me ensinaram! O grande Paulo Freire dizia que “o verdadeiro educador é aquele que também aprende e o verdadeiro educando é aquele que também ensina”.

Seria injusto ficar a citar nomes de tantos e tantos que deixaram marcas profundas em minha personalidade. Sem querer ser injusta com ninguém, quero, porém, fazer justiça a um dos seres humanos mais fabulosos que tem me acompanhado em minha jornada terrestre: o meu querido amigo, José Luiz Menezes Leitão.

Quando a conheci, a empatia foi instantânea e, graças a Deus, mútua. A cada dia que passava, ele mais me encantava com seu interesse, sua aplicação e o brilhantismo de sua inteligência. Tornamo-nos namorados. Eu era ainda tão nova, quase uma menina.

Não havia problemas de qualquer ordem que ele não trouxesse a mim para discutirmos. Assim, pouco a pouco, fui penetrando em sua vida particular e, mais do que isso , em sua alma. Naquele tempo eu já sabia que ele seria uma grande homem. Mas não o imaginava um verdadeiro guerreiro... Pois a vida exigiu dele várias batalhas e a todas ele tem enfrentado, de cabeça erguida , sem perder a elegancia a dignidade e a generosidade.

Ausentei-me do Rio por alguns anos. Mas, mesmo de longe, eu tinha notícias de sua ascensão, de suas vitórias, e, com elas me alegrava e me orgulhava, pois eu sabia que na construção daquele grande homem havia um pouquinho de mim. A verdadeira amizade não é aquela em que estamos apenas ao lado do amigo nos momentos de sofrimento, mas, também, nos momentos de suas glórias, alegrando-nos com suas vitórias.

Infelizmente, porém, sabemos que os medíocres não suportam o brilho, a grandeza e a nobreza dos outros. Ao invés de se beneficiarem com sua luz, tentam jogar lama sobre seus nomes impolutos. Assim tem sido sempre em toda a história da humanidade. E eu vivo a rogar a Deus que tenha piedade dessas criaturas que, ao invés de tentarem crescer, ficam a ciscar as imundícies do chão, como fazem os escaravelhos.

Ao tornar-se advogado, Zé cresceu mais ainda em meu conceito porque teve uma coragem que a mim me faltou. Mas ele era, de fato, um guerreiro e disso, mil vezes, deu prova. Nunca menosprezou ninguem e sempre os tratou com respeito. Ele sabia que era dono de seu destino e, nem nos momentos mais difíceis, abaixou a cabeça.

Ele sabe que muitos não têm a minha coragem para falar o que penso muitos se escondem por detrás da máscara da hipocrisia. Ele sempre disse: o que mais o impressiona é lembrar daquela jovenzinha delicada, tão fragio, ter se tornado essa pessoa tão forte, tão decidida, tão firme em defender os valores em que acredita.

Quando voltei para o Rio, fui visitá-lo na sua casa, quase estourando de orgulho por ver o meu amigo em tão alto cargo na anbv.Emocionei-me de verdade porque naquele momento pude perceber, com clareza, o quanto eu, também marcara sua vida.

Jose Luiz, jamais saberei como agradecer-lhe por sua amizade, por seu carinho, por tudo. Nada como a peneira do tempo, meu amigo-namorado-eterno. Outros passarão e jamais serão lembrados. Agora, o seu nome, estou certa, está gravado na pedra do meu coração.

Sinto grande orgulho, também, meu amigo, de ter sempre confiado em você e ter sido sempre sua Van. Por tudo isso, eu a cumprimento, com o cumprimento mais completo que eu acho que existe: aquele dos árabes, que se curvam diante de uma grande pessoa, pondo a mão na cabeça e no peito, curvando em reverência, e indicando, quando apontam para a cabeça e o coração, que o reverenciado é grande em tudo, em brilhantismo e bondade.

Namastê, grande HOMEM!

BJKS DA VAN

DESUMANIDADES SOLIDARIEDADE INVERTIDA



· Desde novembro, quando começou a tragédia das chuvas em Santa Catarina , o Brasil inteiro arrecadou donativos (roupas, calçados, comida, água, até móveis e eletrodomésticos e dinheiro) para enviar às vítimas, em diferentes cidades. Aliás, não só do Brasil. Outros países também colaboraram. Muita coisa veio para cá, por mais de dois meses, e o que se viu (os jornais e a televisão mostraram) foram galpões cheios até o teto (comida e roupas estragando, embolorando, por falta de distribuição, com todo o calor dos últimos meses), quantidades enormes de bombonas de água mineral empilhadas a céu aberto, montanhas de roupas e calçados jogados à beira de estradas e em lixões, um galpão inteirinho queimado e por aí afora. E até pedidos para que não mandassem mais nada que não havia onde colocar. Onde estão as “autoridades” que não vêem esse descaso acontecer? Será porque as eleições já passaram?

Paralelo a isso vi, também, na televisão, notícia a respeito de grupos de desabrigados que estavam passando fome porque os donativos não chegavam até eles. Um absurdo, tantos donativos que não havia onde colocar e pessoas passando fome, precisando de tudo? O município e o Estado ameaçando despejar donativos das escolas e a distribuição para quem precisa não é feita?

Então finalmente alguém soltou a voz e contou o que vinha acontecendo. Alguém que também é desabrigada, está lá desde o início e vê como as coisas acontecem. Tomo a liberdade de transcrever um trecho da crônica “Europa Brasileira – Abrigos”, de Urda A. Klueger, escritora de Blumenau, onde ela denuncia um estado de coisas assombroso, que lembra campo de concentração nazista:

“As histórias são inúmeras, desde aquele sargento que, faz poucos dias, proibiu a carne para os adultos de determinado abrigo, liberando-a só para as crianças – quando todos sabem que há um congelador chapadinho de carne lá na cozinha, que veio das tantas doações que todo o país mandou. E as roupas sujas de menstruação que se deram às pessoas do abrigo tal, para que as usassem (nada havia sido salvo das suas casas), enquanto gente do Brasil inteiro mandava roupas novinhas novinhas... Começa a pergunta: quem ficou com tantas coisas? E um diretor de escola que resolveu tratar logo os abrigados como porcos: picou aipim com casca e tudo, e misturou um bocado de carne, e sem sal, sem tempero, sem preparo, cozinhou aquela gororoba e só não mandou servir em gamelões porque deve ter ficado com vergonha. E outro diretor de outra escola, que se sente o dono do abrigo (a escola é publica, construída com legítimo dinheiro do contribuinte, e o diretor é um funcionário público, com o salário pago com os impostos daquela gente que está lá desvalida) e que não permite coisas básicas, como pais que vêm de longe para saber a sorte dos filhos, e sequer podem entrar lá para falar com os mesmos... e um outro chefe de abrigo, que vergonhosamente faz com que cada abrigado seja revistado pelos soldados lá de plantão, mesmo que o abrigado tenha apenas ido até à esquina comprar um pão.

A lista das humilhações e falta de respeito é tão grande que nem pensaria em tentar colocá-la aqui. Mas taí uma amostra. E mesmo assim, esses trabalhadores terão que deixar o abrigo. Muitos e muitos já acabaram desistindo dos maus tratos e das humilhações e indo para a casa de amigos, ou voltando para as zonas de risco, assinando documentos em que se declaram auto-responsáveis pelo que vier acontecer, caso algo lhes acontecer nas zonas de risco. Eles têm que se ir, sumir; a vida nos abrigos tem que ser a pior possível, para que os moradores desistam, sumam das estatísticas – é bem diferente construir mil casas do que cinco mil casas – sobra um dinheirão para os bolsos não sei de quem.”

Com toda essa “humanidade”, será que as pessoas farão donativos quando de novo se fizer necessária a solidariedade do próximo?

bjks da van