quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

COMPRA-SE DOIS AMIGOS



Paga-se bem. No mundo dos negócios, interesses de toda sorte, inclusive os escusos e as propostas indecentes, tudo vale. Noutro dia eu reassisti ao filme “Proposta indecente”, onde um ricaço paga ao marido para ficar com sua mulher por uma noite; a proposta foi aceita, rolou uma grana alta e em dólares. E o pau quebrou! Tudo bem. Já ouvi falar que todo homem tem seu preço. E vai por aí afora... Deixo a imaginação do leitor percorrer o campo enfocado neste arremedo de texto.

No momento, sentada no Bar do Noel, sorvendo umas cervejas e me embriagando com a maconha da Souza Cruz, cujo defumador fica sempre impregnado na roupa (nem imagine os pulmões) deixando um odor nauseabundo, tive esta atrevida idéia de escrever sobre este tema. A solidão me tornou solitária e se fez acompanhada da tristeza que me deixou realmente triste. Embriagando-me, pude contemplar o vão e passei a escrever. Quanto alguém poderá me cobrar por sua amizade, já que não sou afortunada? Alguns trocados bastariam? Pressinto que uma amizade não pode ser adquirida por preço vil; a mercadoria não seria sequer de segunda classe. Claro, por baixo preço, não posso pensar em uma amizade de primeira classe, nem de fêmea e tampouco de macho. E me veio uma indagação profunda corroendo meu âmago e todas as minhas entranhas: Como chegar diante de alguém e fazer a proposta? Iria, de cara, perguntar, hei! Você quer me vender sua amizade? Ô louco, nem pensar! E se eu ficar, volta e meia, olhando para alguém, para provocar um
diálogo? Não! Esta idéia poderá não ser feliz e nem produzir um diálogo. Poderá a pessoa sentir meu olhar e pensar: Ou é lesbica ou é tarada , se ela ou ele sentir meu olhar. Vou-“ao banheiro”. Na volta pensarei melhor. Continuarei meu texto no próximo parágrafo, ta bom?

Continuando o texto e falando com meus botões: se eu colocasse um anúncio no jornal: “Compram-se dois amigos. Paga-se bem”. Oh! Esta idéia poderá ser feliz. Quem sabe, alguém desafortunado de companhia numa mesa de bar, possa ler meu anúncio e “chegar junto”. Olá Van, eu li seu anúncio no jornal e... Não! Assim também não dará certo. Terei que me expor ao ridículo e ser alvo de zombaria. Aí, com tanta solidão, ninguém para me dar uma idéia de como resolver meu problema de solidão, claro; se eu tivesse uma companhia não precisaria tecer este texto alucinado. Parodiando o apresentador que anunciava “más idéias no póximo bloco”; direi, mais idéias no próximo parágrafo. Já, já. Vou tomar mais três goles de cerva e baforar o cigarrão terrível. Ainda processo esta Souza Cruz! Ó menina! Volta ao tema. Gritou silenciosamente minha fértil imaginação. Po! Vou reler tudo que escrevi até aqui e parar um pouco para continuar meus goles de cerveja e fumegar o cigarro na pérgula do boteco. Frescura pura.

Idéia final. Pronto, se esta idéia não der certo, encerro esta porra de qualquer jeito. Sinto que mais poucas cervejas irão me entorpecer e não terei condições cerebrinas de concatenar as idéias, será tudo em vão. Pensei o que mesmo? Tá vendo, tô ficando bêbada. Esqueci. Mais goles de cerveja e cigarro.

Lembrei! Oh! idéia genial. Vou escrever um texto e pedir ao meu dileto e predileto amigo Argemiro, presidente e redator-chefe do grande Jornal de bairro de Vila Isabel que a publique, constando meu e-mail, e assim, o leitor poderá entrar em contato comigo e até me dá de graça a amizade que tanto procuro. E não faço muitas exigências: que me acompanhe na mesa de bar, que tenha um bom fígado, para aquentar os impactos etílicos; uma prosa ao menos tolerável; beleza exigível é a intelectual, porém é aconselhável ser simpático e agradável em todas as ocasiões. Ufa! Terminei o texto. Estou aguardando você, quer seja fêmea ou, preferencialmente, macho.

Bjks da Van

Um comentário:

Anônimo disse...

Beber ou não beber eis a questão risos.. de certo com um olhar de águia, uma palavra simples tipo; você tem um cigarro aí? terá mais chances de encontrar amigos, bêbados ou não, mas simplesmente amigos leais e belos , tvz encontre até vomitando na camisa dele, em um tropeço...amigos surgem do nada,apenas surgem..putz Van, essa pora que escreveu, parece que recebeu o espírito do Noel risoss bjs
PappaBill