quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É A AMPULHETA DE UMA EMPRESA


Ampulheta é o símbolo do tempo e do infinito. Muitas empresas esquecem que o tempo passa e já se está fora de sintonia com o mercado. Tudo muda: os mercados, as leis, as pessoas e a tecnologia. Com certeza, mais rápido do que antes. Na maioria das vezes, mudar parte apenas pode agravar a organização, quando o esperado é melhorar.

Presenciamos muitas empresas definindo novos organogramas, revendo a estrutura após ouvir apenas os seus gerentes e alguns colaboradores e, em seguida, investindo em novos e caros sistemas e implementando planos de comunicações, mas, mesmo assim, não conseguem mudar os resultados.

Onde está o erro? O de esquecer o mais importante, de falar com o consumidor, com o seu fornecedor, de olhar para fora da empresa, de conversar com as pessoas que são responsáveis pela receita. O alinhamento estratégico só pode ser feito após conversar e discutir com todos os que estão envolvidos nas atividades de seu negócio. Isso porque, quando ouvimos o público interno, estamos conversando com as pessoas que criaram o sistema que precisa ser mudado. Não podemos nos esquecer de que todos querem que o outro mude, mas, na hora de colocar os resultados da reunião em processamento, o corporativismo funciona de forma silenciosa. O grupo que propôs a mudança propõe ações paliativas e mina todo o processo de mudança, a empresa perde o seu precioso tempo, queima uma etapa de mudança e o proprietário paga a conta.

O planejamento estratégico é a ampulheta de uma empresa, é o somatório do ambiente interno e externo, mas para ter uma relação consistente necessita de trabalho de preparação necessita olhar e ouvir e ir além do mercado atendido: o que o cliente, o ex-cliente, o não-cliente estão demandando no presente e gostariam de ter no futuro. Temos instrumentos para isso. Mas o empresário, por comodismo, economia ou falta de conhecimento, tenta reestruturar o seu negócio ouvindo apenas os seus colaboradores e, utilizando palestras e reuniões de motivação, faz da empresa uma sessão de terapia e finaliza com uma festa infantil cheia de jogos e festa.

As consultorias que trabalham só com o ambiente interno, ignorando o ambiente externo, estão propondo mudanças olhando para o retrovisor, para o passado — estas já estão no passado. A empresa que quer continuar competindo não pode mais usar este tipo de prática, deu certo no passado, quando os produtos duravam anos e os consumidores não eram exigentes como hoje.

Para a empresa continuar atualizada, os seus gestores terão que voltar para a escola e grande parte dos consultores, para dentro dos negócios. Antes bastava só a prática ou a teoria, hoje estudar e ter experiência é indispensável, falar bem e muito não resolve mais os problemas das organizações.

Para mudar é necessário mais do que fazer reunião e ouvir consultor: é necessário, de fato, seguir os desejos e a tendência do seu negócio e do mundo em que vivemos. É uma construção que não acaba nunca.


Bjks da Van

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