quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

UM EDUARDO NA MINHA VIDA( ELE E EU)

O primeiro passo para mudarmos nossa atitude em relação ao sexo é a entrega. As pessoas pensam que antes de se permitir ter qualquer prazer precisam resolver todos os seus problemas. Não é bem assim. Muitas vezes nós os resolvemos quando estamos alegres e aceitamos o prazer como uma bênção. No ato sexual ocorre algo interessante: somos extremamente generosos e a nossa maior preocupação é justamente com o parceiro. Achamos que não vamos conseguir lhe dar o prazer que ele merece e a partir daí o nosso prazer diminui ou desaparece por completo.

À primeira vista, esta, pode parecer uma demonstração de amor mas, na verdade, é um ato de culpa achar sempre que estamos aquém das expectativas dos outros. Numa situação como esta, a palavra “expectativa” precisa ser banida. Se estivermos dando o melhor de nós mesmos, não há porque nos preocuparmos. É preciso ter a consciência de que, quando dois corpos se encontram, ambos estão entrando juntos num território desconhecido. Transformar isso numa experiência cotidiana é desperdiçar a maravilha da aventura. Se, entretanto, nos deixarmos guiar nessa viagem, terminaremos descobrindo horizontes inimaginados.

Os segredos são os seguintes: primeiro, você não está sozinho. Se a outra pessoa o ama, está sentindo as mesmas dúvidas que você, por mais segura que possa parecer.

Segundo: Abra a caixa secreta de suas fantasias e não tenha medo de aceitá-las. Não existe um padrão sexual e você precisa encontrar o seu, respeitando apenas uma proibição: o de jamais fazer algo sem o consentimento do outro.

Terceiro: Dê ao sagrado o sentido do sagrado. Para isso, é preciso ter a inocência de uma criança, aprendendo a aceitar o milagre como uma bênção. Seja criativo, purifique sua alma através de rituais que você mesmo inventa, como seja criar um espaço especial, fazer oferendas, aprender a rir com o outro para quebrar as barreiras da inibição. Acredite que você está vivenciando uma manifestação da energia de Deus.

Quarto: Explore seu lado oposto. Todos nós temos no nosso corpo, na nossa alma e no nosso espírito uma ou mais características do sexo oposto, por mais que esperneiem os machões de plantão, os inevitáveis ignorantes, insuportáveis idiotas da objetividade. É da nossa natureza, inerente, visceral e não existe qualquer comando sobre isso, seja de ordem física ou mental. Assim, segundo a conhecida perua Marta Suplicy, a rainha da vulgaridade, “relaxe e goze”... Exercendo esta verdade inexorável, portanto, se você é homem, procure, às vezes, pensar e agir como mulher e vice-versa. Atenção: Olho vivo! Cuidado para não perder o caminho de volta...

Quinto: Entenda que o orgasmo físico não é exatamente o objetivo principal de uma relação sexual, mas apenas e certamente uma conseqüência de inúmeras condicionantes e preliminares, que podem ou não acontecer, principalmente numa primeira vez. O prazer nada tem a ver com o orgasmo, mas com o encontro.

Sexto: Identifique seus medos e divida-os com o seu parceiro. Você poderá ter uma agradável surpresa, ao surgir uma solução que não lhe ocorreu. Quando isso acontece, torna a interação muito gratificante, aproximando mais ainda as pessoas.

Sétimo: Importantíssimo! Permita-se ter prazer. Assim como você está ansioso para se dar, a outra pessoa também quer o mesmo.

Quando dois corpos se encontram, se ambos querem dar e receber, todos os problemas desaparecem e, com os corações disparados de tanta realização pessoal e alegria, a vida se torna uma beleza...

Aconteceu comigo...rsrs

Foi de repente que me veio um desequilíbrio que nunca tinha sido meu . Como o que ele me disse segui-lo sempre, principalmente neste carnaval. “Aquela batucada louca…”, como se precisasse se justificar. A mim ou a ele mesmo.

Quando ele me disse que não queria mais desistir de me como fez em um passado longínquo, tive medo de trazer na mala as lembranças daquelas lindas palavras feita de manhã. E roguei por palavras que pudessem me redimir. Ou, ao menos, valorizar. “E, se em vez da mala, eu levar um torpor de sentimentos?/Suspiros perdidos no crepúsculo. Sonhos ao vento…/Deixaria que eu me visse nesse azul de firmamento?/Essas janelas que me abre… lindamente!/Eu viveria de confissões, degustaria pequenas ansiedades./Ou talvez o fim de ilusões, algo de alegria e muita saudade./Uma lua inteira pra descobrir… calmamente.” Mas não tive resposta…

Logo que cheguei de viagem, entendi o silêncio. Não conseguiria devolver-lhe frases à altura. Chamei de bobagem e lhe repeti de cabeça: “Achei que tinha esquecido de mim… Já tentei de todas as formas achar a lua, mas não consegui! O céu aqui está nublado… Queria poder vê-la, pra me sentir mais próxima de você.”. Viu só? O que mais eu poderia querer além de você?

Todo as luzes do meu quarto se apagou, quando ele disse estar nervoso. Continuei olhando-o, impassível. Ele baixou os olhos, e a espontaneidade da confissão transfigurou-se em desnorteio. Toda a luminosidade que havia sobre meu quarto, e somente sobre ele, vinha daquele semblante maravilhoso.

Podia sentir seu perfume de longe. Mesmo quando ele nem estava. Nos meus dedos, grudado. Ou em cada canto de minhas narinas. De tanto inspirar. De tanto aspirar sua companhia.

Aos poucos, aquele perfume foi-se retirando, para que eu pudesse sentir o cheiro doce de sua pele. Já sabia da importância que há na empatia de aromas, como se ainda fôssemos seres agarrados a árvores, ou habitantes assustados de cavernas úmidas. E aquele cheiro que foi brotando de seus poros veio se aninhar em meus pulmões, um oxigênio inédito e viciante.

Tendo-eu nos seus braços, fixei aquele azul: “Me conta três defeitos seus…”. Sorrindo um mel translúcido, sussurrou que tinha vários. E calou, cerrando os olhos, para que eu acariciasse seus lindos cabelos.

Por um instante, a televisão mostrou-nos um negrume de abismo. Foi aí que vi o reflexo de meu sorriso, uma boca tão lindamente aberta, que me pareceu haver furtado dele uma de suas expressões perfeitas.

Um frio… Devia ser da brisa entrando da janela aberta. Ajeitei o corpo, para que o colo ficasse ainda mais aconchegante. Com um gemido curto, percebi que havia exagerada, apertando-o demais contra meu corpo. Mas tive a certeza de que não sairia daquela boca nem um “a” de reprovação.

Ele fechou os olhos e respirou em cadência de sonho.

Não interrompi os carinhos dele, os seus dedos escondidos em meus cabelos. Não deixaria ele parar por nada! Nem mesmo se sentisse em posição desconfortada. A mão dele trêmula, pelo gesto repetitivo. Lembrei o jantar, o rosto iluminado dele, fitando um horizonte que não havia. Suas mão tremendo mais e mais. A tremedeira também já era minha…

Para que eu entendesse que o cheiro dele estava colado em mim, não demorou muito. Não era como uma recordação olfativa, como ocorre com aromas de perfumes. Minha pele exalava um cheiro que não era meu! Mas o dele.

E assim foi com meu hálito. Com meus gostos. Meus pensamentos. Tudo!

Agora, só existo quando me vejo nele. Pois foi para ele que tudo o que era meu fugiu. Minha ansiedade, meu cheiro, minha falta de modéstia… e meu sorriso. Que fui costurando em sua boca a cada novo beijo apaixonado. Naquele domingo de carnaval.

bjks da van


2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo, sem comentários, lindo demais...
PappaBill

Anônimo disse...

Ralmente concordo...muito lindo!
Eu chorei,quando li este texto.
Van, minha linda vc deve amar este Eduardo demais.Parabéns...fiquei emocionado!
Agora já estou perdendo as esperanças de um dia te-lo nos meus braços.
posso desistir?ou tenho chances?
EU TE AMO VAN SILVA CRUZ
bjsssssssssssssssssss
Danil