segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O ARTISTA TEM QUE IR AONDE O POVO ESTÁ: E COM CERTEZA NÃO ESTÁ NAS BIENAIS

O caso de Caroline Pivetta da Mota, de 23 anos, libertada na sexta-feira da semana passada, ficou presa por 50 dias por pichar a Bienal de São Paulo. Sua prisão deveria gerar um movimento nacional exigindo explicações sobre a absurda situação.

Ela deve ser uma das poucas pessoas no mundo presas por criticar um evento cultural. Nessa bienal, cujo lema ironicamente é ”Em Contato Vivo”, a única coisa viva e relevante foram os pichadores. O resto será esquecido por sua absoluta irrelevância. A bienal é mais um processo social que se mantém por pura inércia. Já morreu, só falta avisar artistas, curadores e o distinto público.

Até a década de 1950 eram comuns os ditos salões de arte, com suas premiações. Tinham o dom de sacramentar o que era tido oficialmente como arte. Isso gerava prestígio aos premiados, aumentava o valor das suas obras e lhes permitia viver da sua arte. Eram artistas ”incrementalmente inovadores”, pois, se fossem “radicalmente inovadores”, seriam rejeitados. Os que não eram escolhidos passaram a expor em espaços alternativos, fora do circuito oficial. Mostravam ao grande público o que estava sendo produzido de novo. Paradoxalmente, os artistas rejeitados, por apresentarem algo radicalmente novo, tinham dificuldade em vender seus trabalhos e, para sobreviver, tinham que se submeter ao gosto do público, fazendo uma arte ajustada, concedida, ao gosto do cliente.

A arte por definição é novidade, originalidade. Resulta da tentativa de interpretar o mundo de uma nova forma, um novo ângulo. Se não é novo nem original nem emociona: não é arte. É artesanato.

A arte vive de negar a arte. Assim como a ciência vive de negar a ciência. Tudo que é sólido desmancha no ar, no dizer de Engels e Marx. Ou ainda: ”Cesse tudo o que musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta”, como diria Camões. Assim é a arte. Sempre provisória, efêmera. Porém, independentemente disso, há o fazer artístico, uma força que acompanha a humanidade desde as cavernas de Lascaux, de Lagoa Santa, até os muros e telas de LCD de hoje. Mudam o suporte, os materiais, as técnicas, porém a arte continua a desafiar tudo o que já foi feito. Inova, contesta, propõe, derruba, cria e recria. Até a exaustão. Segue a humanidade em sua trajetória, interpretando e propondo novas visões, novas possibilidades. Numa busca frenética da arte pela arte.

Os salões querem enquadrar a arte, com seus curadores e críticos, pretendendo isolar o verdadeiro artista do mero artesão. E tudo se transforma em “instalações”, happenings, prontamente documentado em vídeo, carimbado como “arte”. Há falta de coragem para dizer que há muita bobagem, muita coisa inútil, muito lixo, rotulado como arte.

Mesmo correndo o risco de ser tachado de reacionário, pequeno-burguês, alguém que não entendeu a “idéia”, a “mensagem”, o que o artista ”queria-dizer”.

Portanto, caro leitor, não há mais sentido na arte oficial. O artista, como diria Milton Nascimento, tem que ir aonde o povo está. E com certeza o povo não está nas bienais. Nem nas galerias dos museus ”oficiais”. O povo continua nas ruas. Talvez a grande mostra de arte hoje ocorra nas feiras livres. Nas calçadas. Nos quadros expostos aos domingos nas feiras hippies e outras que proliferam pelo Brasil. Sempre alguém vai dizer: mas isso não é arte. É mera cultura. É comércio. E, ainda assim, podemos pedir: justiça para Carol, já!


BJKS DA VAN

GALGANDO O TOPO



Quando após a 2ª guerra mundial, com o país totalmente arrasado pelos horrores da guerra, de duas explosões nucleares assassinas, com a auto-estima no-dedão-do-pé por ter tido que assinar uma constituição imposta pelos vencedores, quando no inicio da década de 50 o Japão decidiu dar ouvidos aos revolucionários conceitos de qualidade e produtividade de Deming, o mundo jamais poderia imaginar as conseqüências admiráveis que tal decisão representaria na recuperação da economia, imagem de seus produtos e principalmente na revitalização da autoconfiança sepultada nos destroços do pós-guerra!

Sua maior contribuição foi sem dúvida de introduzir o conceito de melhoria contínua, de criar os fundamentos da Qualidade Total, e especialmente de desmistificar a tese de que quantidade (produtividade) era inimiga da Qualidade.

De lá para cá o mundo não foi mais o mesmo e a paixão pelos modelos de gestão tornou-se coqueluche mundial inclusive e principalmente nos EUA, onde nasceu Deming, e que havia desprezado inicialmente suas mirabolantes teorias...

Se medir, controlar, criar indicadores, estabelecer padrões, e principalmente valorizar cada pequeno progresso, cada minúscula melhoria é hoje universalmente aceita como receita-do-sucesso no mundo dos negócios, por que não aplicá-la em nossa administração psíquica, em nossos comportamentos emocionais, em nossas escalas de sentimentos?

Sabemos hoje que ao contrário do que sugerem e propõem as drogas, nenhuma terapia saudável, nenhum esforço consciente consegue nos tirar de uma vez, de sopetão, do fundo-do-poço...

Estar atento, ser consciente, ter autocontrole é saber identificar em que momento me situo, em que degrau da escada me posiciono, que na realidade acabam por medir como anda minha real conexão com o Universo, até que ponto anda minha resistência ou permissividade em aceitar as benesses a que tenho direito.

Do fundo-do-poço-da-depressão e do desespero de não conseguir vislumbrar nenhuma luz-no-fim-do-tunel até as nuvens-da-alegria expressando nosso entusiasmo, amor e admiração pela vida, há uma gama imensa de estágios intermediários (insegurança, raiva, preocupação, pessimismo, tédio, esperança, otimismo, paixão, etc) que numa menor ou maior intensidade exprimem se estamos nos sentindo basicamente bem ou mal!

Buscar ajuda de um profissional especializado, desenvolver a paciência, galgar etapas, valorizar cada pequena vitória, investir em esforços permanentes e acreditar na melhoria contínua parece ser o derradeiro segredo para superarmos as garras do medo e da depressão, suplantar as resistências da culpa, livrar-se dos tentáculos da inveja, e marcharmos decididos aos braços do porvir!!

BJKS DA VAN

domingo, 28 de dezembro de 2008

EMGENHEIROS DO HAWAIL NEGRO AMOR

FELIZ ANO NOVO

[b]"Se vc faz o que todo mundo faz,
Vc chega a onde todo mundo chega...
...Mais se vc quer chegar onde a maioria
Ñ chega, vc precisa fazer algo que a maioria ñ fez...
"CORRER ATRÁS DOS SEUS OBJETIVOS..."

Meu orkut,meu blog Psicologia & filosofia, deseja a você os melhores votos de paz, saúde e felicidade. Sou muito privilegiada porque conto com a sua amizade, leitura dos textos e com sua opinião através de e-mails ou pessoalmente. Receba o meu carinho e agradecimento por tudo e tenha boas festas neste final de ano.
bjks da van silva cruz [/b]

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

LEVAR VANTAGEM EM TUDO PODE DEIXAR VOCÊ SEM LARANJA


Certamente você já ouviu falar do ex-jogador de futebol Gérson, carinhosamente chamado de “canhotinha de ouro”. Ele também é conhecido como comentarista de sucesso na Rádio Globo do Rio de Janeiro, e foi peça-chave na seleção do Brasil que conquistou o Tricampeonato do Mundo no México em 1970, trazendo definitivamente a taça Jules Rimet para o Brasil, que foi posteriormente roubada e derretida.

A chamada Lei de Gerson não tem a ver com suas habilidades com a bola, mas com um comercial de cigarro, em que era o garoto-propaganda. Em determinado momento do comercial, depois de forçar elogios à marca do cigarro emendava: ”Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, fume Vila Rica”.

Essa simples frase dita no comercial aos poucos foi se transformando na “Lei de Gérson”. Quando se diz que alguém usa a lei de Gérson, seestá afirmando que usa de todos os artifícios — quer lícitos ou ilícitos — para sempre levar vantagem. Sabemos que é simplesmente impossível se levar vantagem em tudo. Mas tem gente que busca negar essa realidade usando da desonestidade para, lesando o outro, ter a sensação que levou vantagem. Ledo engano. A desonestidade embutida no tirar vantagem em tudo é semente de erva daninha que plantamos em solo fértil e que florescerá dando muitos frutos que quando amontoados ou ensacados terão escrito em suas embalagens a palavra “desgraça”.

Mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao comercial, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson.

Vou contar um fato que aconteceu comigo. Ano passado, em constantes viagens de carro, passava por laranjais em que dois homens vendiam a fruta em barracas na beira da estrada. Eu comprava laranja fresquinha toda semana para fazer suco, sempre no mesmo lugar e já tinha até feito amizade com o vendedor — um simpático caboclo, fisionomia de homem sofrido, quase sempre com uma sandália de dedo com tiras esgarçadas, pés sujos e roupas semi-esfarrapadas. Vendia vários tipos de laranja e, do local onde se negociava, dava para ver milhares de lindos pés de laranja cheios de pontinhos amarelos, anunciando uma ótima colheita. Uma vez na minha compra semanal de laranja fui surpreendido pelo preço que simplesmente havia dobrado desde a última compra que tinha sido na semana anterior.

Expressei minha surpresa perguntando se eu estava equivocada ou se o preço que ele estava me cobrando era o dobro. Diante da sua confirmação e da minha pergunta do motivo da elevação tão salgada do preço, ele pela primeira vez olhou direto nos meus olhos e afirmou: ”Doutora, a senhora não viu na TV a geada na Flórida que queimou os laranjais?”. Nesse momento entendi o que estava se passando e disse a ele que raramente via televisão, mas que não duvidava de sua palavra, mas lhe perguntei o que tinha a ver a geada na Flórida com o preço da laranja que ele produzia, uma vez que aqui o tempo estava ideal para a produção abundante como dava para ver pelo clima temperado e pelos pés de laranja carregados.

A partir daí tentou me dar uma simplória aula de economia para justificar seu preço. As compras seguintes de laranja sempre as fiz no seu concorrente que continuava a cobrar o mesmo preço praticado antes da tal geada, cujo laranjal ficava a menos de 10 quilômetros do local. Depois disso, passei alguns meses sem viajar e somente este ano, já próximo à colheita da laranja, passei pelo mesmo local de novo e não acreditei no que vi: todos os pés de laranja que era possível se ver a olho nu do tal caboclo da geada na Flórida estavam secos. Não havia uma folha e muito menos frutos. Sua banca de venda de laranjas estava totalmente vazia e o sujeito nem ali estava.

Passei pelo outro laranjal e lá estava o outro vendedor sorridente, com abundância de laranjas na sua banca e os pés e laranja com uma mistura abundante de verde e amarelo. O melhor que cada um de nós pode fazer por si mesmo é ser honesto. A vantagem do primeiro momento gerada pela desonestidade volta-se mais tarde como monstro, devorando tuas entranhas.

bjks da van

SOLTA O CABRESTO E DEIXE GALOPAR O PENSAMENTO


Por vezes, acordar de madrugada sem motivo ou sem necessidade, traz pensamentos curiosos. Alguns ficam vagando pelas necessidades e programas do dia ou dos dias futuros — uma chatura. Alguma outra e rara vez, o pensamento fica desocupado e vagabundo e, por isto mesmo, mais divertido ou interessante.

Aconteceu assim nesta manhã, cheia de jornais e TVs, dos sofrimentos humanos — enchentes, desastres de toda sorte, terrorismo, crise de dinheiro, vergonha e honestidade, o desamor, a esperança contrariada ou perdida.

Soltei o cabresto e deixei galopar o pensamento. Libertado, ele foi mais longe, porque sem rédeas ele escolhe melhor o caminho. Desta vez, talvez pelas influências da vida atual, ele entrou pela estrada das relações humanas — o ponto crítico e amado pelos psicólogos e literatura de auto-ajuda.

No vôo rápido e insuperável da mente vim lá de longe, numa pré-história animal, onde por semelhança o ser humano só tinha a preocupação de alimentar-se e reproduzir-se. Dois prazeres, é verdade, que ultrapassaram a pré-história e até hoje ainda estão vivos, e para muitos continuam a ser a essência da vida.

O pensamento viaja, entra na era que chamamos civilizada, ou seja, das relações humanas. Por evolução ou por necessidade, nós passamos a viver associados, o ser humano deixa de ser um. Aí, ele precisa do outro, dos outros, da sociedade que passa a ser povo e País.

Nesta hora atual, os eremitas de corpo ou pensamento não mais existem, é necessário entender e compreender a figura deste ser a quem chamamos ”o próximo”. Este pensamento obrigatório tem raízes históricas, sociais e religiosas. Entendê-lo deveria ser fácil, um caminho para a felicidade de nós todos. Porém foi aí que o cavalo do meu pensamento empacou e refugou.

Pensando por mim, ele afirmou uma verdade terrível: nós podemos ser teóricos, até mesmo desejar e querer esta circunstância fundamental da palavra Amor, alicerce essencial das relações humanas. Entretanto, e com o sofrimento da prática, ele existe? Entre civilizações diversas, religiões, países, povos e por aí abaixo — nós mesmos — ele é praticado? Penso, logo existo... e nós assistimos e participamos diariamente dos fracassos amorosos.

É preciso até bater no peito e perguntar pela nossa responsabilidade. E por aí é morro acima, no lar, em casa e família, na sociedade com seus problemas e carências, no Estado, no meu país e no nosso mundo. Estou legal e ligado ou estou apenas fingindo e fugindo? Olha aí, companheiro, cada um sabe da sua vida. Pensei, na hora em que meu cavalo–pensamento estacou – será que eu estou ajudando alguém ou será que ainda sou aquele homem das cavernas, egoísta, utilitário, irresponsável? Qual é o Deus da minha vida e felicidade? Dinheiro? Fama? Sexo e farras de toda espécie... Bem, ao final tudo passará, a vida é muito curta, acaba logo ali adiante, mais rápida e depressa do que desejamos.

Quem sabe, talvez aquele Deus verdadeiro e soberano está lhe dando algum tempo para exercer a lei fundamental das relações humanas: fazer alguém feliz!...

bjks da van

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

CHUTANDO O PAU DA BARRACA

O que merecemos?

Todos nós um dia tivemos (ou ainda vamos ter) vontade de jogar-tudo-pro-alto e sem lenço-nem-documento sair por aí mundo afora, só com a passagem-de-ida.

Quem ainda não teve (ou não assume), deve ter tido pelo menos vontade de sair-de-cena por alguns dias, esconder-se em algum lugar especial e longe das pessoas e preocupações do dia a dia...

Na verdade, é cada vez maior o número de pessoas que de repente sente vontade de abandonar sua rotina monótona, desinteressante ou estressante para dar um salto-no-escuro, mudando radicalmente seu estilo de vida.

Pode ser um intercâmbio na China (país do futuro), uma viagem ao interior da Índia (atrás do seu guru) ou uma jornada latino-americana via Santa Cruz de la Sierra, até os píncaros dos remotos redutos nos confins dos Andes...

Psicologicamente, que é o que nos interessa em nosso espaço, são as motivações clássicas que estimulam o ser humano a alçar vôos enigmáticos e ousados desta natureza...

O best-seller de Elizabeth Gilbert (Comer, rezar e amar), que permaneceu por mais de 40 semanas na top list da revista Veja (no mundo já vendeu 4 milhões de exemplares!), dos mais vendidos, retrata bem a necessidade de se afastar do lugar, do meio e das pessoas que nos feriram, a fim de poder lamber nossos machucados-da-alma e cicatrizá-los lentamente...

O tombo pode ser financeiro, afetivo, orgânico ou espiritual, não importa... Muitas vezes não é tão visível ou mensurável, aparecendo como uma sensação de vazio, de tédio, de incompletude...

Um outro aspecto interessante desta busca é a necessidade de diversificação, de variação, de ter contato com o novo, o desconhecido... Além do aspecto aventureiro em si, traz a possibilidade de descansar-a-mente, de criar novas visualizações para velhos problemas, de re-carregar as baterias mentais!

O mais sutil e profundo fator que promove tal mudança é a necessidade de correr-atrás-dos-nossos-sonhos-mais-recônditos, aqueles ideais e desejos sufocados pela necessidade de sobreviver e trabalhar norteados por um padrão de consumo muitas vezes questionáveis. São sonhos adiados, desejos reprimidos, idéias acalentadas que de repente acordam dentro de nós, como um vulcão incansável a exigir respostas...

Para mim, uma grande reflexão disso tudo dispara na direção do que realmente acreditamos que merecemos...

Nossa educação e formação católico-ibérica, que preconiza o velho fantasma da culpa e da vergonha, nos ensinaram inconscientemente que não devemos ceder e/ou satisfazer nossos reais desejos e prazeres sem remorso... Aí nos iludimos com conquistas materiais, realizações profissionais e afirmações sociais, nos protegendo das tentações...

Um dia a vida pede conta de todo este seqüestro psicológico e emocional.

Se pra você esta hora chegou, ponha o pé na estrada e diga apenas: VOU ALI E JÁ VOLTO (OU NÂO).

bjks da van(texto ofereço c/ carinho p/ meu amigo Daniel novik.te amooo muito viu!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

ENCONTROS@.COM



O que parecia impossível naquela velha música do Rei Roberto “eu quero ter um milhão de amigos...”, para qualquer mortal como nós está ficando cada vez mais acessível e perfeitamente plausível... Basta ter vontade, persistência e um bom computador em casa!

Os números são impressionantes...

Quase 20 milhões de pessoas navegam por mês em sites de relacionamento!

São sites, blogs, páginas só para fotos e é claro o imbatível “Orkut”, a nova “coqueluche” dos brasileiros interessados em conhecer alguém.

Definitivamente a web deixou de ser uma mera opção de poucos, para se tornar a favorita, a campeã na busca, na estratégia, na forma de se relacionar socialmente, com o objetivo de conversar, namorar, casar ou fazer amigos (as).

Os casamentos oriundos da Internet já superou os antigos “redutos-da-paquera”, como festas, bailes, botecos e casa de amigos.

O amor ao primeiro e-mail é claro apresenta seus riscos, já que “mentirinhas”, falsidades, “mau-caratismo” se escondem facilmente atrás de um perfil ingênuo, uma voz adocicada ou uma foto despretensiosa. ..

Alguns cuidados básicos devem ser tomados principalmente se você está numa fase carente, debilitada(o) emocionalmente, com a auto-estima abalada... Nestas ocasiões, fuja do MSN, do portal de encontros e dos sites especializados, pois você vai ser presa fácil para os mentirosos e sedutores que fazem “plantão-on-line”!

Esqueça os codinomes apelativos e sugestivos que só atrairão os “gostosões 44” à espreita de sexo casual, e só.

Desconfie de quem diz pouco de si e a investiga muito... Telefone fixo, nem pensar... pois pode dar pistas de seu possível endereço...

Quando chegar a hora de marcar encontros prefira lugares públicos e bem freqüentados como “shopping”, bares e restaurantes.

Tomados estes cuidados o negócio é “se achar” e aproveitar as imensas possibilidades e desfrutar de um movimentado fim-de-semana, mesmo que seja apenas com um “parceiro(a).com”!

Não importa se você é tímido, hetero, gay ou lésbica, negro ou branco, jovem ou não neste aspecto a rede é ampla e democrática, inclusive superando a grande barreira da distância que no passado era um grande empecilho e destruidor de grandes e promissores romances.

Do ponto de vista psicológico a maior restrição a ser feita é quanto ao envolvimento, à intensidade, a conexão virtual obsessiva, que na medida em que passa a restringir outros tipos de relacionamento interpessoais, “confinando” o internauta em sua “telinha”, aprisionando o individuo aos compromissos via computador, passa realmente a ser motivo de preocupação e merece uma reflexão e mudança de hábitos.

No mais é divertir-se e trocar muitas mensagens e opiniões, dividir risos, desabafar, conversar, trocar experiências, fotos, sonhos, expectativas até o dia em que, quem sabe, se valer à pena se permitir o “olho-no-olho” que ainda vai continuar sendo o verdadeiro milagre do chamado” amor-a-primeira-vista”!

bjks da van

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

OS ESPECIALISTAS EM PLANOS E EM PUXA-SAQUISMO


Hoje vou contar uma historinha. Um fazendeiro colecionava cavalos. Só faltava uma determinada raça. Um dia, ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Tanto atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois, o cavalo adoeceu. Ele chamou o veterinário que disse: - Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No terceiro dia, eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo. Neste momento, o porco escutava a conversa. No dia seguinte, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:”Força amigo, levanta daí senão será sacrificado!” No segundo dia,deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou novamente e disse: “Vamos lá, amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar. Upa! Um, dois, três...” No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse: “Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos”.Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse: “Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa!Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai....fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu campeão!” Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou: “Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa! Vamos matar o porco!” Isto acontece em qualquer lugar. Grandes empresas e grandes negócios não são grandes pela inteligência, capacidade e luta dos seus empreendedores ou dos seus “donos”. Porque sem o trabalho suado,esforçado e estressado de seus funcionários, desde o diretor ou o gerente até o menor dos varredores, seu projeto jamais seria grande. Normalmente, a glória vai para os idealizadores, os donos. Mas suas idéias, suas promoções e seus sonhos jamais seriam reais, se desconhecidos e escondidos funcionários não fossem eficientes em executá-los ou mesmo não morressem para que a glória acontecesse. Mas ninguém — nem os adoradores e os adorados — percebe qual é o funcionário que realmente tem mérito pelo sucesso ou que está dando o suporte para que as coisas aconteçam. Ninguém fica sabendo do funcionário que perdeu família; que foi perseguido e humilhado pelos auxiliares soberbos do segundo, terceiro ou quarto escalão; do funcionário que morreu de doença do trabalho sem nenhum reconhecimento; ou que, por alguma razão, depois de mais de 30 anos de camisa na empresa foi demitido, sem aposentadoria, porque um dia escorregou. O glorificado empresário nem ficou sabendo que seu sucesso no negócio deveu-se a homens e mulheres nas suas terras ou nos corredores de sua empresa. Só os mais próximos diplomados especialistas em planos e em “puxa-saquismo” têm acesso aos coquetéis!
bjks da van

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

FALSAS CRENÇAS

Nossa violência por um cacho de bananas

Por pura curiosidade, fui ler um pouco sobre alguns países da África.Ghana, por exemplo, é um pequeno país banhado ao sul pelo Oceano Atlântico, com uma população aproximada de 24 milhões de habitantes. Esses se dedicam à agricultura, produzindo vários alimentos tais como arroz, café e amendoim. Possui muitas indústrias e muitos recursos naturais como ouro, diamante, bauxita e manganês. 98% de seus habitantes são negros. Mais da metade deles professa crenças originadas do cristianismo. A língua oficial do país é o inglês, mas quase todos conhecem e falam línguas africanas de nomes que soam estranho para nós como Akan, Moshi-dagomba, Ewe e Ga. Até aí, sem grandes novidades. Mas esse país tem uma tradição muito peculiar.Quando nasce um bebê, lhe é dado o nome, o sobrenome e ao final se acrescenta o dia da semana em que o bebê está nascendo. Na língua local por exemplo “guaco” significa “quarta-feira”. Assim um menino teria o nome de João Silva Guaco. Acontece que apalavra “guaco”, além de significar o dia da semana, também quer dizer”pessoa violenta”, “pessoa má” e “pessoa agressiva”. Pesquisadores de uma universidade preocupados com os índices de violência no país, em uma pesquisa nacional, ficaram boquiabertos ao perceber que em mais de 50% de todos os crimes violentos cometidos no país seus autores tinham nascido em uma quarta-feira. No Brasil, pesquisa efetuada com presidiários em São Paulo apurou que grande parte dos presos tinham ouvido várias vezes de familiares durante a vida a seguinte afirmação: Um dia você ainda vai acabar na cadeia!. Cientistas de uma universidade colocaram cinco macacos dentro de uma jaula e no meio uma escada e no topo dela um cacho de bananas. Quando o primeiro macaco começou a subir a escada para comer a banana, um dispositivo automático jorrou uma chuveirada de água fria sobre os outros. Todas as vezes que o primeiro tentava subir os degraus, os outros quatro macacos lhe davam uma surra para não tomarem o banho e logo o primeiro macaco aprendeu e não tentou subir mais a escada ainda que morrendo de vontade de o fazer. Os outros também estavam querendo muito pegar o cacho de bananas, mas para evitar o banho frio entravam em conflito e não tentavam subir os degraus. Os cientistas então trocaram um dos macacos e esse logo começou a subir a escada para pegar o cacho de banana. Todos os outros imediatamente começaram a espancá-lo até que aprendeu a lição e não tentou mais subir. Os cientistas continuaram a substituir um a um os macacos e todos os outros quatro o espancavam, mesmo os que nunca tinham tomado o banho frio. Quando todos os macacos foram substituídos, nenhum deles tinha recebido o banho frio, mas espancavam o que tentasse subir a escada. Havia sido criado um novo paradigma entre os macacos. Nenhum deles sabia o motivo pelo qual se batia no macaco que buscava o cacho de banana subindo os degraus, mas todos o faziam pois era esse o padrão de comportamento que aprenderam de todos.Psicologicamente não importa se as mensagens que recebemos a vida toda sejam boas ou ruins. Aos poucos vão se tornando verdade e depois paradigma e o sujeito resistirá bravamente quando se lhe for mostrado a inadequação, pois a repetição terá transformado aquela aberração em verdade, depois em crença e por último em paradigma. Um casal faz para seu filho de alguns anos de vida em apenas um fim de semana pelo menos 50 vezes afirmações com associações absurdas, criando dentro dele falsas verdades que vão acompanhá-lo e principalmente atormentá-lo por toda a vida. O mais trágico disso é que, na maioria das vezes, os pais fazem as afirmações apenas como uma forma de conseguir alguma disciplina do filho, pois não acreditam que seu filho seja burro ao afirmar isso por fazer arte, mas a afirmação constante de burrice vai aos poucos estabelecendo um paradigma trágico para o futuro dessa criança. Assim, caro leitor, faça sempre apenas afirmações positivas para seus filhos e amigos, incuta na mente deles apenas afirmações de coisas boas, pois tudo o que semear na cabeça deles germinará e dará muitos frutos de acordo com o tipo de semente plantada.
bjks da van

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O GRAU DE LIBERDADE NÃO DEPENDE DOS BENS MATERIAIS


Se a gente perguntasse se o dinheiro liberta para muitas pessoas, provavelmente de cada 10, nove responderiam afirmativamente. De maneira geral, as pessoas associam o dinheiro ao consumo e à possibilidade de ter quase tudo o que seja vendável e que se queira. Também imaginam viagens maravilhosas, pessoas muito interessantes em volta e uma vida tranqüila sem essas preocupações de quase todos os mortais relacionadas com o ganha-pão de todo dia e as dificuldades que isso acarreta.

Olhando por esse prisma, difícil não se concordar que o dinheiro traga uma sensação de liberdade, uma vez que muitos desejos podem agora ser satisfeitos, exatamente porque se tem dinheiro. Com muito dinheiro, pode-se comprar lindos automóveis, comidas saborosíssimas, roupas elegantes, barcos fantásticos, jatinho executivo, apartamentos deslumbrantes e por aí a fora. Todos esses bens dão uma sensação de poder e liberdade. No entanto, quando condicionamos nossa liberdade e felicidade a circunstâncias ou bens externos a nós caímos numa armadilha, pois nosso bem-estar passa a depender de muitos fatores. O sábio sabe que não é tão difícil assim conseguir essas conquistas, se não as condicionar a fator externo e se tiver plena consciência que ser livre e feliz depende única e exclusivamente de si mesmo e de sua mente.

Mas nem todos concordam que a idéia de liberdade se relaciona a dinheiro para comprar tudo o que se quer ou para se locomover confortavelmente de um lugar para outro. Algumas pessoas conseguem entender que o conceito de liberdade não está associado ao ter, e, sim, ao ser. Entendem também que quanto mais se tem financeiramente, mais se depende do dinheiro. Percebem que o conceito de liberdade é subjetivo e como tal depende de condições internas e não externas do sujeito.

Nelson Mandela, famoso sul-africano negro que lutou contra o regime de segregação racial daquele país por sua militância em prol da liberdade, passou parte de sua adolescência e de sua vida adulta preso por mais de duas décadas. Em nenhum momento se sentiu preso, pois havia entendido que os verdadeiros grilhões estavam na mente e não nas grades da prisão. Assim, o grau de liberdade que usufruímos depende da mente e não dos bens materiais.

Conheci uma pessoa, extremamente estudiosa, que dedicou parte de sua vida a ser um bom profissional e ter qualidade de vida juntamente com sua família. Ganhava bem menos do que desejava, até que passou a desenvolver um negócio legal e honesto que, em poucos anos, o levou a ganhar mensalmente valores econômicos muito elevados. Era tanto dinheiro, que, por mais que gastasse, o dinheiro não acabava. Na busca de liberdade e usufruto dos bens materiais, separou-se de sua família, passou a ter uma vida boêmia, envolveu-se em litígio envolvendo máfia e mulheres e acabou assassinado. Havia se tornado escravo de seus desejos a partir do dinheiro que tinha. Sem se dar conta, quanto mais se libertava, mais escravo se tornava.

Quando eu soube do que havia acontecido com essa pessoa, entendi imediatamente o que Cristo disse: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”.

Assim, não limite sua vida a uma busca frenética por dinheiro e prazer. Cultive sua família, as pessoas que te amam e você ama. Não deixe as exigências dos sentidos tomarem as rédeas da sua vida, pois, se assim o for, quanto mais livre você achar que estiver sendo, mais escravo se tornará.


BJKS DA VAN

TRANSPIRAÇÃO E TALENTO


Manoel Bandeira, em uma de suas obras, confessou que “Itinerário de Pasárgada” foi seu poema de mais longa gestação: quase nove anos!

Pintou-lhe a idéia, em noite insone decorrência de sua tísica famosa. Na hora, começou a rabiscar o texto. Não gostou do que escrevia e desistiu. Rasgou a folha.

Retomou a idéia, tempos depois, e produziu o poema mas não se atreveu a publicá-lo: sua autocrítica gesticulava, irada. Notou falta (ou sobra) de alguma coisa. Reescreveu-o, dezenas de vezes, tirando e pondo, burilando e lustrando forma e conteúdo. Só deu a obra como pronta e acabada quando sentiu que exteriorizara exatamente o que pretendia. Deu no que deu: obra-prima da literatura ocidental.

A propósito, é de bom alvitre dizer que Pasárgada é nome de antiga cidade da Pérsia. Atualmente, é sítio arqueológico, na província de Fars, no Irã. Em Ouro Preto, há república de estudantes com esse nome. O motivo da denominação parece óbvio: o poema do velho Manoel. Ou, mais precisamente, estes versos: “lá terei a mulher que eu quero/na cama que escolherei” e “lá existe método seguro/de evitar concepção”.

Geir Campos, poeta e professor, em antigo livro de intenção didática, também fala da gênese do texto literário, em prosa ou verso. Enfoca, preferencialmente, o “fazer poético” que, no seu modo de pensar, deve ter, como combustível, intensa transpiração. Inspiração e talento, posto que necessários, não devem ser os elementos únicos.

Mestre Geir exemplifica, com soneto famoso: escreveu os quatorze versos e os reescreveu, modificando-os, inúmeras vezes, até chegar à forma definitiva: perfeição!

Ainda sobre Geir Campos: ele costumava dizer que não tinha conhecimento de nenhum texto de qualidade que tivesse sido escrito de uma sentada.

Estou falando isso, leitora, não como indireta a alguém. Faço-o como direta mesmo. E endereçada a alguns amigos que gosta de vangloriar-se, dizendo que escreve “currente calamo”. Confesso, temerariamente, que não vejo mérito nisso. Nem demérito é claro. Confesso, também, que julgo seus textos bons. No entanto, creio que seriam ótimos, se eles se dispusessem a driblar a preguiça e transpirar, pelo menos um pouco.

Carlos Drummond de Andrade, em carta a um aprendiz de poesia, enfatizou este conselho: “Seja humilde”.

Para encerrar, relembro que Virgílio aquele da “Eneida” escreveu e reescreveu sua “Ars Poetica” inúmeras vezes. Quando entendeu que a obra estava concluída, o texto final tinha menos da metade das estrofes da primeira tentativa.

P.S. O aprendiz de poesia de que falei, no penúltimo parágrafo, é um conhecido do meu pai. Li seu livro. Li a carta de Drummond. Achei cabível e pertinente o conselho.


bjks da van

domingo, 30 de novembro de 2008

VIVEMOS NUM MUNDO PARA O BEM E PARA O MAL::



Aproeza vai fazer quarenta anos. Foi no dia 20 de julho de 1969 que o mundo ficou em estado de estupefação. Neil Armstrong, a bordo da nave Apolo XI, alunissava e, em território lunar, fincava a bandeira norte-americana, anunciando a grandiosa conquista. Para algumas pessoas, a Lua nunca foi tocada, contradizendo todas as imagens.

Continua intacta em sua pureza original. É o caso, por exemplo, da minha secretária que presta inestimáveis serviços à minha família, lavando e passando. A Lua para ela é de São Jorge e ponto final.

Nenhum extralunar (ou lunático) conseguiria, em tempo algum, com seus objetos voadores e suas roupagens robóticas, desancar a posição inconteste do santo. E não apenas a minha doce secretária duvidou do feito.

Alguns estudiosos do assunto publicaram coisas sérias sobre o que chamam a fraude do século. Pensando bem, o que restou de tão onerosa e difícil missão? Algumas amostras de pedras e poeira e a descoberta de um mar seco, denominado Mar da Tranqüilidade...

E o Supremo Tribunal Federal baixou súmula vinculante que define, de forma claríssima, a vedação constitucional à nefasta prática dos que ocupam posições importantes, de alojar parentes em cargos remunerados pelos contribuintes, sem que fossem submetidos a concurso público.

Acreditei sinceramente que haveria demissões em massa e que estaríamos para sempre livres destas intervenções imorais que fazem do serviço público um negócio de família. Qual o quê!

O que surgiu no Congresso Nacional foi uma brincadeira de gato e rato e uma alucinada corrida para buscar brechas na lei e garantir o vergonhoso patronato do nepotismo. Se depois desta você ainda acredita na moralização do serviço público, parabéns! Afinal, a esperança não deve morrer, ainda que a realidade nos dê respostas diversas daquelas que esperamos.

Há quem não acredite, mas a crise econômica mundial está aí, acelerando o coração do mundo e gerando mil reviravoltas no cérebro dos economistas. Infelizmente, o problema também é brasileiro. Vivemos num mundo globalizado para o bem e para o mal. Quando os ventos da bonança econômica sopram para o lado de lá, chegam até aqui. Quando a coisa fica tempestuosa, sofremos também os efeitos. O nosso presidente e sua equipe econômica (vamos acreditar) estão tomando medidas corretas para amenizar a crise que, certamente, deixará rastros.

O nosso presidente Lula não é milagreiro, infelizmente. O próprio Barack Obama, eleito historicamente presidente dos EUA, considerado e festejado hoje como um líder neste planeta necessitado de transformações, considera-se limitado quanto à qualidade e poder dos milagres que ele pode fazer. Afinal, como o próprio humildemente diz, ele não nasceu numa manjedoura...

Esta eu achei inacreditável e você acredite se puder! Notícias veiculadas em jornais dão conta de que o Vaticano vai aplicar exames psicológicos em seminaristas para excluir possíveis candidatos gays. O homossexualismo seria um tipo de desvio, uma irregularidade e por isto representaria uma ferida no exercício do sacerdócio. Santo Deus de misericórdia! Quando a gente pensa que os preconceitos estão vencidos e começa a sonhar com um mundo mais humano, justo e solidário, aparece uma bomba dessas. Não dá para acreditar!


BJKS DA VAN

VIVEMOS NUM MUNDO PARA O BEM E PARA O MAL::



proeza vai fazer quarenta anos. Foi no dia 20 de julho de 1969 que o mundo ficou em estado de estupefação. Neil Armstrong, a bordo da nave Apolo XI, alunissava e, em território lunar, fincava a bandeira norte-americana, anunciando a grandiosa conquista. Para algumas pessoas, a Lua nunca foi tocada, contradizendo todas as imagens.

Continua intacta em sua pureza original. É o caso, por exemplo, da gentil senhora que presta inestimáveis serviços à minha família, lavando e passando. A Lua para ela é de São Jorge e ponto final.

Nenhum extralunar (ou lunático) conseguiria, em tempo algum, com seus objetos voadores e suas roupagens robóticas, desancar a posição inconteste do santo. E não apenas a doce senhora duvidou do feito.

Alguns estudiosos do assunto publicaram coisas sérias sobre o que chamam a fraude do século. Pensando bem, o que restou de tão onerosa e difícil missão? Algumas amostras de pedras e poeira e a descoberta de um mar seco, denominado Mar da Tranqüilidade...

E o Supremo Tribunal Federal baixou súmula vinculante que define, de forma claríssima, a vedação constitucional à nefasta prática dos que ocupam posições importantes, de alojar parentes em cargos remunerados pelos contribuintes, sem que fossem submetidos a concurso público.

Acreditei sinceramente que haveria demissões em massa e que estaríamos para sempre livres destas intervenções imorais que fazem do serviço público um negócio de família. Qual o quê!

O que surgiu no Congresso Nacional foi uma brincadeira de gato e rato e uma alucinada corrida para buscar brechas na lei e garantir o vergonhoso patronato do nepotismo. Se depois desta você ainda acredita na moralização do serviço público, parabéns! Afinal, a esperança não deve morrer, ainda que a realidade nos dê respostas diversas daquelas que esperamos.

Há quem não acredite, mas a crise econômica mundial está aí, acelerando o coração do mundo e gerando mil reviravoltas no cérebro dos economistas. Infelizmente, o problema também é brasileiro. Vivemos num mundo globalizado para o bem e para o mal. Quando os ventos da bonança econômica sopram para o lado de lá, chegam até aqui. Quando a coisa fica tempestuosa, sofremos também os efeitos. O nosso presidente e sua equipe econômica (vamos acreditar) estão tomando medidas corretas para amenizar a crise que, certamente, deixará rastros.

O nosso presidente Lula não é milagreiro, infelizmente. O próprio Barack Obama, eleito historicamente presidente dos EUA, considerado e festejado hoje como um líder neste planeta necessitado de transformações, considera-se limitado quanto à qualidade e poder dos milagres que ele pode fazer. Afinal, como o próprio humildemente diz, ele não nasceu numa manjedoura...

Esta eu achei inacreditável e você acredite se puder! Notícias veiculadas em jornais dão conta de que o Vaticano vai aplicar exames psicológicos em seminaristas para excluir possíveis candidatos gays. O homossexualismo seria um tipo de desvio, uma irregularidade e por isto representaria uma ferida no exercício do sacerdócio. Santo Deus de misericórdia! Quando a gente pensa que os preconceitos estão vencidos e começa a sonhar com um mundo mais humano, justo e solidário, aparece uma bomba dessas. Não dá para acreditar!


BJKS DA VAN

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

PARA TODAS AS MULHERES DE 18 AOS 50 E TAL ::


Viemos a este mundo por um único motivo;Para ver como iremos tratar nosso semelhante.Não viemos para ser perfeitos,esqueça isso.Estamos aqui para tratar nosso semelhante com mais bondade do que antes.Esta é a tarefa mais critica da humanidade.Como você trata seu semelhante?

Como trata sua mulher ou seu marido? como trata seus filhos? como trata sua nora? como trata seu genro? como trata seus netos? como trata sua sogra e sogro? como trata seus colegas de trabalho? E seus empregados? Este é o verdadeiro teste. De nada adianta uma pessoa ter estudo e uma posição elevada se lida com a familia com desdém, ignorância ou aversão. E como lidamos com pessoas todos os dias, o dia inteiro, devemos tomar o maior cuidado com esse teste constante. A vida é uma cadeia de sentimentos.É necessário cultivar o amor incondicionalmente.Enfim, para que isso aconteça,na psicológia recomenda seguir um caminho de oito passos corretos (a compreenção,o pensamento, a linguagem, a açao, o modo de vida, o esforço, a consciência tranguila e a concentração corretos), sempre desenvolvendo a compaixão.

Precisamos refinar a percepção de nossa realidade. Ai é que entra o papel da psicológia . uma mente mais tranquila responde melhor aos desafios da vida apos aos 50 anos de idade,enquanto as emoções descontroladas levam ao caminho oposto. o ódio, a inveja, a raiva ou a amargura a arrogância sã0 sentimentos que minam a felicidade. Psicológicamente baseia no principio de que dois estados mentais não podem ocorrer simultaneamente. Podemos ter um acesso de amor e outro, imediatamente depois de ódio. Mas não podemos sentir ódio e amor ao mesmo tempo por uma mesma pessoa ou objeto. DEVEMOS HABITUAR NOSSA MENTE A SUBSTITUIR EMOÇÕES NEGATIVAS POR POSITIVAS. Quanto mais cultivamos o amor e a bondade, menos espaço teremos para o egoismo a raiva e o ódio em nossa paisagem mental

Está muito em moda anunciar e escrever sobre o que se deve (ou não) fazer neste mundo antes de morrer...

São dezenas de receitas, alguns best-sellers bombando por ai a respeito, atormentando alguns, inspirando outros, mexendo com os nervos e os brios de muita gente boa!

A moda é tanta, o papel é livre que assanhei-me também a lapidar as coisas que realmente considero hoje, na minha maturidade, realmente importante para qualquer pessoa (homem ou mulher) realizar em qualquer ponto distante deste planeta, em qualquer idioma, seja de que raça for...

A primeira delas que acho fundamental é batalhar um curso superior... Seja uma de 1ª linha ou não, freqüentar uma universidade (de preferência ainda jovem) é de suma importância para a nossa formação, além de proporcionar um promissor caminho profissional no futuro de qualquer um...

A 2ª coisa é casar (juntar, morar junto, dividir o leito com alguém), constituir família, criar filhos, sonhar um sonho coletivo, envelhecer alegremente na expectativa da chegada dos netos...

A 3ª é realmente construir a casa dos seus sonhos, tijolo a tijolo, curtindo cada detalhe interior, revelando a fachada de sua verdadeira personalidade.

A 4ª é desenvolver a espiritualidade... Sem ela não há equilíbrio, não há família, casamento ou prosperidade que resista. Seja através de sua religião, de seu oráculo, tambores ou meditações... O Deus de todos os clamores é único e mora no fundo do coração de cada um de nós!!

A 5ª é procurar ter uma vida saudável, de bons amigos e vizinhos, boa ética profissional e profundo respeito à natureza, aos animais, às águas, aos frutos e flores que colorem o horizonte gratuito e comum que recebemos como dádiva divina!

A 6ª e última é se ocupar, interessar ou se engajar num projeto ou num propósito político/social, que lhe afugente a ganância, que lhe corroa o comodismo, que lhe varra da alienação e do individualismo...

Sem um ideal social que lhe agigante, sem um discurso político que lhe fortaleza, sem uma entrega espontânea que lhe engrandeça, sem a sensibilidade popular que lhe comova, de nada lhe adiantará acumular bens, tentar aprisionar às fechaduras a felicidade, nem cultivar os bons hábitos da civilidade...

A vida um dia cobra de nós esta imparcialidade, esta indiferença, esta neutralidade...

A alegria, o bem-estar, o conhecimento e a riqueza só têm valor de fato se as compartilharmos com alguém e se as proporcionarmos de algum modo àqueles que conosco convivem!

ass: Van Silva Cruz

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ALIMENTAMOS MAL E PAGAMOS CARO PARA SERMOS SUBNUTRIDOS



Existe algo melhor e mais gostoso que comer nosso prato favorito? Não importa muito o que seja ingerido, desde que nos apeteça muito. Se assim ocorre, significa que nos dá muito prazer, e, é muito agradável sentir. Mas para que comemos? Comemos para matar a fome, que é um tipo de sensação que nos impulsiona a buscar alimento e comermos. À medida que vamos comendo, nossa sensação de fome vai diminuindo, até que desaparece por completo. O que nos mata o apetite são três substâncias contidas na sigla GAS – gordura, açúcar e sal. Pegue seu prato favorito e retire esses três elementos e o sabor se aproxima do gosto de isopor. Normalmente, depois de comermos, nos damos por satisfeitos até surgir de novo a fome e todo o processo se inicia novamente. Isso ocorre porque quase sempre comemos para nos libertar da idéia de fome que é desagradável.

O que comemos está relacionado com a dieta. No entanto, a finalidade do ato de comer não é matar a fome, mas nutrir as células do corpo. Nossas células precisam de 108 elementos que são o combustível pleno necessário para que funcionem com toda a capacidade. Isso é nutrição. Desses elementos, 53 são essenciais e os outros 55 são complementares. Esses últimos, caso não sejam fornecidos pela alimentação, são produzidos pelas próprias células. No entanto, as células conseguem produzir os elementos complementares a partir dos elementos essenciais, o que significa dizer que se o organismo não recebe todos os elementos essenciais as células não conseguem produzir adequadamente todos os elementos complementares. Assim, em termos de nutrição, o que importa não é o que se come, mas o que chega até as células.

Existem três grandes grupos de alimentos: primeiro os construtores que são os responsáveis pela construção dos órgãos e tecidos. Nesse grupo estão as proteínas, tanto de origem animal quando vegetal (soja, feijão etc). Segundo, os reguladores, que são responsáveis pelo bom funcionamento dos órgãos e tecidos. Nesse grupo estão as vitaminas e sais minerais. Estão espalhados principalmente nas frutas, verduras e legumes. E o terceiro grupo são os energéticos, responsáveis pelo fornecimento de energia para as células. Estão nesse grupo a gordura, o açúcar e o carboidrato (arroz e derivados de trigo principalmente).

Todos esses elementos estão espalhados nos múltiplos alimentos que comemos, principalmente os de origem vegetal. Até aí tudo bem, o problema começa a surgir quando não temos controle algum sobre os nutrientes que deveriam estar nos alimentos que consumimos. São raras as pessoas que produzem o alimento que consomem. A maioria absoluta das pessoas compra seus alimentos nos supermercados. A produção dos alimentos ali comprados está fora do controle do consumidor.

Sabemos que os alimentos cada vez mais são produzidos em grande escala e que são utilizados adubos para corrigir as deficiências causadas por constante monocultura no solo, agrotóxicos para controle de pragas. Os alimentos, desde a colheita até chegar à mesa do consumidor, passa por muitos processos. Aos alimentos industrializados são adicionados conservantes e condimentos para dar sabor. As frutas e legumes são colhidos quase sempre antes da época adequada, quando teriam o máximo de nutrientes para dar tempo de chegar até a mesa do consumidor antes de estragar. Para complicar mais ainda a situação, o alimento do brasileiro é muito calórico, herança de nossa cultura escrava, pois os escravos precisavam de muita energia para queimar no trabalho diário. A escravidão se foi, mas a mesa do brasileiro herdou o alimento, saboroso, mas muito calórico e pouco nutritivo.

Temos assim dois grandes desafios: o primeiro é que é impossível conseguir ingerir todos os nutrientes que as células precisam diretamente comendo, a não ser ingerindo uma grande quantidade de elementos em excesso como gorduras e carboidratos, que nos causam mal, necessitando o ser humano de complemento alimentar, semelhante ao que se dá pra os cães em forma de ração. Isso quem nos diz é a ciência e os melhores nutrólogos do mundo. Segundo, por volta de 90% das doenças podem ser evitadas ou se redimem espontaneamente se as células receberem uma nutrição adequada que é o combustível que precisam para funcionar otimamente bem, ou seja, os 53 elementos essenciais. Se você leitor pensa que se alimenta bem, procure se informar, pois descobrirá que paga muito caro para ser subnutrido.


bjks da van

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A DEFERENÇA QUE FAZ A DIFERENÇA

Eles sempre dão a volta por cima...!

Acostumei-me a ouvir isto, desde criança, nos mais diversos espaços e públicos (contra ou a favor) em relação à capacidade dos norte-americanos de se levantar de uma queda, de vencer um obstáculo, de superar uma crise...

Isto evidentemente está na índole desse povo guerreiro, aventureiro e indomável que fez da conquista do próprio Oeste o ensaio precoce do futuro avanço “econômico-político-militar” sobre o resto do mundo, especialmente após subjugar o nazismo de Hitler e humilhar o povo japonês a assinar uma nova “carta Magna’ de total submissão aos desejos de Washington”!

No entanto um povo mobilizado sem liderança se assemelha a uma “manada”...

Grandes vocações, enormes talentos, imensos esforços acabam se diluindo se não houver um “Norte” que lhes ordene e agrupe em torno de...

Ao ser lançado no “fundo-do-poço” da 1ª grande crise de 1929, emergiu nos EUA a figura de “Roosevelt” que lançou o desafio do “New Deal” à sociedade depauperada pela crise inflacionária, conseguindo lentamente recuperar sua auto-estima e devolver-lhe à esperança de dias melhores, à custa, porém de um enorme sacrifício de todos!

Nos anos 60, quando o “bloco soviético” comemorava que a terra é azul “ao retratar a visão do pioneiro Gagarin na órbita terrestre”, o EUA e o mundo ouviram o retumbante e apocalíptico anúncio de seu jovem presidente democrata da época de que “eles” (os EUA) iriam ser os primeiros a colocar os pés na superfície lunar... O resto, como todos sabem, já é história... E o nome dele era John Kennedy!

No auge da “guerra-fria” quando todos os habitantes da terra temiam o pior, a hecatombe nuclear, surgiu à frente dos EUA o inusitado e medíocre astro da mídia, ex-governador da Califórnia, para “calibrar” e “enterrar” de vez o império soviético (já totalmente corroído em suas bases), de uma forma singular, pacífica e irreversível, consolidando de vez a hegemonia capitalista e iniciando uma nova era de pujante domínio mundial jamais visto na História por um único país!

Ninguém (nem ele mesmo, acho) acreditava que Ronald Reagan possuía todo este carisma!

Agora mais recentemente, de novo o mundo se debate frente ao novo escândalo e terremoto financeiro provocado pela “bolha hipotecária de Wall Street”, sugerindo aos críticos mais contundentes o fim-de-uma-era, a queda final, a morte do mercado, o enterro solene do modelo neoliberal...! Coincidentemente ou não acaba de ser eleito para a presidência um inusitado representante da classe negra emergente e bem educada dos EUA, um democrata super carismático capaz de (ainda como candidato) arrastar multidões para ouvi-lo na Europa, com um discurso novo, totalmente antagônico ao maquiavélico “Bruxo” (digo Bush), que marcou de sangue, ódio e preconceito quase uma década de intolerância à frente da Casa Branca!

“Barack Hussein” (do Islã), “Obama” (da mãe África) parece ser o contra-senso de tudo que se poderia esperar “emplacar” numa hora tão grave para aquele povo tão prepotente e voluntarioso.

Mas Deus, os grandes mistérios do Universo, a sorte, o destino quiseram reservá-lo para a missão nesta hora tão especial para os americanos (e nós também)...

E o mundo inteiro deseja que Obama realmente esteja à altura do desafio!

BJKS A VAN

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

TEXTO::UMA NOVA E ESTÚPIDA REVOLUÇÃO SEXUAL?

Uma nova e estúpida revolução sexual?

Dia desses dei uma passada no sebo do roqueiro Wagner Black, no Sagrada Família em Montes Claros, em busca de gibis antigos da Disney, livros de Direito e romances diversos, quando percebi a entrada de um garoto com cabelos encaracolados, que o aproximavam de um querubim, pelo menos na aparência.
Ele parecia ser amigo do decano roqueiro, que tem um pé no punk e outro em Odair José, numa combinação explosiva difícil de imaginar. Pois bem, o menino, que não devia ter mais que sete anos, passou a desfiar uma série de musiquinhas infames inventadas, segundo ele, na escola. Uma delas dizia: "Estava no avião comendo Leite Moça, meu pai foi mais esperto e c... a aeromoça". Wagner, que não deve se assustar com nada neste mundo, sorriu amarelo, como as páginas de muitas de suas revistas, e seguiu espanando a poeira em livros recém chegados e comprados no quilo.

O menininho agiu como todo menininho de sete anos. Eles são assim mesmo, desbocados, curiosos e falam de sexo e de sacanagem sem nenhum rubor, assim como falam de seus carrinhos Hot Wheels. Mas existe uma mudança de comportamento em curso que atinge os irmãos mais velhos destes garotinhos, e que não deve demorar para incluí-los: a desenfreada sexualização.
Uma vilã que se utiliza da disseminação incontrolável da pirataria e da Internet, e também da aparente preguiça dos pais, para tornar nossas crianças e adolescentes seres excessivamente, e precocemente, sexuados.

Sábado passado eu saboreava uma cerveja gelada em um dos endereços mais especiais de Montes Claros, o Mercado Municipal, na companhia de uns amigos de Diamantina, quando um vendedor ambulante mostrou-nos um leque de filmes piratas à venda, todos com capinhas xerocadas em plásticos vagabundos.
Muitos dos filmes, talvez a maioria, eram pornográficos e as pessoas, nas mesas próximas e na nossa, se divertiam vendo os, digamos, atributos de "atores" como Kid Bengala e Alexandre Frota.

Os filmes “não pornôs” eram péssimos também. Filmes toscos de terror, filmes de lutas marciais de quinta categoria e outros embustes cinematográficos. Todos vendidos pela pechinha de 5 por 10,00 reais. Ah, tinha também DVDs musicais de bandas como Companhia do Calypso, Calcinha Preta e Bonde do Maluco, além de outros menos conhecidos, mas também de gosto duvidoso.

É este o métier que tem chegado a uma geração de adolescentes pelo Brasil, totalmente vulneráveis às mensagens potencialmente perigosas que grupos musicais e filmes pornôs vendidos a R$ 1,50 tem provocado. E isso é muito grave.

Talvez você esteja achando que estou exagerando ao colocar tais bandas ao lado de ícones do pornô tupiniquim como Rita Cadillac e Gretchen, mas infelizmente não. Tudo isso faz parte de uma espontânea e desairosa mudança nos hábitos que começa nos shows em praça pública de bandas de forró com conteúdo sexista, onde as letras versam sobre "carros cheios de rapariga" e "lapadas" em determinados lugares da anatomia feminina, cada vez mais à mostra, no sentido literal da frase; e culminam nos tais filmes, que são vistos livremente por crianças e adolescentes, e talvez até pelo menininho do sebo de Wagner Black, com seus cabelos de anjinho.

Talvez daqui um tempo algum estudioso perceba que a pirataria de DVDS pornôs, as lan houses, as músicas de quinta categoria e até mesmo as novelas, aliadas ao crescente descuido com a AIDS, tenham provocado uma mudança drástica nos costumes, possivelmente mais intenso do aquele vivido nos longínquos anos 1960, pois não está ligado a nenhuma ideologia. A menos que alguém alcunhe o conformismo e a alienação reinantes como espécies de ideologia às avessas, ou pós-ideologia, ou sei lá o quê...

Não há nada, ou quase nada, que pareça embalar os sonhos dessa juventude que anda por aí, com suas cabeças ocas. Apenas o desejo de ver o novo filme da paquita que virou atriz pornô, com seu corpo de sílfide e sua devassidão, que os transporta para um mundo imaginário, habitado por ninfas sedentas por sexo e alguma violência, parece inspirá-los. Outro desejo desta turma acéfala é ficar malhadão, ou saradona, para poder beijar umas cinqüenta bocas na próxima micareta. Tipo assim, sabe?

Um detalhe interessante é que as irmãs dos garotinhos do sebo estão descobrindo o amor lésbico aos borbotões. Tudo porque os filmes pornôs, sempre eles, trazem rotineiramente uma cena caliente entre duas atrizes trocando carícias ousadas. E as meninas, anestesiadas pelo estímulo visual e pela volúpia, criados por diretores-homens, passam a descobrir o amor entre as iguais como nunca antes na história deste país.

O país da pirataria, do créu, da falta de leitura, da bienal do vazio, das garotas frutas e desfrutáveis do funk, da bebedeira seguida de estupro da menina de 15 anos de Joaçaba, de bandas de forró com nomes como "Calcinha Preta", "Garota Safada" e "Menina sem Calcinha" tocando em praças públicas, ou nas salas de estar, e outros acintes, à nossa inteligência e ao bom gosto. Será que tudo isso quer contribuir para que tenhamos uma geração de "Mulheres Perdidas?”.

Filme do dia: "As brumas de Avalon", o único filme bom no balaio de indecências do vendedor do Mercado Municipal
Citação do dia: “Você é o seu sexo. Todo o seu corpo é um órgão sexual, com exceção talvez das clavículas”- Veríssimo
Música do dia: O CD de chorinhos de Gabriel Guedes. Ele é filho de Beto Guedes e neto de Godofredo. Um alento para os ouvidos esmigalhados pelo Créu.
Atenção
::( ESTE TEXTO TEM A AUTORIA DO MEU AMIGO JORNALISTA,LOCUTOR,FUTURO ADVOGADO 1000 EM UM,RSRS ( DÉLIO PINHEIRO).

sábado, 15 de novembro de 2008

TEMAS:: TRABALHOS::

PROGRESSO



Saboreie os frutos do seu progresso



Incrível como as pessoas se queixam da vida. Se queixam do trabalho, do patrão, dos colegas, do filho, da esposa, do pai, da mãe, do vizinho, do governo e de tudo que os cerca. Uma das principais reclamações está relacionada com dinheiro. São poucas as pessoas que não estão insatisfeitas com seus rendimentos. Acham que merecem muito mais do que ganham e que o patrão é ganancioso ou não reconhece sua importância para a empresa onde trabalham. Revoltam-se com isso e como conseqüência a qualidade do que fazem no trabalho baixa e a sensação de mal-estar vai se intensificando com o tempo, afetando também todas as atividades fora do contexto profissional. Muitas doenças se originam aí, pelo contínuo estresse e mal-estar.

A verdade é que o mercado é justo sim e seu patrão também. Ele te paga exatamente o que você vale em termos das suas qualificações profissionais e pessoais. Conheço uma infinidade de pessoas da mesma forma que você. Dessas pessoas que conheço, as dividiria em três grupos. O primeiro é de pessoas que trabalham demais e ganham bem menos do que acham que merecem e como conseqüência são revoltadas, têm qualidade de vida deplorável e se transformam em pessoas indesejadas por perto por estarem sempre mal-humoradas. O principal problema das pessoas que estão no grupo dos que trabalham muito e ganham uma miséria é que elas querem ter, mas não deram atenção ao ser e ao fazer. Como pularam etapas, não estão minimamente preparadas para ter.

Assim trabalham muito, mas por mais que trabalhem o dinheiro não vem e se conseguirem sobreviver até a aposentadoria, terão nela seus piores dias com falta de dinheiro e saúde debilitada.

Nesse grupo está a grande maioria dos trabalhadores brasileiros. O segundo é das pessoas que não trabalham muito, mas seus ganhos são bem melhores e a qualidade de vida que têm com sua família é boa. Deram pouca atenção ao ser, mas se preocuparam com o fazer e isso se refletiu em um ganho melhor ainda que limitado. O terceiro grupo é o das pessoas que trabalham pouco, ganham muito e têm uma qualidade de vida pessoal e familiar excelente. Os que pertencem a esse grupo deram atenção primeiro ao ser, com crescimento pessoal e informações técnicas precisas, depois ao fazer e por último ao ter. Se o mercado é o mesmo e se alguns estão melhores que outros, a diferença está nas pessoas e não no mercado.

Escreva o que você vai ler agora. Lamento te decepcionar, mas você ganha exatamente o que merece. Demorei para entender isso e a maioria das pessoas morrem sem entender. Se você ganha pouco o problema não está no mercado de trabalho ou no seu patrão e sim dentro de você.

Existem milhares de pessoas que ganham bem e outras tantas fazendo fortuna todos os dias. Existem grandes diferenças entre os que ganham muito e os que ganham pouco e a principal delas está no "SER" e não no fazer ou ter. Os pobres se apegam a paradigmas castradores e quando lhes aparece uma oportunidade com potencial de lhes deixar ricos, dizem que são muito ocupados e não podem fazer outra coisa além daquilo que já fazem.

Estranho que essas pessoas dedicam de 10 a 12 horas por dia para serem pobres ganhando por volta de R$ 500 e não têm uma ou duas horas por dia ou fim de semana para ficarem ricas. Jim Rhon, uma espécie de filósofo da arte de se desenvolver e ficar rico, diz que as pessoas gastam muito mais para ser pobres do que para serem ricas. Em outras palavras, é muito mais difícil manter-se pobre do que ascender à riqueza. Perdão, mas pobreza é pecado. Quando ouvi isso pela primeira vez cheguei achar que era uma galhofa, mas com o tempo percebi que o homem tem razão. Nos custa muito mais sacrifícios nos manter na pobreza do que ascender à riqueza. Assim, caro leitor, não pule etapas, antes o "ser", que significa crescimento pessoal e informações técnicas precisas. Quando essa etapa for alcançada, mãos à obra e comece a "fazer", e então logo você verá que o "ter" virá como conseqüência.

BJKS DA VAN

NÃO FICA ESPERANDO QUE OS OUTROS APRENDAM...ANTES DE VOCÊ



Não fique esperando que os outros aprendam... antes de você!



Já se disse muito e hoje é voz comum que vivemos um tempo de mudanças...

Com a globalização e informatização, nesta nave pós-internet, a rapidez tem sido a tônica das relações, dos negócios, dos hábitos, da moda, dos costumes, das comunicações...

Um novo sentido de urgência se espalhou por todos os aspectos de nossa vida, de nossos afazeres, de nossos modelos...

Assim, todo projeto já nasce velho na prancheta ou na tela do computador do mais inventivo inovador!

Como lutar, correr e esconder eram sinônimos de sobrevivência primitiva, hoje a adrenalina da mudança é que tempera nossas estratégias de defesa e ataque.

Já não há mais espaço para o machão nas hostes masculinas progressistas, como não dá mais para apenas ser dona-de-casa e amada-amante de plantão 24 horas...

As mulheres têm também que ir à luta externa e os homens assumirem os afazeres internos da culinária à educação da prole.

Na empresa não dá pra-passar-de-chefe, esperando as novidades chegar de graça à sua mesa após o ritual do cafezinho matinal, enquanto ferve o chão-de-fábrica lá embaixo!

Não dá mais também só-pra-correr-atrás, pois a ordem é andar-na-frente da concorrência, ter visão de 360 graus, ser flexível, criativo, envolvente e entusiasta.

Ficar zen na hora do tumulto, fazer do limão a limonada, absorver golpes de pressão como um grande boxeador, precisão de esgrimista, saber surfar nas ondas de um tsunami, ser criativo até no ócio, saber navegar sereno nos 7 mares da emoção...

O grande mal, o pecado capital é o imobilismo, a paralisia, a acomodação...

Vá fazer um curso de inglês em Toronto, um doutorado em Portugal, uma viagem transcendental à Índia, aprenda yoga, escalar montanhas, degustar vinhos, falar sânscrito, dançar-o-ventre, ser balonista, palhaço ou mergulhador-de-fim-de-semana...

Há que descobrir que o mal (ou o bem), o medo (ou a coragem), a ousadia (ou o preconceito), a vanguarda (ou a inveja), o talento (ou a pasmaceira), não está no outro, mas sim dentro de você!

Neste mundo onde a vantagem competitiva das empresas deixou de ser sua parte mais visível (máquinas, estruturas, tecnologia) para ser sua parte invisível (sua capacidade de se renovar, de se transformar); crescer passou a ser sinônimo de capacidade de reagir, de se reciclar, de se re-inventar a todo tempo.

As empresas têm que aprender a mudar sozinhas e não imitando modelos-da-moda.

As pessoas têm que aprender a se re-inventarem de modo autônomo e não seguindo receitas de seus gurus...

Os países precisam aprender a se resolverem e não seguindo cartilhas ideológicas ultrapassadas e sectárias...

Esperar primeiro que o outro mude ou que a mudança venha pronta de fora pode ser tarde demais...

BJKS DA VAN

RESULTADO JÁ

Enquanto lá fora as 03 (três) grandes de Detroit penam vítimas reais da ruptura da bolha virtual financeira, aqui nossa indústria automobilística comemora um ano de resultados helênicos.

Se lá a GM já anunciou que vai demitir 500 na Argentina, a Ford 500 na Austrália e a mais débil (Chrysler) promete demitir mais de 6.000 funcionários, aqui as montadoras continuam comemorando a perspectiva de vender até dezembro cerca de 3,2 milhões de unidades, um recorde absoluto!

Enquanto lá os empregos somem e os bônus minguam levados pelo tsunami que varreu Wall Street, aqui sobram vagas para gerentes e executivos (só a VW / Resende pretende contratar 300 profissionais até o final do ano) e a estimativa é que os bônus subam pra mais de 80% em média!

Embora já sintamos os primeiros efeitos da crise mundial, o fato é que a esperança econômica global ainda resida na pujança e resistência dos emergentes, entre eles o Brasil.

Seja no agronegócio, no setor energético, indústria automobilística ou de serviços, o fato é que ainda temos muita-lenha-pra-queimar e é neste cenário meio que de crise e crescimento sustentável que aparecem grandes oportunidades, que se consolidam grandes carreiras e que se destacam os verdadeiros talentos.

A maioria das empresas (mesmo as mais truculentas, conservadoras, reacionárias e antiquadas), familiares ou não, já chegaram à conclusão, frente a um cenário de competição feroz e sobrevivência predatória, que não dá mais para sustentar o velho jogo político da esperteza, da politicagem, do protecionismo, da hipocrisia, do tempo-de-casa...

A ordem agora é: resultado já!

É neste ambiente que começam a aparecer novos valores, novas lideranças, novos paradigmas...

Apesar de cada um ter (e é saudável psicologicamente falando que construa isto passo a passo), entre os especialistas e os profissionais do ramo existe certas competências comuns e necessárias a qualquer pessoa que ocupe uma posição de destaque, de chefia, e que queira turbinar a carreira nestes tempos de incertezas global.

Hoje em dia não basta matar-o-leão-diário, conquistar-a-meta-do-mês ou tirar-a-firma-do-buraco! É preciso também ter um estilo, uma estratégia para garantir o sucesso sustentável, que possa ser mantido ao longo do tempo.

Isto só se consegue com algumas habilidades, com alguns ingredientes pessoais, com algumas qualidades que tornam o profissional um vencedor: aprender a estressar os assuntos ao invés de estressar as pessoas;

aprender a transformar pressão em desafios;

aprender a ser servidor ao invés de protagonista;

enxergar na negociação o adversário ao invés do inimigo;

ouvir a música dos demais ao invés de se deliciar com o próprio discurso...

São muitos os aprendizados a serem desenvolvidos na busca de um-lugar-ao-sol, mas com certeza todos eles apontam na direção que mistura bons hábitos e crenças pessoais bem alinhadas!


bjks da van

sábado, 8 de novembro de 2008

CAZUSA:::A BURGUESIA FEDE....

GENTE "CANSADA" DE POBRE



Gente "cansada" de pobre


A última moda da elite brasileira é a doutrina da pobrefobia, onde o povo pobre é alvo de toda culpa. Já não basta explorar os trabalhadores, eles querem também o retorno do pelourinho.

Os últimos acontecimentos indicam que a gente rica do país, saudosa das histórias de escravidão contadas pelos avós, está "cansada" de ver o governo dar assistência social para "quem não quer trabalhar".

A criação familiar dos mais ricos inclui agora lições de como açoitar empregadas, mendigos, prostitutas, deficientes, negros, homossexuais, índios e aposentados, da mesma forma que tratavam os cativos até a proclamação da República.

Como tantos outros pais e mães ricos, fartos dos pobres sobreviverem no país onde eles pagam impostos.

Além de espancar os mais humildes, a onda agora da "zona sul" é também jogar ovo podre em pobre. Um diretor da Rede Globo, o vulgo "Boninho", aquele mesmo do BBB, dá inclusive a receita: "bota éter dentro, espera três dias e fica uma beleza".

A experiência foi ainda repetida e declarada em público, por Bruno Chateaubriand, apresentador do programa "Viva a noite" e pela(vive de aparencias...porque hoje vive na xepa...e ñ para de arrotar caviar!rsrs)a socialite Narcisa Tamborindeguy.

clique para assistir ao vídeo

É claro que, neste mundo aristocrata, desempregado não tem emprego porque não quer, sem-teto não tem casa porque não quer, e assim por diante. E fazem até passeata para promover a discriminação.

Recentemente, a passeata do "Cansei" reuniu menos de duas mil peruas em pele animal, membros da OAB-SP, a clientela da Daslu e muita gente que caiu no conto do "apartidarismo". Tudo patrocinado pelo Governo de São Paulo, que forneceu água da Sabesp e ensaiou o refrão "Fora Lula".

A maior frustração do movimento dos ricaços foi conferir o resultado da pesquisa sobre o índice de satisfação do presidente, que permanece intacto. Mesmo após o bombardeio carniceiro da grande imprensa sobre o acidente aéreo que provocou cerca de 200 mortes.

Dá pra ouvir daqui o choramingo das viúvas de FHC que responsabilizaram o resultado da pesquisa ao fato de que a maior parte dos brasileiros não tem dinheiro para voar de avião.

Mais uma vez, para esses covardes, a culpa é do coitado do pobre.

bjks da van(Esta e p/ vc bill...dar o seu comentario?huahuahua

MUDANDO DE ASSUNTO:: APOSENTADORIA



Moral da aposentadoria



Chega a ser espantoso, mas nas próximas duas décadas a população idosa do Brasil deve dobrar, passando de 15 para 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade.

É espantoso, na medida em que ocorre num país que no século passado era considerado um país dos jovens do mundo, onde ser velho era sinônimo de descartável, fim-de-linha, encosto e outros estigmas sociais.

O mundo mudou, o país mudou, e a jovem população dos anos 40 e 50 envelheceu, mas não morreu como no passado. A sobrevida do brasileiro aumenta a cada década, subindo de 71,9 para 72,3 anos, e a preocupação com a qualidade de vida da terceira idade é cada vez maior e já se tornou ate um nicho de mercado.

Faz parte desta última etapa da vida a renúncia compulsória ou espontânea ao mercado formal de trabalho, a chamada aposentadoria, para cujo planejamento muitos entendem ser apenas do ponto de vista financeiro, profissional e familiar.

No entanto, a preparação psicológica, até há pouco tempo desprezada, ganha terreno cada vez mais entre os idosos, e já freqüenta os chamados consultórios de coaching vários precavidos profissionais, com o objetivo de se preparar melhor para um novo projeto de vida, onde a realização através do trabalho seja substituída por outras ligadas à sua condição de ser humano.

Ninguém mais, ao se aposentar, deseja ser visto com o rótulo de inativo, de ocioso, de menos-valia...

A proximidade da data fatídica, por mais preparada que a pessoa esteja, sempre gera desconforto, insegurança e ansiedade, mesmo que seja uma escolha voluntária e consciente do profissional.

Há queda na motivação, o moral tende a baixar, a incerteza quanto às mudanças provocam calafrios noturnos, surgem nuances familiares até então despercebidas, conflitos vêm à tona, além do medo do novo que rasga o véu da cortina da vida, que segue independente da perda da rotina que lhe mantinha ocupado por tantos anos de trabalho fora de casa.

A moral psicológica da história é que felizmente a cada dia que passa mais pessoas e a própria sociedade se dão conta que a vida não acaba na aposentadoria!

Por outro lado, se não houver um planejamento global (não apenas financeiro), com a necessária antecedência visando o resgate de velhos sonhos e vocações juvenis (muitas vezes sufocados na fase adulta pela necessidade de sobrevivência), da manutenção da auto-estima, o moral do indivíduo acusa a baixa, e compromete todo este novo período que se abre de possibilidades ímpares de resignificação de experiências, crenças e valores!


BJKS DA VAN

O QUE E PROIBIDO OU NÃO?



Proibido proibir (!?)



Velhos tabus, preocupações recorrentes, perda-de-sono são comuns ressuscitar no seio das famílias, na agenda dos pais, no tró-ló-ló das esquinas, nos debates escolares, quando surge uma nova tragédia, um pesadelo novo, um choque-de-realidade como o que foi visto, lido, ouvido e transmitido ao vivo pela TV, que culminou com a morte da jovem Eloá, 15 anos, assassinada com dois tiros pelo ex Lindemberg, 22 anos, ensandecido com síndrome de rejeitado.

Mais que a violência em si e sem trágico desfecho, prorrogam-se agora os desdobramentos dessa fatalidade, principalmente a questão do namoro adolescente, do relacionamento que se iniciou para Eloá aos 12 anos (quase uma menina!) com um rapaz 7 anos mais velho.

Ficar, namorar, preservar-se, até quando ser virgem, respeitar as meninas, usar preservativos, promiscuidade, envolvimento com drogas, abrir-se em casa, dialogar, saber-com-quem-anda, impor limites, xingar, bater, proibir, educar, conversar sobre...

Tudo isto vira pó quando o assunto é tratado como tabu, quando não se estabelece o diálogo desde a tenra idade, quando conversar sobre sexualidade não fizer parte do cardápio familiar...

Psicologicamente, porém, existem fatores que ancoram o diálogo, pilares que seguram as rédeas, conceitos que materializam os comportamentos...

Os filhos tendem a seguir, copiar, e se nortearem pelo exemplo, por aquilo que inconscientemente captam da psicologia familiar e da moral institucionalizada, com as quais aprenderam a delimitar seus horizontes, escolher suas preferências, adotar seus estilos e elaborar seus sentimentos...

Se as broncas, os cerceamentos, as delimitações de liberdade não coincidem nem correspondem à percepção que os filhos têm verdadeiramente dos pais e do ambiente doméstico, toda a autoridade passa a ser questionada, todo o zelo passa a ser desmedido, todo o discurso passa a ser inócuo...

O outro aspecto importante a considerar é que numa fase como a adolescência, o jovem está descobrindo o mundo (o sexo inclusive).

No desenvolvimento saudável deve haver espaço para todas as vivências (amizades, namoro...). Psicologicamente, porém, o saudável é permitir o acesso a tudo isto, mas com o razoável equilíbrio.

Um namoro que de repente afasta as antigas coleguinhas, que monopoliza todo o tempo, que suga todas as energias, que afasta de outros prazeres, é sem dúvida perigoso, condenável e autodestrutivo.

Nós que somos mães de adolescentes devemos ter como regras básicas o diálogo constante e o olho-vivo!

Nada disso, porém, adianta se não trabalharmos as nossas velhas crenças (sexo é sujo, é pecado...) ou se, ao contrário, estimularmos sexualidade precoce e inconsciente nas nossas crianças através de novelas, filmes, leitura, roupas, trajes, maquiagem e/ou danças inadequadas a sua idade.

De nada vai adiantar orientar sua filha a não aceitar ameaças do namorado se ela presencia todos os dias a mãe sendo ameaçada pelo pai e ou namorado.

Na realidade nada passa a ter valor ou conteúdo, por melhor que sejam as intenções, por mais inteligente que sejam as estratégias, se não estiver literalmente associada e coerente com o contexto e realidade familiar...

Exemplo, diálogo, limites, olhar atento, são as boas dicas de sempre... No mais é procurar esticar ao máximo o período da infância e pré-adolescência, estimulando a brincadeira, o riso, os castelos, as fantasias que ainda precisam ser sonhadas!


BJKS DA VAN

terça-feira, 4 de novembro de 2008

ISTO E NOSSO BRASIL



Lá vem o Brasil descendo a ladeira



Só muito recentemente, ao assistir o depoimento dado por Moraes Moreira a um instituto cultural sobre as venturas e desventuras dos Novos Baianos, grupo musical fantástico, que oxigenou de brasilidade e irreverência a MPB dos anos 70, foi que tomei conhecimento que a antológica música “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira” surgiu, na verdade, de uma observação prosaica, bestinha mesmo, dessas de rua, saída da boca de... tcham-tcham-tcham-tcham!...da boca de ninguém mais, ninguém menos do que João Gilberto!!, do mestre João Gilberto, do inatingível João Gilberto, do idolatrado-salve-salve João Gilberto, gênio-compositor-inventor-intérprete-instrumentista-ícone e fundador da Bossa Nova, num dia em que assim, discretamente, quase que escondido, lá pros idos dos anos 60/70, o gênio amparava e ambientava generosamente aqueles jovens músicos (baianos como ele) na selva de pedra que era, e ainda é o Rio de Janeiro.

Bastou que João Gilberto visse uma mulata linda e rebolante descendo uma das muitas escadas que ligam o morro ao asfalto carioca pra que João virasse pra aqueles músicos doidaços e comentasse: ... – olhem aí! Lá vem o Brasil descendo a ladeira...

Observação essa que virou música, espécie de hino à mulher brasileira, cantada de norte a sul e por uma geração inteira, principalmente pela minha.

Estou tocando nesse assunto por conta das eleições passada.

Nos mais de quinze anos em que me escondo numa casinha maneira que faz divisa entre o bairro de Vila isabel e grajaú, costumo acompanhar da minha janela, nos dias de eleição, o sobe-e-desce de pessoas humildes que moram lá pra cima da comunidade do morro dos macacos, dezenas, centenas de pessoas humildes, milhares delas que descem a ladeira e que se dirigem às suas seções eleitorais pra exercerem o direito ao voto, neste país em que muitos ainda teimam em chamar de República.

É um lindo espetáculo. Um comovente espetáculo humano onde a gente do asfalto e do morro se apresenta dignificada, altiva, soberba, majestosa, velhos casais, jovens , famílias inteiras, levando crianças pelas mãos, todos com suas roupas domingueiras, (de ver Deus), pessoas convencidas da importância do único voto que possuem e que julgam ser o suficiente pra melhorar o destino de sua rua, de sua comunidade, de sua família, de si próprios e até da nossa cidade maravilhosa.

Numa hora dessas, me sinto reconfortada: bem ou mal, manipulada ou não, consciente ou inconscientemente o povão mostra a sua força silenciosa, a sua imensa força, a única que legitima e sacramenta o poder que ele, o povo concede aos que aspiram ser nossos próximos governantes.

Torço pra que o pessoal tenha votado direitinho dessa vez. No fundo, no fundo, torço mesmo é pra que o povo de famintos, esfarrapados, humilhados, injustiçados e desgraçados de tanto sofrimentos seja minimamente respeitado pelos vitoriosos de amanhã. Respeitado e temido, porque, se não for assim, não tem problema, a gente aprende, a gente assunta melhor, a gente deixa de ser bobo e daqui a mais quatro anos, a gente volta. Tremei, candidatos! Prestai atenção: lá vem o Brasil descendo a ladeira.


bjks da van

ARMADÍLHAS



Por que as pessoas caem em armadilhas?



Vivemos uma época marcada a ferro e fogo pelo horror do inusitado, pelas desastradas surpresas que, a cada dia, despencam sobre nossas cabeças. E, sem dúvida, alguns possuem, mais que outros, o inegável talento de transformar o cotidiano em tragédia. Haja vista o caso Lindemberg/Eloá/Nayara. Todos nós, que acompanhamos a triste história pelos jornais, rádio e televisão, sentimos angústia e apreensão, pois tais casos, que se repetem de tempos em tempos, não raro, terminam em tragédia. Dessa vez não foi diferente. Faltou ao protagonista desse triste e malogrado episódio constatar e admitir que todo caminhar é um caminhar sozinho.

O fato nos leva a tecer indagações, a querer explorar os estranhos e intrincados meandros da mente humana, tantas vezes ambíguos e sombrios. Nosso ambivalente estado de espírito leva-nos a assumir posições conflitantes entre o bem e o mal, num mundo delirante, doentio, marcado pelo sentimento de posse, de domínio sobre o outro, de levar vantagem em tudo.

Dessa forma, o irracional desenha-se diante de nossos olhos atônitos. E nos perguntamos, surpresos: por que as pessoas caem em armadilhas? Por que permitem que seus conflitos pessoais se escancarem publicamente na forma de comportamentos extremos? Como almejar o estável num mundo tão instável? Incapazes de nos reinventar, ficamos todos perdidos, a meio caminho entre a solidão absoluta, que dói, e a necessidade premente de "soprar vida em objetos mortos".

Talvez seja chegado o tempo de aprendermos antigas lições para tentar viver uma vida mais feliz. Nesse sentido, os filósofos podem ser nossos mestres. Eles acreditavam que a filosofia pode "curar" o espírito do homem, proporcionando-lhe aquela felicidade que consiste na paz do espírito e que não depende de posses, quaisquer que sejam, ou de glórias mundanas.

O filósofo Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.), que escreveu "Cartas a Lucílio", obra em forma de epístolas em que trata dos mais variados temas, acreditava que a filosofia deve ensinar os homens a viverem, a serem fortes diante do sofrimento e das perdas. E mais: a filosofia deve também preparar o homem para a morte, ensinando-o a não se desesperar diante dela. Segundo Sêneca, devemos enfrentar as agruras da existência sem esmorecer. É necessário que aprendamos a nos desprender das coisas (bens, glórias, pessoas) para dar valor ao que realmente importa, pois, para o filósofo, nossa felicidade depende única e tão somente da nossa fortaleza de espírito e da nossa coragem frente à vida.

Mas, importa ainda lembrar: a filosofia não está amarrada a uma única escola, ou filósofo. Pensar e sentir a condição humana em seus diferentes desdobramentos não é privilégio de Sêneca, Platão ou Descartes. Psicanalistas, escritores, artistas plásticos, cineastas e tantos outros (incluindo o prezado leitor) têm muito a dizer-nos sobre a condição humana. E uma interação de todas essas ferramentas (a Psicanálise, a Filosofia, o Cinema, a Literatura, a arte em geral) pode iluminar e modificar nossa forma habitual de construir conceitos, ensinando-nos a lidar melhor com a instabilidade do real, facilitando a exposição e a discussão de questões tão caras à humanidade.

BJKS DA VAN

SUICÍDÍO



Suicídio



Foi chocada pelos últimos balanços divulgados recentemente pela imprensa mundial, informando sobre o crescimento enorme do suicídio no mundo inteiro, que me inspirou este texto de hoje.

São mais de um milhão de suicídios por ano, o que dá uma média alarmante de um caso a cada 40 segundos. O mais dramático de todas estas estatísticas é sabermos que a maior causa destas mortes “auto-provocadas” está ligada a episódios depressivos e poderiam na maioria dos casos serem evitadas. Detalhando e estratificando os dados chega-se a outro aspecto surpreendente ao detectarmos que atualmente é nos países emergentes (como o Brasil, por exemplo) onde estes índices estão mais crescendo.

Na realidade hoje em dia em matéria de suicídio o Japão já é aqui!

Um país onde ainda se tem tanto a fazer e construir, tanto potencial ainda a ser desenvolvido, causa no mínimo estranheza esta tendência.

O suicídio na realidade é o zero-absoluto que atinge a alma congelada de amor, torturada de sofrimento e desesperada por uma saída de um túnel escuro onde já não se divisa sinais mínimos de luz.

O que sabe é que antes da pessoa atingir este final dramático, passa por várias etapas, normalmente já deletados e convenientemente (ou não) submetidos a tratamentos e medicamentos e até precedidos de outras tentativas anteriores fracassadas de extermínio próprio.

Os transtornos obsessivos, as neuroses, a depressão e bipolaridade tem sido objeto de muito estudo da ciência e hoje existe uma variedade muito grande de remédios e terapias intensivas para seu alívio e controle, quando já sintomaticamente instalados.

À parte, questões genéticas comprometedoras, demências congênitas e loucuras esquizofrênicas, casos em que os pacientes já devem estar permanentemente sedados e sob estreita vigilância, o que nos preocupa são a grande maioria que aparentemente não apresentam sintomas tão notórios e surpreendem amigos, conhecidos e familiares com uma atitude tão radical e definitiva.

O que precisamos entender é que saúde e doença, vida plena ou morte prematura, tristeza ou felicidade, miséria ou prosperidade, são as duas faces de uma mesma moeda que aprendemos a utilizar e colecionar no jogo da vida.

Esta construção ocorre desde a infância quando somos alvo das crenças e particularidades dos nossos familiares. Com estas armas e instrumentos, partimos para a vida adulta criando já na adolescência nossas primeiras pequenas e próprias armaduras. Com elas abrimos caminho e enfrentamos as primeiras batalhas.

A culpa, o recurso, a mágoa, o rancor mostram terra fértil para expandir seus tentáculos e sufocar ainda mais o pobre espírito, cada vez com menos oxigênio e esperança. A textura se desfaz, o tecido se esgarça, os limites se rompem e o que era improvável e escabroso passa a ser a única possibilidade concreta de destruir este monstro que corroe lenta e irremediavelmente o instinto de vida.

Por outro lado, conforme um ex cliente meu, que já tentou o suicídio me relatou o seguinte: quando tudo parece perdido uma janela se abre, uma solução inusitada e dramática se impõe e entre a insana liberdade final que um ato louco possa oferecer e o portal negro da prisão perpétua do sofrimento a conta-gotas, a escolha pelo primeiro é a que lhe pareceu, naquele momento, devolver alguma dignidade, algum alívio, o fim da tormenta.

Apressar o inevitável parece dá a sensação de algum domínio, de alguma vitalidade e controle, mesmo que seja para decretarmos a própria falência existencial.


BJKS DA VAN