sábado, 8 de novembro de 2008

MUDANDO DE ASSUNTO:: APOSENTADORIA



Moral da aposentadoria



Chega a ser espantoso, mas nas próximas duas décadas a população idosa do Brasil deve dobrar, passando de 15 para 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade.

É espantoso, na medida em que ocorre num país que no século passado era considerado um país dos jovens do mundo, onde ser velho era sinônimo de descartável, fim-de-linha, encosto e outros estigmas sociais.

O mundo mudou, o país mudou, e a jovem população dos anos 40 e 50 envelheceu, mas não morreu como no passado. A sobrevida do brasileiro aumenta a cada década, subindo de 71,9 para 72,3 anos, e a preocupação com a qualidade de vida da terceira idade é cada vez maior e já se tornou ate um nicho de mercado.

Faz parte desta última etapa da vida a renúncia compulsória ou espontânea ao mercado formal de trabalho, a chamada aposentadoria, para cujo planejamento muitos entendem ser apenas do ponto de vista financeiro, profissional e familiar.

No entanto, a preparação psicológica, até há pouco tempo desprezada, ganha terreno cada vez mais entre os idosos, e já freqüenta os chamados consultórios de coaching vários precavidos profissionais, com o objetivo de se preparar melhor para um novo projeto de vida, onde a realização através do trabalho seja substituída por outras ligadas à sua condição de ser humano.

Ninguém mais, ao se aposentar, deseja ser visto com o rótulo de inativo, de ocioso, de menos-valia...

A proximidade da data fatídica, por mais preparada que a pessoa esteja, sempre gera desconforto, insegurança e ansiedade, mesmo que seja uma escolha voluntária e consciente do profissional.

Há queda na motivação, o moral tende a baixar, a incerteza quanto às mudanças provocam calafrios noturnos, surgem nuances familiares até então despercebidas, conflitos vêm à tona, além do medo do novo que rasga o véu da cortina da vida, que segue independente da perda da rotina que lhe mantinha ocupado por tantos anos de trabalho fora de casa.

A moral psicológica da história é que felizmente a cada dia que passa mais pessoas e a própria sociedade se dão conta que a vida não acaba na aposentadoria!

Por outro lado, se não houver um planejamento global (não apenas financeiro), com a necessária antecedência visando o resgate de velhos sonhos e vocações juvenis (muitas vezes sufocados na fase adulta pela necessidade de sobrevivência), da manutenção da auto-estima, o moral do indivíduo acusa a baixa, e compromete todo este novo período que se abre de possibilidades ímpares de resignificação de experiências, crenças e valores!


BJKS DA VAN

Um comentário:

Anônimo disse...

O nosso problema é cultural,sinceramente, continuo batnedo na mesma tecla, o escandalo do mensalão, foi justamente para inglês ver, aposentadorias cortadas, para sobrara dinehiro p/ eles cobrirem as desepzas pesoais e etc... nem sei mais o que escrever rsssssssssss
Pappabill