segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

GALGANDO O TOPO



Quando após a 2ª guerra mundial, com o país totalmente arrasado pelos horrores da guerra, de duas explosões nucleares assassinas, com a auto-estima no-dedão-do-pé por ter tido que assinar uma constituição imposta pelos vencedores, quando no inicio da década de 50 o Japão decidiu dar ouvidos aos revolucionários conceitos de qualidade e produtividade de Deming, o mundo jamais poderia imaginar as conseqüências admiráveis que tal decisão representaria na recuperação da economia, imagem de seus produtos e principalmente na revitalização da autoconfiança sepultada nos destroços do pós-guerra!

Sua maior contribuição foi sem dúvida de introduzir o conceito de melhoria contínua, de criar os fundamentos da Qualidade Total, e especialmente de desmistificar a tese de que quantidade (produtividade) era inimiga da Qualidade.

De lá para cá o mundo não foi mais o mesmo e a paixão pelos modelos de gestão tornou-se coqueluche mundial inclusive e principalmente nos EUA, onde nasceu Deming, e que havia desprezado inicialmente suas mirabolantes teorias...

Se medir, controlar, criar indicadores, estabelecer padrões, e principalmente valorizar cada pequeno progresso, cada minúscula melhoria é hoje universalmente aceita como receita-do-sucesso no mundo dos negócios, por que não aplicá-la em nossa administração psíquica, em nossos comportamentos emocionais, em nossas escalas de sentimentos?

Sabemos hoje que ao contrário do que sugerem e propõem as drogas, nenhuma terapia saudável, nenhum esforço consciente consegue nos tirar de uma vez, de sopetão, do fundo-do-poço...

Estar atento, ser consciente, ter autocontrole é saber identificar em que momento me situo, em que degrau da escada me posiciono, que na realidade acabam por medir como anda minha real conexão com o Universo, até que ponto anda minha resistência ou permissividade em aceitar as benesses a que tenho direito.

Do fundo-do-poço-da-depressão e do desespero de não conseguir vislumbrar nenhuma luz-no-fim-do-tunel até as nuvens-da-alegria expressando nosso entusiasmo, amor e admiração pela vida, há uma gama imensa de estágios intermediários (insegurança, raiva, preocupação, pessimismo, tédio, esperança, otimismo, paixão, etc) que numa menor ou maior intensidade exprimem se estamos nos sentindo basicamente bem ou mal!

Buscar ajuda de um profissional especializado, desenvolver a paciência, galgar etapas, valorizar cada pequena vitória, investir em esforços permanentes e acreditar na melhoria contínua parece ser o derradeiro segredo para superarmos as garras do medo e da depressão, suplantar as resistências da culpa, livrar-se dos tentáculos da inveja, e marcharmos decididos aos braços do porvir!!

BJKS DA VAN

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