domingo, 11 de janeiro de 2009

TEMPO X ESPAÇO:AFINAL,ONDE ESTAMOS,DE ONDE VIEMOS,PARA ONDE VAMOS?





Se fôssemos definir a posição geográfica de onde estamos, qual seria o nosso endereço? Diríamos o nome da sua ou da minha rua? Da sua ou da minha cidade? O espaço é relativo. Depende de que ponto de vista partimos.

Tem gente que acha que o mundo gira em torno de si (indivíduo). Na verdade, este mundo é muito maior do que está diante de nossos olhos. Seria até interessante se nos enxergássemos em terceira pessoa (como num jogo de vídeo-game). Talvez assim seríamos menos egocêntricos e alienados.

Você, eu e mais 6,5 bilhões de pessoas (este número aumenta à medida que você lê este texto), além de outros animais, plantas, bactérias e espécies de vida ainda menos desenvolvidas, viajamos juntos pelo espaço sideral numa nave chamada "Planeta Terra". Neste globo meio achatado, dividimos terras e águas dispostas num diâmetro de quase 13 mil quilômetros. Aqui nos encontramos, organizamos sociedades, e passamos o que chamamos de "tempo" em relacionamentos pessoais, inventando línguas, regras, meios de comunicação, formas de lazer, trabalho, educação, trocas comerciais e de subsistência, literatura, crenças e ciências. Amamos uns aos outros. Matamos uns aos outros. Nossa janela é o céu.

O tempo, entretanto, não existe. Ou, também, é relativo. Este relógio que você carrega no pulso, pendura na parede ou vê na tela do computador lhe serve apenas como guia. Igualmente o calendário. Anos, meses, dias, horas, minutos e segundos são intervalos criados pelo homem para disciplinar a sociedade. Definimos dia como o movimento giratório da Terra em torno de seu eixo, convencionados popularmente em 24 horas (na verdade, 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos). E ano como o movimento de translação, com duração de 365 dias acrescidos de um déficit de cerca de 6 horas, acumuladas e compensadas a cada 4 anos (ano bissexto). É dada que a idade da Terra é de 4,5 bilhões de anos. Ou seja, desde o seu surgimento, nosso planeta já girou 4,5 bilhões de vezes ao redor do Sol, de acordo com o calendário gregoriano. Comemoramos a entrada do ano 2009 em relação ao nascimento de Jesus Cristo.

Fora de nossa "nave", esta idéia de tempo é inexistente. Acreditava-se, séculos atrás, que a Terra era o centro do universo. Fomos reduzidos por Nicolau Copérnico para a terceira órbita do que seria considerado por ele um novo núcleo de tudo: o Sol. Um planeta qualquer que esteja numa outra órbita do Sistema Solar, mesmo não se comprovando formas de vida por lá, terá períodos diferentes para a definição de dias e anos. Sem contar outras variáveis como velocidades de rotação e translação.

A relatividade do tempo pode ser experimentada também intimamente. Em recente campanha publicitária para estimular a doação de órgãos, o Ministério da Saúde filosofou sobre o assunto. Dizia: 5 segundos caminhando numa praia é pouco. Já 5 segundos caminhando sobre brasas é muito. Cinco minutos para quem precisa dormir é pouco. O mesmo tempo para quem precisa acordar é muito. Um fim-de-semana de sol é pouco. Um fim-de-semana de chuva é muito. Um mês de férias é pouco. Um mês sem descanso é muito. Uma vida para quem doa é muito. Uma vida para quem espera é tudo.

Dezenas de outros estudiosos apresentaram novos paradigmas para a relação tempo-espaço. Ainda assim, olhamos a Terra como se ela estivesse no centro do espaço pela incapacidade de compreendemos o infinito das galáxias. Sabe-se hoje, porém, que estamos mais para as bordas da Via Láctea do que para o centro. Que somos apenas um pontinho azul entre incontáveis corpos celestes seguros pela força da gravidade. Sabe-se também que existem outras galáxias, e que estas se afastam umas das outras cada vez mais.

O que ainda não se sabe é o que originou tudo isso. É fácil responder na prova de ciências que foi a explosão do 'Big Bang'. Mas o que havia antes do 'Big Bang'? Existe um ser superior que criou o universo e é ele o que denominamos de Deus?

Afinal, o que é a vida? A resposta, eu arrisco: é aquilo que experimentamos enquanto passamos o tempo nos organizando em sociedades, inventando línguas, regras, meios de comunicação, formas de lazer, trabalho, educação, trocas comerciais e de subsistência, literatura, crenças, ciências, amando e matando uns aos outros, e acreditando que somos o centro do universo enquanto, num movimento cíclico, as barreiras da ciência e da religião se encontram.

bjks da van

Um comentário:

Anônimo disse...

vamos *religar* tudo isso
Pappabill