quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

BACANAL PORNOLITICOS


Sexo fácil sempre foi o prato principal do cardápio turístico brasileiro. Gringo só é gringo de verdade se desfilar ao lado de uma mulata, ou se estiver sassaricando colorido com algum garotão marombado. Todo resto é hipocrisia paisagística. Quanto às farras sexuais na “molluscada” Brasília, também não são nenhuma novidade. Basta da aquela espiadinha basica no retrovisor e avistar o caseiro x9 derrubando um ministro de estado fanfarrão. Na história do Brasil, sexo e política sempre formaram um bolo doido de massa homogênea. A grande nova, de uns tempos pra cá, é a institucionalização de suas práticas pelo ministério do turismo.

A chancela definitiva para a surubada pornopolítica turística, uma chanchada alcunha criada por Arnaldo Jabor e aqui obliquamente parafraseada, foi concedida pelo presidente mollusco, quando em 2007 nomeou uma perua sexóloga como titular da pasta. Justamente o ano em que explodiu o caos nos aeroportos brasileiros e vieram à tona as décadas de abandono do setor. E foi no meio dessa crise monumental, com centenas de milhares de passageiros entupindo os saguões e as companhias aéreas girando feito um perus bêbados, que a então perua ministra Marta Suplicy eternizou uma máxima político-sexual para os momentos de broxante confusão aérea: “Relaxa e goza, que você vai esquecer dos transtornos”.

Três anos depois, como nada mudou, os aeroportos continuam um lixo e a greve dos funcionários ameaça provocar um novo caos, abortando inclusive a criação de um ministério específico para o setor no governo da "mollusca poste", vimos emergir das profundezas do lamaçal a denúncia de que deputados e senadores estavam desviando dinheiro público através de emendas ao orçamento para beneficiar grandes orgias via ministério do turismo. Um esquema fraudulento que movimenta milhões de reais todos os anos e que garante uma farrinha política adicional. O principal citado nesse escândalo é o senador candango Gim Argello, cujo alcoólico e sexofônico nome parece agradar ao presidente mollusco e à presidente eleita "mollusca poste". Talvez por diferentes motivações.

Por fim, o bacanal do momento envolve um “peixinho” do senador José Sarna que ainda nem sentou na cadeira de ministro do turismo. Indicado pelo presidente do Senado para assumir a pasta na gestão da "mollusca poste", o octogenário deputado maranhense Pedro Novais foi flagrado pelo jornal O Estado de São Paulo utilizando dinheiro da câmara dos deputados para pagar uma fatura de mais de R$ 2 mil por uma noitada no Motel Caribe, na capital São Luís. Segundo o jornal, a nota fiscal apresentada pelo deputado e futuro ministro foi confirmada pela gerente do estabelecimento, que afirmou: “Ele é um senhor. Já frequentou aqui, conhece o dono e reservou para um jantar que estava dando para os amigos. Era festa com bastante gente, (...) vários casais, várias pessoas”. Para justificar o preço da farra, a funcionária do motel concluiu: “A gente cobra por casal, tinha muita gente e a suíte era uma das mais caras. Tem piscina, banheira, sauna, tem tudo”.

E já que somos sempre nós quem temos de pagar as faturas das surubáticas extravagâncias de nossos “pornolíticos”, deveria ser-nos concedido o direito de escolher que mamata queremos bancar. Nesse caso, seria bem provável que o futuro ministro do turismo continuasse gozando da prerrogativa de usar nosso dinheiro para bancar uma noitada de bacanal num motel do Maranhão. Afinal de contas, creio que bem poucos topariam arcar com as custas da ministra evangélica que viaja à Argentina com seu staff para um café da manhã religioso. Somos um país tropical, “caliente” por natureza. Uma manhã de oração ou uma noite de sexo é uma pergunta absolutamente desnecessária e cuja resposta é inconteste. Pelo menos teríamos o prazer de poder dizer: pegue o dinheiro dos nossos impostos, faça um grande pênis grosso e enfia onde não bate sol... relaxe e goze... ao cubo!

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