sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ARENA &MDB


De nada adiantou a mobilização de mais de 1.000.000 de assinaturas do povo brasileiro para que políticos desonestos, acusados de algum ato desabonador, - desvio de dinheiro, decoro parlamentar, distribuição de verba pública, conforme divulgado pela imprensa, dentre outros -, ficassem impedidos de se candidatar nas eleições desse ano. O problema, entretanto, não está aí, mas sim, na falta de ideologia do povo brasileiro que, sem uma explicação convincente, votou maciçamente exatamente nos candidatos protagonistas da lama suja que4 envergonha o país.

Os tais candidatos inseridos na dita cuja "Ficha Suja" foram os mais votados, de norte a sul. Não consigo entender o povo brasileiro: ou se vota em quem é, declaradamente desonesto, ou em quem não reúne condições mínimas intelectuais para ser representante no Congresso Nacional. Quando da velha ditadura, em que havia apenas dois partidos, -Arena e MDB -, o espírito de cidadania era mais forte. Cantava-se o hino nacional com lágrimas nos olhos de tanto patriotismo. Era como se o povo soubesse realmente o que queria de sua vida, da vida de seus filhos. Talvez por ganância ou egoísmo mesmo, a sociedade virou escrava de si própria. Não consegue enxergar o futuro se esse futuro for passível de uma luta democrática e, principalmente, coletiva.

O ontem estará presente no futuro, caso nós façamos com que o agora seja eterno, no sentido de que estamos fazendo o que entendemos que seja o melhor para todos, e não para um só, individualmente. Que país é esse que em um dado momento se apresenta de um jeito e, de repente, se mostra de outro?

Por um momento - em decorrência das assinaturas impondo a aprovação do projeto que denuncia os "Ficha Sujas" do cenário político-, minha imaginação chegou a acreditar que a sociedade estava mais politizada, consciente, pronta para enfrentar as correntes políticas indecorosas e negativas que, entra-ano sai-ano, vão estabelecendo-se no poder, saqueando a dignidade e a hombridade da sociedade como se ela fosse lixo. A maior derrota de um povo, entretanto, não está no round de uma luta mas, sim, na fraqueza de enfrentar desafios que supostamente, norteiam a auto-estima de seus ideais.

Ainda temos muita coisa para fazer e para aprender, aliás, temos, na verdade, que aprender a aprender, pois somente assim, teremos e seremos um povo que vai saber ir em busca de seus sonhos, de seus ideais, cumprindo a rigor o que os mandamentos da lei da dignidade, da justiça e hombridade, nos reserva.

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