sábado, 5 de novembro de 2011

A NAU DAS UPP'S E O JOGO DE XADREZ NA POLITICA DA CIDADE MARAVILHOSA





Depois que se tem uma determinada noção do que acontece no meio político em que a sociedade está envolvida a situação é de chorar, porém vamos rir um pouquinho ( "seria cômico se não fosse trágico"). Temos um prefeito "fanfarrão Eduardo não faz" aprendiz de Forest Gump - o contador de Historia, Leia as declarações do "fanfarrão ao jornal o Globo:
- O berço do samba à moda da Big Apple. Esse é o plano do prefeito Eduardo Paes, que disse ontem que planeja "newyorkizar" a Mangueira. Mas alto lá, nada de trocar a bateria por um musical da Broadway. Paes disse na sexta-feira que pretende provocar uma "glamourização" da comunidade e levar à favela serviços públicos, como coleta de lixo e iluminação pública, à semelhança da cidade de Nova York. Só que com uma diferença.

- A Mangueira é muito melhor do que Nova York. Tem a (Estação Primeira de) Mangueira, o samba, uma história bonita... E está no Rio de Janeiro - defendeu o prefeito.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/11/04/apos-instalacao-de-upp-paes-inaugura-novo-modelo-de-coleta-de-lixo-na-mangueira-925736440.asp#ixzz1cpWOdNTd
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Tem o secretário de segurança Beltrame, que ainda não deixou cair a "ficha" que o Rio de Janeiro não é Porto Alegre, é muito mais perigoso é complexo... Bandidos não brinca de "faca no dente", aqui o "bagulho é doido" é 762, granadas, armas pessadas que entra facil pelo "queijo suiço" das nossas fronteiras.

Leia no Globo :- Após o Colégio Estadual Professor Daltro Santos, em Bangu, ter sido invadido no início da manhã de sexta-feira por bandidos armados que fugiam da polícia , a unidade teve as aulas suspensas. Os momentos de tensão vividos por alunos e professores fez outras duas escolas estaduais da região e mais dois colégios municipais também fecharem as portas. Tido como referência de ensino de qualidade na Zona Oeste até meados da década de 1980, o colégio passou por cenas que nem de longe remetem à escola onde já lecionou o professor de educação física e campeão do mundo pela seleção brasileira Carlos Alberto Parreira.

FOTOGALERIA: Veja imagens da ação da polícia na Escola Daltro Santos


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/11/04/guerra-do-trafico-fecha-cinco-escolas-em-bangu-925743027.asp#ixzz1cpXkFYPg
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Tem ex jogador que nem bem fez nada como deputado federal já está querendo "assento na janela (ser prefeito do rio)" como o próprio baixinho gostava de dizer para seus parceiros em campo:
- Ai parceiro nem bem chegou já que sentar na janela mermão? ( sera se seu Edvair não ensinou o marrento que peixe morre pela boca).

Leia no Globo:- O deputado federal Romário (PSB-RJ) confirmou nesta tarde que quer disputar a Prefeitura do Rio nas eleições do próximo ano, conforme noticiou nesta sexta-feira a coluna de Ancelmo Gois , no GLOBO. O ex-jogador alega que foi convencido por colegas e vereadores a ser candidato e que, por este motivo, se colocou à disposição do partido. Mas, o Baixinho não deve contar com o apoio do PSB, que apoiará a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB).

VIDA DE PARLAMENTAR : Romário descobre como é difícil trocar os campos de futebol pelo plenário da Câmara dos Deputados


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/11/04/romario-diz-que-quer-disputar-prefeitura-do-rio-mas-partido-avisa-que-apoiara-reeleicao-de-eduardo-paes-925738477.asp#ixzz1cpZ0hNXA
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E tem também os fantoches e puxa sacos do "Eduardo fanfarrão" que são esses pequenos parasitas partidos politicos . Nossa, os que puxam saco são tão chatos que dão nos nervos até de quem eles estão bajulando!

Os erros e desacertos são uma constante nessas chamadas de pacificações de favela cariocas. Quem viver verá a nau das UPP'S afundarem em seus próprios tropeços. O principal tema da próxima campanha eleitoral 2012 precisa ser a violência urbana. Questão de dever. A violência deve ocupar o centro da cena não só na cidade "maravilhosa" mas em todas as cidades brasileiras, naturalmente, mas de modo particular aqui no Rio de Janeiro.

Certamente terão melhor desempenho nas urnas em 2012 aqueles candidatos que fizerem da violência “sua questão”. Vale, sobretudo, para candidatos a prefeito, de quem se espera com o auxílio da lei eleitoral apenas projeto, não coisas como bolsa familia, dentaduras etc. A população especialmente a já enorme parcela direta ou indiretamente violentada continua a ter muitas causas, obviamente, mas a violência agora é a mais premente, a que grita mais alto por solução, não paliativa como essas upp's copa 2014. Fácil e difícil de ser enfrentada é, paradoxalmente, essa causa. Políticos oportunistas, interessados apenas em resultados rápidos e lucrativos, tendem a vê-la como questão simples de se resolver: basta colocar as forças armadas alguns mêses no alemão, mais 2 caverões entrando e saindo de favelas não ocupadas pelas maquiagem das upp's, é não está na rota de colição com a copa 2014, mais alguns guardas municipais de motocicletas descendo o "cacete" nos camelos ( a tal choque de ordem) gerando mais violência contra a população sofrida, presídios? não precisa, entramos com ações e mandamos os bandidões perigosos para longe do Rio. Quanto mais bandidões longe da cidade maravilhosa, melhor, para causar impacto visual.

Sinceramente da nojo dessa falange PT vs PMDB. mas ainda resta, alguns políticos que ainda preservam alguma seriedade ainda existem, por incrível que pareça, os raros políticos sérios, sabem, ou intuem acertadamente, a complexidade da questão. Violência é efeito, repercussão, estouro da boiada. Quando 21 balas de pistolas compradas com nosso $$ público atingem a cabeça de uma juiza (Patricia Acioly), por exemplo, já é muito tarde para perguntar, enquadrar e condenar quem puxou o maldito gatilho; é hora de interpelar toda a sociedade que vota péssimo anos luz.

Leia no JORNAL JB: As investigações sobre a morte da juíza Patrícia Acioly conduzem a angustiosas reflexões sobre a insegurança no Brasil e no mundo. Em primeiro lugar, temos a perversão das forças policiais de segurança, infectadas pelos atos criminosos, que não se limitam aos cabos e soldados, mas chegam à cúpula de certas corporações, como é evidente na Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Essa abjeta contaminação dos policiais — que, apesar de sua gravidade, não compromete senão parcela das tropas — é explicada, por muitos especialistas, como produto do tráfico de drogas e de outras formas do crime organizado. Isso nos leva à questão que exige atitude corajosa dos estados nacionais

De fato, a história não tem feito nada mais que comprovar a falência dos métodos tradicionais de combate à violência. Mas a “classe política” que realmente é classe no sentido improdutivo da expressão, exclusivista, conjunto de pessoas “diferentes” das outras insiste em se ater a efeitos em vez de se concentrar nas causas, esquecida de que sua função é exatamente separar o joio do trigo, o que parece ser do que de fato é, e num contexto de enganações procurar ir até mais longe de meia duzias de upp's: separar o joio do joio e o trigo do trigo, coisas mutuamente parecidas ( trocar seis por meia duzia), sai a bandidagem no futuro próximo entra os melicianos que já estão de olho no "mapa da mina".

Antes de mais nada, a partir de um viés decididamente ético que é o único que deve ou deveria orientar as ações na vida pública: a ética enquanto preocupação radical com o outro,cabe perguntar pela razão das práticas violentas, o que leva o indivíduo a investir contra o seu semelhante com tanto ódio, humilhando-o e, no limite, eliminando-o (caso da juiza Patrícia Acioly. Assassinada em agosto, com 21 tiros, quando chegava em casa, no bairro Piratininga, em Niterói, na Região Oceânica do Rio de Janeiro.). E é à luz mesmo desse tipo de pergunta que a razão entra em crise, despedaça-se e revela, sobretudo, sua precária coesão interna.

Não há uma razão, mas muitas razões a fundamentar a violência. Em comum, essas razões têm apenas o social, aquilo que se torna objeto de reflexão obrigatória a cada processo eleitoral. A maioria dos candidatos, como estamos cansados de saber, sequer sabe falar categoricamente sobre esse social, deixando transparecer, nas entrelinhas, que seu interesse é tão somente pessoal, que a sociedade, para ela, resume-se a ela. Isso, todavia, não chega a comprometer a importância do processo, chega a ser mesmo interessante enquanto reflexo de uma sociedade cada vez mais complexa.

Há de merecer atenção especial no próximo processo eleitoral 2012 aquele discurso que não tomar a violência de maneira inocente, como algo produzido por determinados indivíduos apenas,ou casos insolados em função de históricos pessoais (caso da escola do bairro Realengo ou mortes de policiais nas tal upp's). Atribuir a violência a alguns, dizer que é problema de violentadores e violentados, significa nada mais que uma redução estúpida do social, dar vazão ao entendimento que a elite econômica brasileira tem cultivado desde os tempos de Dom João VI: o social como espaço dos pobres. Não há espaço de alguns, particulares, mas sim alguns, uma minoria, que se proclamam donos do espaço, numa ofensiva anti social que, sem dúvida, incita a violência. Querem uma cidade só para eles, com ruas bem asfaltadas e iluminadas, com postos de saúde e de polícia, com praças bem cuidadas etc e tal. Têm direito sim, claro, a essa presença de Estado, pagam impostos, mas outros, independente de pagarem ou não, também têm direito ao humanamente básico, pelo menos governadores.

Para os governates desse pais aprenderem de uma vez por todas, presença e ausência de Estado numa mesma cidade, região ou país é, atualmente, um dado fundamental para se objetivar a forma do social, como o “sociu” se efetiva, o que é tarefa primordial do político. A violência nos informa, sobretudo, a respeito de um mal estar nessa forma, estimula-nos a pensar num fundamento injusto presente ali, num conteúdo, paradoxalmente, deformado. Logo, enfrentar a violência, de maneira séria, implica enfrentar o social, em toda sua complexidade, não indivíduos ou grupos. Requer, especialmente em momento eleitoral, inteligência política. A solução é muito fácil para todos que estão se sentindo mal com os desacertos. Nas próxima eleição 2012 dirija-se a sua seção eleitoral e faça justiça com a própria mão. Lembre da sacanagem dos nossos governantes atual, do descaso e do elitismo da corte desgovernante de Sergio Cabral vs Fanfarrão Paes. Use um poder que você tem. O do seu voto, este é inatingível pela corja de políticos profissionais. Vote com critérios. Eu acredito que ainda têm idealistas, ambientalistas,bons politicoa precisando de seu voto, profissionais das mais diversas áreas que não querem lesar o que é do povo. Mas sim com a ajuda da população, sabendo ouvir com simplicidade, sem pedestais que os separem da população.

Esta é a forma autêntica de democracia. Sem demagogia acho que é escutando seu Francenildo e dona Francenilda (aqui configurando a relação com o povo simples) ali da esquina é que se descobrem os podres mascarados em obras gigantescas em marketing e ineficientes para o cidadão que sofre com necessidades básicas. Vamos olhar o social. Prioridade deve ser saneamento básico, educação e principalmente saúde. E aqui encerando o texto eu dou meus parabéns às equipes do Samu, que vem dando espetáculos em atendimentos de emergência mesmo com todo caos na saúde, deixando claro que se encararmos o que é público com a seriedade que merecem, da certo. Acredite sempre no melhor, de sempre o melhor de si mesmo. E assim talvez possamos sonhar com dias melhores para a cidade maravilhosa.

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