sexta-feira, 5 de março de 2010

PARA VC CLEBER BRISOLA
Última moda da elite brasileira é a doutrina da pobrefobia, onde o povo pobre é alvo de toda culpa. Já não basta explorar os trabalhadores, eles querem também o retorno do pelourinho.

Os últimos acontecimentos indicam que a gente rica do país, saudosa das histórias de escravidão contadas pelos avós, está "cansada" de ver o governo dar assistência social para "quem não quer trabalhar".

A criação familiar dos mais ricos inclui agora lições de como açoitar empregadas, mendigos, prostitutas, deficientes, negros, homossexuais, índios e aposentados, da mesma forma que tratavam os cativos até a proclamação da República.

O pai de um dos jovens que espancaram a doméstica, aqui no Rio de Janeiro, aprovou orgulhosamente a conduta do filho. Como tantos outros pais e mães ricos, fartos dos pobres sobreviverem no país onde eles pagam impostos.

Além de espancar os mais humildes, a onda da "zona sul" é também jogar ovo podre em pobre. Um diretor da Rede Globo, o vulgo "Boninho", esse mesmo do BBB, dá inclusive a receita: "bota éter dentro, espera três dias e fica uma beleza".

A experiência foi ainda repetida e declarada em público, por Bruno Chateaubriand, jurado "do carnaval do Rio De Janeiro" e pela socialite Narcisa Tamborindeguy.

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É claro que, neste mundo aristocrata, desempregado não tem emprego porque não quer, sem-teto não tem casa porque não quer, e assim por diante. E fazem até passeata para promover a discriminação.

Recentemente, a passeata do "Cansei" reuniu menos de duas mil peruas em pele animal, membros da OAB-SP, a clientela da Daslu e muita gente que caiu no conto do "apartidarismo". Tudo patrocinado pelo Governo de São Paulo, que forneceu água da Sabesp.

Mais uma vez, para esses covardes, a culpa é do coitado do pobre.

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