quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O ANO QUE A COBRA FUMOU NO BRASIL


chegamos ao final de 2010, ano em que a cobra fumou crak no Brasil. Perdemos a Copa da África. O mundo continuou em sua crise econômica gerada pela ascensão chinesa. Tivemos a eleição presidencial mais vil desde o processo de redemocratização e vimos um "poste"ser eleita. Certamente tudo isso constará nas análises e retrospectivas da grande maioria dos analistas e colunistas do país e nem vou me atrever a dividir com eles esse quinhão. Afasta de mim esse cálice. Prefiro ficar com as cagadas. E três grandes momentos ilustram a “defeclopédia” de 2010.

O primeiro fato digno de registro foi o dono do baú Sílvio Santos, em plena campanha eleitoral, ter visitado misteriosamente o ex presidente mollusco etanol no Palácio do Planalto, na semana seguinte ter colocado o SBT em declarada campanha pró-"poste" – chegando a criar o fatídico episódio da bolinha de papel na cabeça do candidato José Serra, desmentido horas depois pelos grandes jornais e emissoras do país – e, na semana seguinte, abocanhar um empréstimo de R$ 2,5 bilhões para salvar o Banco PanAmericano da falência. O dono do Baú, mesmo com essa dívida monumental, continua dando suas famosas gargalhadas e jogando cédulas de Real em forma de avião para a galera, numa clara evidência de que pão e circo são as atrações favoritas do humilhado povo brasileiro.

Dias depois da "poste" vencer o pleito presidencial, a Câmara Brasileira do Livro anunciou que o Prêmio Jabuti 2010, a maior premiação literária do país, seria entregue ao cantor e compositor Chico Buarque pelo romance “Leite Derramado”(agora não adianta chorar mais por esse "leite derramado",é limpar daqui a 4 anos a porra do chão). Não por acaso, Chico sempre foi o principal porta-voz do comando dos vermelhos (PT) junto à classe artística e atuou maciçamente nela como cabo eleitoral da "poste". Deu-se o inferno. Em outubro, a CBL havia anunciado os vencedores nas subcategorias e a obra de Chico Buarque ficara em segundo lugar, sendo vencedor o grande jornalista Edney Silvestre com o romance “Se Eu Fechar os Olhos Agora”. Tampouco por acaso, o jornalista é funcionário da toda poderosa venus platinada, que demonstrou uma tendência pró-Serra na disputa eleitoral. Resultado: de forma suspeita, no início de novembro, a CBL anunciou Chico Buarque como o grande vencedor do ano.

Ao contrário do que gosta de pensar mollusco etanol, como a opinião pública não é ele nem o comando dos vermelhos (PT) , milhares de brasileiros indignados com os critérios da premiação e com a vitória duvidosa – e talvez política – de Chico Buarque, assinaram a petição on-line “Chico, Devolve o Jabuti!”. Alheio à discussão, o cantor recusou-se a acatar o pedido da multidão e não devolveu o prêmio, que inclui um cheque de R$ 30 mil. De quebra, o livro será transformado em peça teatral e o Ministério da Cultura, antes mesmo da existência do texto, já aprovou sua captação de recursos, através da Lei Rouanet, no total de R$ 1,5 milhão. Mas essa é só uma parte da fatura que o dinheiro do povo irá pagar. Segundo denúncia da revista Veja, “entre 2010 e 2011, a Caixa Econômica Federal irá despejar R$ 9,5 milhões em projetos que celebram Chico Buarque”. Para finalizar essa relação de total conflito de interesses e tráfico de influência, Anna de Hollanda, irmã caçula de Chico, foi escolhida pela presidente "poste" para ser a nova ministra da Cultura.

A última grande desgraça de 2010 ficou por conta do rei Roberto Carlos. Há 36 anos o cantor e compositor integra a programação desta época do ano. Mesmo com pérolas da música popular brasileira no repertório, a mesmice dos shows vinha definhando sua audiência e encerrará 2010 com sua duvidosa majestade em xeque-mate. A realização de seu espetáculo na famosa praia de Copacabana, na noite de Natal, irritou os cariocas e deixou os moradores ilhados após uma equivocada decisão da Prefeitura, impedindo todos os acessos ao gigantesco bairro. O resultado foi uma avalanche de protestos e, apesar do contrário propalado, o absoluto fracasso do evento, onde compareceram cerca de 200 mil pessoas, apenas 20% do público de 1 milhão de pessoas que era esperado. Isso sem contar a lebre que corre relatando que o show teria custado entre R$ 1,5 e R$ 2 milhões aos cofres públicos, valor alocado sem processo licitatório e com concessão exclusiva à toda poderosa venus platinada. Quando nada, esse foi o pior show de fim de ano da carreira de Roberto Carlos e já é uma mancha em sua trajetória, bem como no caminho político do prefeito fanfarrão Eduardo Paes.

E como 2011 já chegou, deveríamos estar imbuídos dos melhores sentimentos e das mais nobres expectativas. Mas a lucidez nos chama à realidade. O que de bom podemos esperar de um governo "poste"que já começará com uma equipe, escolhida a dedo pelo comando dos vermelhos (PT), por mollusco etanol e José Sarna? O que esperar de ministros que nem sentaram na cadeira e já carregam escândalos como o recente surubada-motelgate do titular do Turismo? O que esperar de um poder legislativo cada vez menor e agora com excelências como o palhaço Tiririca e o jogador Romário lado a lado com os antológicos picaretas Paulo Maluf e os vários mensaleiros reeleitos. Algo me diz que 2011 será o ano em que a drogada cobra fumadora de crak, tautologicamente, engolirá o próprio rabo. Que passe logo,esses 4 anos!

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