terça-feira, 14 de junho de 2011

O ALQUIMISTA PALOCCI 171




E uma casa brasileira com certeza! É, com certeza, e uma casa de piadas á lá portuguesa, daria no mesmo. O procurador geral da República decidiu que não caberia investigar sobre o enriquecimento inexplicável do alquimista Palocci 171. O Supremo Tribunal Federal manteve o presente, mais um bandido, que o mollusco manguaça deu aos brasileiros no seu último dia de mandato. Isso tudo na esfera pública federal. Na estadual, cabe destaque para a greve dos bombeiros da nossa cidade maravilhosa para melhorar o miseravel salário de R$ 900,00.

O procurador geral foi enfático quanto à lisura do enriquecimento do 171 Palocci. Não restaria nenhum questionamento quanto ao seu parecer, se ele tivesse utilizado o princípio constitucional da publicidade que norteia os atos públicos. Ninguém sabe quais documentos foram apresentados e analisados; ninguém sabe quais foram os mafiosos clientes e muito menos quanto cada um pagou e por quais serviços. Só com o conhecimento desses elementos caracterizadores de infrações ligadas à função pública se pode saber se o enriquecimento do tio patinhas Palocci171 foi legal e legítimo. Se ninguém sabe nada disso, qualquer um tem o direito de pedir vênia e não referendar o parecer do procurador geral.

O alquimista Palocci 171 pode muito; pode quase tudo. Pode até ensinar aos seus consultores mafiosos a ganhar o reino dos céus; mas deve ter feito aula com o delegado Di Rissio, de São Paulo, que comprara um apartamento de mais de 1,5 milhão, e tinha outro acertado por quase o mesmo valor, com um salário de pouco mais de 8 mil reais. Ele pode comprovar documentalmente tudo. Mas é preciso ser insano para acreditar que alguém é capaz de pagar vinte vezes por um serviço apenas pela qualidade do executor. Esse tipo de justificativa precisa de um sonoro e definitivo basta Brasil. Este país precisa dar um basta em muita coisa; nas inexplicáveis coincidências; no enriquecimento descomunal dos políticos, especialmente dos prefeitos, indistintamente, que se tornam gênios após eleitos; nas apurações que nunca resultam em nada, sempre quando o envolvido é do andar de cima. Basta Brasil, basta Brasil!

Como Valtaire, defenderei até a morte o direito de o rei midas Palocci 171 se explicar, mas não acreditarei numa vírgula do que ele disser. Esse enriquecimento só é aceito pelos políticos brasileiros e suas assessorias, dentre eles, os petralhas vs partidão parasita. Não me convencerá nem se ele disser que teve mais sorte do que o anão João Alves e ganhara mais de 200 vezes na loteria, a outra forma lícita de enriquecimento relâmpago, além de herança. O senso do ridículo precisa chegar aos meios políticos e de todos os agentes públicos. A cara-de-pau com que tentam convencer do impossível é de deixar todos descrentes de que este país ainda tenha algum jeito. Aceitar que é mera coincidência a liberação, por um órgão do governo, de milhões para uma empresa no mesmo período em que ela doa milhões para a campanha do candidato do governo federal é simplesmente conveniência ou cinismo, para ser papo reto. Esses argumentos eram tão comuns e convincentes quanto às recorrentes justificativas do enriquecimento dos políticos da noite para o dia, cujos exemplos maiores são do bastardo Lulinha, filho do mollusco 51 e do genial alquimista Palocci 171.


Como dizem nossos políticos, desvios e corrupção existem no mundo todo. E é verdade; embora nunca citem a diferença de que na maioria dos países desenvolvidos ela seja exceção, enquanto por aqui a regra é clara, absoluta e reinante. O fato mais relevante não seria o tratamento igual entre a exceção, lá, da regra, por aqui, mas como o problema é encarado pelos envolvidos e a sociedade lá fora e aqui. Não se pode ter crença cega quando se envolve atos públicos. Um presidente da República já foi colocado para fora do cargo. Com a falta das informações mencionadas, não há como absolver o alquimista Palocci 171, isso apenas do ponto de vista jurídico. Como lógica, um enriquecimento nessa proporção só se ganhar mais na loteria do que o ex-anão João Alves. A saída do tio patinhas 171 deve ser vista como positiva pela efetividade da democracia neste país de "ervas daninhas". Mas seu enriquecimento tem que ser comprovado publicamente.

Em outros paises desenvolvidos, as instituições apuram os fatos e tratam com maior rigor as pessoas que se aproveitam da função pública para servir de exemplo. Por aqui, as autoridades são as primeiras a traçarem defesa prévia e isso foi visto com o procurador geral da república no caso do enriquecimento do rei midas Palocci 171. Ora, senhor defensor da lei, a regra de que ninguém é culpado sem condenação serve, na mesma proporção, para não inocentar ninguém antes da apuração dos fatos. Mesmo as apurações "pizzas", ou de faz-de-conta, como são as daqui. Os institutos de pesquisa, que tanto trabalham nas eleições, deveriam perguntar se o brasileiro acredita nas apurações quando os envolvidos são de vereador para cima. A Suprema Corte de Justiça brasileira, por maioria, decidiu pela não extradição de um criminoso, condenado em seu país. Esta decisão deu um aval claro aos marginais do mundo que, caso corram risco de serem presos noutras partes, podem se refugiar no Brasil, que, aliás, não consegue punir nem os marginais pátrios. Medida condizente para um país que só é conhecido no mundo pelo futebol, carnaval, bundas expostas, turismo sexual infantil e agora, por ser o refúgio de assassinos.

Aqui nesse pais tupiniquim, as coisas mais absurdas acontecem e são tratadas como se nada de anormal tivesse acontecido. Aqui no pais do "bundalelê", nada passa do razoável. No caso do enriquecimento do alquimista Palocci 171, é anormal por si. Não há na história da humanidade quem tenha conseguido multiplicar por 20, em quatro anos, o que levou uma vida inteira de quase 60 anos para conseguir. Somente o roubo, o tráfico ou outra atividade dessa natureza pode gerar fenômeno igual. Como eu, qualquer um que duvidar da regularidade desse enriquecimento, será ridicularizado.


Da mesma forma que tudo será justificado devidamente, é possível que somente nós os críticos venham a ser punidos. O mensalão é exemplar. Só a funcionária que não aceitou participar do esquema foi penalizada. Mera coincidência. Daqui a um ano o rei midas Palocci 171 deverá estar duzentas vezes mais rico apenas com os recursos das indenizações pagas pelos que duvidaram da sua fase de alquimista 171. Quero declarar ao procurador geral da República, à presidente "poste" da República, à corriola de senadores e deputados federais e todos os defensores ou coniventes com essa indecência, que eu cidadão brasileira defende e avoca o meu direito subjetivo de não acreditar numa vírgula sobre a regularidade desse enriquecimento, independentemente da prova que vier, pelo simples fato da impossibilidade. Com todos os pés atrás, aceitaria até o dobro, com exagero absurdo, o tripulo, mas por 20, nunca.


Aqui no pais do futebol e carnaval, quanto ao aspecto da impunidade institucionalizada, recentemente as mortes de seringueiros na região Norte e a porteira escancarada que são as fronteiras brasileiras, demonstrada pelas reportagens da venus platinada de Televisão, evidenciam quão o Estado brasileiro tem se caracterizado como uma mãe gentil para a marginalidade, na mesma proporção que se torna um pai carrasco para os cidadãos de bem, como são exemplos Francenildo Costa, o caseiro do rei midas Palocci 171, e a funcionária Danevita Ferreira de Magalhães que foi demitida do Banco do Brasil, por ter se negado a participar do modus operandi da turma do mensalão.

Aqui no pais do "se correr os politicos corruptos te pega e se ficar os politicos corruptos de come", os bombeiros da cidade maravilhosa espernearam para melhorar os seus sofridos soldos mensais, que não atingem nem dois salários mínimos. Nesse processo, difícil de controlar o emocional coletivo, os bombeiros invadiram o Quartel do Comando Geral dos bombeiros. Foram legalmente presos, levando em conta a ótica meramente da lei positivada - aliás, esse país vomita leis, mas nenhuma solução plausível foi tomada no sentido de atender suas reivindicações salariais. Antes das manifestações nenhum segmento social manifestou-se de forma veemente sobre o indecente salário que recebem.

Aqui nesse pais de Mollusco manguaça, Rei Midas Palloci 171, Sergio Cabral, o desfecho que se costuma dar a episódios dessa natureza, o assassino Cesare Battisti será naturalizado brasileiro e será agraciado com um cargo comissionado na Administração Pública Federal, outra saúva típica deste país. O alquimista Palocci 171 já avisou que irá gastar um pouco da grana ganha com sua estupenda capacidade de assessorar; depois voltará à sua genialidade para continuar multiplicando seus bens, sabe céus por quanto.

O nosso governador Sergio Cabral, que já chamou os medicos de vagabundos, os favelados de otarios, as brasileiras de prostitutas, os bombeiros de vândalos, deverá aumentar o tom e chamá-los de vagabundos safados. Aos cidadãos eleitores brasileiros cabe esperar por mais uma semana do Brasil real ($$$). O Supremo continuará com suas decisões absurdas; a Procuradoria Geral da República continuará com seus pareceres a inocentar gente de cima sem o conhecimento por parte dos brasileiros sobre quais documentos serviram de embasamento; e os sofridos bombeiros, com seus salários de esmola, continuarão sendo xingados pelo governador Sérgio Cabral, que se tornou especialista em xingar pessoas humildes. Nosso Brasil, é uma casa portuguesa, é com toda certeza,é,uma casa de piadas á lá portuguesa!




Nenhum comentário: