quarta-feira, 6 de julho de 2011

ACABATIVA






Mais um ano de eleição vem chegando, tempo em que tomamos aquelas decisões que sempre deixamos para mais 4 anos de sofrimentos, sabe como é? Ano que vem não voto em politicos corruptos, deixar de fumar, mudar de emprego, mudar de amor, mudar de país... mudar, mudar, mudar. E doze meses depois olhamos pra trás e constatamos que não conseguimos fazer o que dissemos que íamos fazer, votamos em corruptos, reelegemos parasitas, etc. Faltou acabativa. Anos atrás encontrei num texto de Stephen Kanitz essa palavra genial: “acabativa”, que não existe nos dicionários. Sua oposição ao termo “iniciativa” explicita o conceito do fazer acontecer com clareza absoluta: “Chega de iniciativa. Precisamos de acabativa”. Acabar com as corrupções, pilantragem, factoides, sacanagem, covardia, e malandragem de alguns politicos.

Vamos lá galera “de que serve um politico ter iniciativas sem ter acabativas?”. Transformei o termo em uma de minhas marcas e ao longo do tempo observei certas “categorias de consciência” com relação à acabativa de alguns politicos brasileiros, que talvez você reconheça.

Primeira categoria de politicos molluscos: os “molluscos-mandados”, gente que só se movimenta, ou chega ao poder quando recebe ordens e faz exatamente aquilo que o partidão parasita mandou. Para os molluscos-mandados, a acabativa é um estímulo externo, necessariamente acompanhado de instruções e da ameaça de represália se a ordem não for executada ( divisão do poder). Os molluscos-mandados são motivados pelo medo, que provoca alto envolvimento de corrupções, assassinatos, mensalões, valeriodutos, pizzas, sucos de laranjas, alquimistas, farras de passagens aérias, aloprados, rei midas Palocci, bolsas desgraça, passaportes diplomaticos, censuras aos meios de comunicações, "poste" para presidente, mas comprometimento com a populção zero. Praticam o pensamento crítico apenas para reclamar do seu antecessores, da oposição, e da vida de marajá que gozam. Os molluscos-mandados são a maioria dos politicos no pais do carnaval & futebol vs bundalelê profissional. Reativos, se transformam em pesos mortos quando não tem o partidão parasita para obedecer e carregarem nas costas.

Segunda categoria de politicos partidão parasitas: os “asnos com iniciativa”, gente que sai fazendo sem refletir a respeito, incapaz de compreender o impacto e influência de suas ações sobre outras pessoas e processos. Essa gente não consegue ligar causa com consequência, age por impulso e tenta sempre aplicar velhas soluções a novos problemas. Os asnos com iniciativa são perigosos, já que não compreendem as consequências de seus atos. E quando criticados ficam revoltados, pois se dizem tolhidos em suas iniciativas de "mui-bons-politicos"(nas negociatas sinistras). Acabativa na mão deles é uma ameaça...

Terceira categoria de politicos "peixes" metidos a malandrões: os “Roma-peixes - empurradores”. São especialistas em colocar a responsabilidade nas mãos de outros. Basta uma palavra e pronto: é no seu colo que eles jogam o problema. Essa gente tem uma facilidade impressionante de colocar a culpa em outras pessoas e processos. Nas mãos delas as coisas não andam, e sempre tem uma explicação para o “por que não fiz”, “por que não deu”. Os empurradores desconhecem o significado do termo acabativa. Jamais passam da iniciativa.

Quarta categoria de politicos fanfarrões metidos a sambistas: os cagães. Sobre eles já escrevi outros textos, mas os cagães tem um papel importante como complicador da acabativa. Eles não admitem correrem riscos, evita tomar iniciativas com medo das conseqüências e sempre que pode aconselha os outros politicos a não fazerem nada em beneficios da população carioca, manda baixar a porrada em bombeiros, professores, medicos, namoradas, camelôs, favelados, etc. Para os politicos cagães, acabativa é incomodação. Existem outras categorias que abordarei em textos futuros, pois pretendo ir mais fundo na questão da acabativa na politica vs eleitores.

O mais importante disso tudo galera será encontrar uns politicos honestos, é constatar que fazer acontecer exige coragem, capacidade de enxergar longe, compreensão do todo, comprometimento e – acima de tudo – entender aonde se quer chegar para melhorar só um pouquinho a vida dessa população sofrida. Sem isso só é possível obedecer ordens, fazer cagadas, empurrar pros outros ou... ser um cagão. Reconheceu alguns politicos aí?

Feliz Ano de 2012 galeraaaaa, ou infeliz ano velho, vocês decidem!

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