domingo, 17 de julho de 2011

UMA CPI DO AMOR & SEXO




Quem, entre nós, resistiria a meia hora de quebra do sigilo amoroso ou até sexual? Como na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais, todo mundo, até mesmo no mais escondido dos conventos de devotas beneditinas, já teve o seu “caixa 2” do desejo.

Em pensamentos, atos ou omissões.

Em telefonemas, e-mails ou declarações bêbadas.

Ninguém resiste a meia hora de quebra de sigilo.

No amor, somos todos corruptos. Menos naquela hora em que a paixão por alguém nos toma 100% do cérebro e a febre amorosa espoca qualquer termômetro. Depois passa.

Nosso destino é pecar, como disse o pudico Nelson,. Por estas plagas, até a virtude prevarica.

Às sextas-feiras, então, já repararam como o cheiro de pecado toma conta dos bares e é mais forte até do que o odor que vem dos ralos e dos bueiros?

Às sextas, as balconistas batem o ponto e saem fofas e cheirosas no final do expediente. Trazem de casa, em segredo de Estado, lindas lingeries escondidas na bolsa. As executivas, mais afortunadas, carregam as suas peças íntimas Victoria Secret, olhos da cara, com a mesma sina.

Às sextas, toda a moral religiosa, cristã ou não, tira suas horas de folga, vai tomar uma fresca além muito além do mosteiros de São Bento.

Toda moral vira falsa e paraguaia na terceira dose de uísque.

Às sextas, quando as lojas começam a abaixar suas portas, fica valendo a máxima de Santo Agostinho: “Deus, livrai-me das tentações, mas não hoje.”

Quem, entre nós, machos & fêmeas, resistiria a uma CPI do amor ou do sexo?

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