segunda-feira, 16 de março de 2009

PROCESSO DE MUDANÇA



Todo educador, consultor, gerente, psicólogo, formador de opinião e agentes de mudança de qualquer nível ou natureza, seja ela política, administrativa, ideológica ou comportamental sabe da necessidade de se inserir no bojo de seu cuidadoso e fundamental planejamento, algumas estratégias prováveis e costumeiras resistências.

Talvez seja por isso que nem sempre a melhor idéia, a melhor teoria, o melhor plano acaba logrando na prática o melhor resultado.

Dá sabedoria popular é famosa a máxima de na prática a teoria é outra.

Na realidade, a mesma competência do planejar é exigida no executar, acompanhar e avaliar a fim de contornar os obstáculos intransponíveis, remover as pedras do caminho, criar trilhas secundárias, driblar os ventos contrários e não bater de frente com as muralhas sob pena de nadar, nadar e morrer na praia abraçada ao seu grande projeto.

É preciso, segundo alguns especialistas, levar em consideração a cultura vigente, que do ponto de vista pessoal, é o que nos interessa, pois significa nossas crenças, nossa formação, educação, hábitos e jeito de estar no mundo.

Ignorar estes aspectos é uma postura ingênua de acreditar que somente pelos nossos bons propósitos e belos olhos vamos conseguir lograr êxito.

Da mesma forma que a cultura de uma organização ou empresa reage às novas tendências, nós também internamente tentamos instintivamente boicotar nossas necessárias mudanças, mesmo que inconscientemente.

Os mesmos anticorpos que atuam num modelo gerencial existente na tentativa de repelir o novo funcionam também toda vez que resolvemos mudar algo no nosso modo de ser.

Isto é natural e espontâneo assim como ocorre numa reação química quando tentamos misturar algum elemento novo no ambiente ou na solução existente. Muitas vezes temos que adotar meios adicionais para completar nosso intento como a agitação, o repouso ou até um catalisador para o processo.

Com nossas emoções não é diferente... Estamos habituados a agir de um modo há anos e não vamos virar a mesa.

Precisamos analisar a direção dos ventos, a motivação da marujada sem prescindir da intuição do almirante. No âmbito pessoal a alternativa reformista planejada e gradual se impõe na medida em que vamos removendo os mecanismos reacionários e promovendo alguns progressos. Isto evita o conhecido fenômeno das recaídas quando a reação se inverte, voltamos à estaca zero, fortalecendo ainda mais o poder de resistência.

Ao iniciarmos conosco mesmo qualquer processo de mudança, é estratégico em 1° lugar você ter muito carinho e paciência com você mesmo e com suas eventuais resistências, entendendo que elas fazem parte de você, que estão agindo conforme você mesmo de treinou e educou.

A 2ª é elogiar-se sempre, especialmente diante dos pequenos progressos que conseguir, na linha de de grão em grão a galinha enche o papo!.

A 3ª é ter muito claro uma meta definida, em objetivo a ser alcançado e é claro um horizonte (prazo) razoável para seu cumprimento, que lhe sirva de holofotes, de farol, em situações de emergência e de incentivo para a retomada após as inevitáveis quedas.

Agindo assim, politicamente consigo mesmo, negociando abertamente com suas fraquezas e limitações, respeitando seus desconfortos e eventuais distúrbios, reduzindo as inevitáveis tensões de percurso, com certeza atingirá o porto seguro idealizado em seus projetos.


bjks da van

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