sábado, 4 de setembro de 2010

FÓRUM

Os diálogos abaixo parecem piadas, mas não são. Foram travados nas salas de audiências. São perguntas e respostas que as pessoas realmente disseram, e que foram transcritas pelos operadores de computadores, e que tiveram que permanecer calmos e ou mordendo a língua para não gargalharem e tumultuar a audiência.

Advogado: Qual é a data do seu aniversário?

Testemunha: 15 de julho.

Advogado: Que ano?

Testemunha: Todo ano.
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Advogado : Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?

Testemunha: Sim.

Advogado : E de que modo ela afeta sua memória?

Testemunha: Eu esqueço das coisas.

Advogado : Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?
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Advogado : Que idade tem seu filho?

Testemunha: 38 ou 35, não me lembro.

Advogado : Há quanto tempo ele mora com você?

Testemunha: Há 45 anos.
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Advogado : Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou naquela manhã?

Depoente: Ele disse, “Onde estou, Bete?”

Advogado : E por que você se aborreceu?

Depoente: Meu nome é Célia.
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Advogado: Diga-me, doutor, não é verdade que, ao morrer no sono, a pessoa só saberá que morreu na manhã seguinte?
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Advogado: Seu filho mais novo, o de 20 anos...

Testemunha: Sim.

Advogado: Que idade ele tem?
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Advogado: Sobre esta foto sua...o senhor estava presente quando ela foi tirada?
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Advogado : Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto?

Testemunha: Sim, foi.

Advogado : E o que você estava fazendo nesse dia?
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Advogado : Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento?

Testemunha: Por morte do cônjuge.

Advogado : E por morte de que cônjuge ele acabou?
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Advogado : Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?

Médico/Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas.
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Advogado : Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, Ok? Que escola você frequenta?

Testemunha: Oral.
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Advogado: Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vitima?

Médico/Testemunha: Sim, a autópsia começou às 20h30min.

Advogado: E o Sr. Délcio já estava morto a essa hora?

Médico/Testemunha: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando por que eu estava fazendo aquela autópsia nele.
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Advogado: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?

Médico/Testemunha: Não.

Advogado: O senhor checou a pressão arterial?

Médico/Testemunha: Não.

Advogado: O senhor checou a respiração?

Médico/Testemunha: Não.

Advogado: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?

Médico/Testemunha: Não.

Advogado: Como o senhor pode ter essa certeza?

Médico/Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.

Advogado: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?

Médico/Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em alguma faculdade!

Bjks

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