terça-feira, 28 de outubro de 2008

TEMAS::POLEMICOS



Drogas: vencendo barreiras e preconceitos - Tabagismo: o novo vilão



Apesar de toda a discussão que causou a declaração recente de nosso popularíssimo Presidente da República, de que todo mundo deve ter o direito de fumar, desde que não incomode os outros, isto em meio a grossas baforadas de um legítimo charuto cubano, creio que sua infeliz declaração possa ter trazido um pouco de humanização a este debate, verdadeira cruzada nacional e internacional contra o uso do tabaco.

Como psicóloga, educadora e mãe, sou profundamente partidária da abstinência ao cigarro por entender os males e doenças que provoca e especialmente por ser a possível porta-de-entrada para dependências de drogas mais potentes mais adiante.

Os números são realmente impressionantes: 200 mil pessoas morrem por ano no Brasil vítimas do cigarro. Por outro lado, pesquisas revelam que 80% dos atuais fumantes querem, mas não conseguem ficar livres do vício (apenas 3% conseguem a proeza!).

As pessoas ainda desinformadas atribuem a dependência da nicotina a uma simples questão de força-de-vontade e não procuram uma ajuda especializada para se livrarem do mal.

Aqui, gostaria de fazer um alerta especial para as minhas amigas mulheres, que conforme pesquisas têm mais dificuldades que os homens de abandonar o vício... Entre as razões, o medo-da-balança, a ansiedade típica feminina e o reconhecido stress provocado pelas múltiplas jornadas que somos obrigadas a dar conta para sobreviver, trabalhar, criar filhos e ainda ter-de-ficar-linda!.

Do ponto de vista comportamental, porém, não posso deixar de reconhecer a humanização que a fala do Lula acabou por provocar, bem no meio da contramão contagiante e majoritária da cruzada mortal contra o cigarro e aí é que mora o perigo contra os fumantes também.

Um clima de intolerância, perigosamente fascista parece se instalar contra os dependentes de tabaco (ao contrário do que ocorre com os usuários da cervejinha, ou do uísque social) como se fossem criminosos, leprosos, imorais, ou ETs, cidadãos altamente nocivos à saudável convivência cidadã.

O fumante (como qualquer outro tipo de dependente químico) é um ser humano como qualquer um de nós, que apresenta esta fragilidade e vulnerabilidade, que deve ser motivo de apoio e solidariedade de todos nós!!

BJKS DA VAN

Um comentário:

Anônimo disse...

Texto inteligente, parabéns, Van, pior que fumante é um ex fumante ( salvo excessões) assim tb é na religião, enfim.. pena ser apenas modismo não ser fumante, a moda vai e volta, sou um fumante , e quero para de fumar, percebo esatr sendo tratado como um ET risossss
Pappabill