sábado, 11 de outubro de 2008

VIDA

Vida


A paixão da mocidade que se voltava, geralmente, para um grande amor – sempre me parecia um grande amor – hoje se volta para a própria vida, isto é , para o ato de viver.

Imagino que outras dimensões, outras galáxias, outros planetas, possam ser maravilhosos, mas viver na nossa tão amada Terra é, sem dúvida, algo extraordinário.

A vida palpita em tudo. Cada lugar que contemplo me parece ser o mais belo; cada pessoa que conheço me parece ser a melhor. Não que eu seja tão ingênua a ponto de pensar que não existe o Mal e o Feio. Mas, tenho o privilégio de conviver com pessoas especiais e o círculo vai só crescendo este círculo mágico e, de certa forma, hermético.

Minha alma vibra diante de tudo que me deslumbra. Assim como chora diante daquilo que me horroriza. À medida que cresço e amplio o meu espaço interior, vou captando energias que jorram como bênçãos de luz e percebendo, mais claramente, os sussurros da eternidade e o clarão da imortalidade.

Pouca importância dou, hoje, às feridas, às cicatrizes e aos golpes do destino. O que são eles diante da magnificência da aurora que vislumbro?

Mestra querida, eu te reverencio! É nesta caminhada e é por esta estrada que meu coração vai se tornando tão imenso quanto tu mesma. E a minha sensibilidade vai se apurando a ponto de perceber aquilo que é imperceptível à maioria das pessoas. Não crio calos. Mesmo quando os pés sangram, ainda são delicados. Como delicada é a minh’alma.

Hoje, mais nos silêncios fecundos que nos ruídos, vou aprendendo a escutar e a sondar o mistério da vida e dos outros corações.

bjks da van

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