Deveria haver um esconderijo para a Tristeza e a Saudade, não acham? Tem dia que a única vontade que temos é colocar a cabeça no travesseiro e nos esquecermos de tudo, não é verdade? Às vezes, caímos, tropeçamos e o desejo é de ficar ali no chão porque o cansaço é demais...
Não costumo ficar olhando para trás e nem me lamentando.. Mas, putz..., quantas vezes, sem a gente pedir, a Tristeza e a Saudade nos batem à porta?!
Se a gente pudesse saltar estes dias... Não escrever... principalmente textos porque a tristeza fica bem no poema, mas não em textos. Tristeza e saudade dão poemas fenomenais. Mas, em textos?! Textos é para a gente falar de beleza, de alegria, de Deus e Sua Criação, dar um pitaco no que os outros andam fazendo (principalmente os políticos...), comentar o dia-a-dia... Mas a danada da Tristeza insiste em entrar no peito e no texto... o que fazer, então?
Dizer da dor nos que nos oprime o peito, de lágrimas inoportunas a correr pela face, do passado que insiste em voltar, dos erros que teimam em nos atormentar, da injustiça da qual nos consideramos vítimas? Abrir assim o coração e lavar “roupa suja” em público não fica nada bem! Vamos e convenhamos...
Mas, o que faço? Como afastar-me de mim mesma na hora de escrever? Bem, no final das contas, acho até que o leitor pode gostar. Porque ele vê e sente na pele que o autor é humano, é gente com carne, sangue, suor, lágrimas, falhas, pecados. Ele vê o nosso avesso. Quem não tem avesso? Quem é sempre bom, sempre alegre, sempre perfeito? Não conheço gente assim. Todos nós somos cheios de contradições! E não me peçam coerência, porque todos somos incoerentes.. Tudo depende do sol, ou da lua, sei lá!
Onde o riso, onde o canto, onde o azul e o calor? Dentro de mim, hoje, só existem a tristeza e a saudade. Saudade de mim mesma em tempos que já se foram. Saudade de seres amados, capazes de nos escutar e de nos apertar a mão num gesto solidário.
Já repararam que a tristeza perturba? Ninguém gosta de ficar perto de gente que está triste, como se tristeza fosse doença contagiosa. A verdade é que ninguém gosta de lembrar que pode, a qualquer momento, ser vítima do sofrimento.
Vamos lá, alegria, alegria, que a vida é festa permanente! Xô tristeza, xô saudade! Sai pra lá, bicho ruim! Afinal de contas, está tudo igual, como antes, “no quartel de Abrantes”...
BJKS DA VAN
2 comentários:
Van, esse artigo ( comentário ) fez lembrar aquela musica da Sandra de Sá Bye Bye Tristeza , putz!!!!! ***bye,bye tristeza, não precisa voltar*** heheheheh !! bjsss
Van, meu anjo, que blog mais lindo! Vou ler tudo com calma depois, pois tem muita coisa interessante. Parabéns! beijo lindo!
Juarez Santos
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