terça-feira, 16 de setembro de 2008

TERRORISMO NO BRASIL

O que faz alguém praticar atos de vandalismo/terrorismo? Estas ações criminosas partem somente das camadas mais pobres da população? É justo que um indivíduo terrorista ou um grupo de vândalos terrorista com o pretexto de que se manifesta a favor de alguma causa, agride covardemente pessoas ? O vandalismo/terrorismo é só aquilo que se pratica contra bens públicos? Existe uma maneira de combater esta prática predatória no Brasil, ainda que contemos com instituições débeis de segurança pública?

A maneira mais eficiente que encontrei para esta discussão é a formulação de perguntas, uma vez que queremos saber o que é o vandalismo/terrorismo, o que induz a praticá-lo e como se reduzem os números desta atividade que provoca o desgosto na população. A intervenção de psicólogos tem sido proveitosa para conhecermos o assunto, porém o desacordo a que chegam é o de que há várias explicações para atos vandalismo/terrorismo.

O criminoso agressor não costuma ser o mesmo que destrói o assento do ônibus, pois seguem motivações distintas. A definição de vandalismo/terrorismo é difícil de alcançar porque o que é agressão para uns não passa de terrorismo para outros. Entre vários exemplos:"o caso da domestica da barra, a bomba que matou o jovem filho do bicheiro Rogério Andrade, e recentemente a violência gratuita do nosso candidato José Serra,entre outros atos de vandalismo/terrorismo, é uma afronta a segurança pública.

O vandalismo/terrorismo gera um mal-estar na população e difunde uma imagem denegrida da cidade e do país. Talvez o que causa o vandalismo/terrorismo, pode ser problemas psicológicos e a afobação de manifestar-se diante da sociedade. Enquanto falta dinheiro para a educação pública no Brasil pela má alocação de recursos. E o vandalismo/terrorismo? Ainda não descobri sua razão. Se é que a tem.

Talvez seja isso, na procura incessante de um lugar ao sol, dois segmentos da sociedade em que vivemos se confrontam constantemente em ocasiões das mais diversas: adversários & inimigos. Em todas as modalidades de competição eles sempre estão presentes: na política, no esporte, na religião e por aí afora, isso embora nenhum desses segmentos fizessem política, nenhum entendessem de causa religiosa, embora nenhum atuassem no esporte.

Em tempos de eleições eles afloram com mais vigor e, inevitavelmente se confundem: não se sabe quem são os adversários e nem os inimigos. Por definição, os adversários são aqueles que buscam resultados em uma mesma competição. Também, por definição, os inimigos são aqueles que nunca se entenderam. Na campanha política há candidatos, eleitores e militantes partidários. Entre os candidatos existem os adversários políticos, entre os eleitores encontramos os inimigos políticos e entre os chamados militantes partidários, que são aqueles eleitores que batalham incansavelmente para elegerem os seus candidatos a cargos públicos, manifestam-se também os inimigos políticos. Para esses cabe-lhes o qualificativo de intolerantes, por não se enquadrar noutro mais severo.

Em época de eleição os candidatos a cargos públicos ficam em palanques diferentes insultando uns aos outros numa guerra fria, sem fim! Aliás, o povo gosta mesmo é disso. Se, porém, a indignidade dos foliculários incomoda a opinião pública é porque as vantagens existentes somente a eles interessam. E, os pobres dos eleitores, na sua lanzuda ignorância, permanecem ali, aplaudindo-os, ovacionando em alto e bom som os nomes de seus pretendentes em meio a um estúpido espetáculo afetado por idiotia. Ainda, assim, permanecem torcendo pela vitória do seu candidato a um emprego público e bem remunerado enquanto eles continuam desempregados, contabilizando inimizades pelas suas mazelas eleitorais. Os eleitores, nessas ocasiões, não passam de seres imbecilizados.

Os candidatos que antes estavam em palanques diferentes estão juntos, de mãos dadas e com sorrisos largos, debochando da cara daqueles eleitores de primeira hora. Todavia, aqueles eleitores que trataram os seus adversários como sendo os seus inimigos políticos se vêem agora constrangidos porque devem morigerar-se em prol de uma mesma candidatura para as desforras irreprimíveis e com insopitáveis reações. Na verdade é a falta de vergonha no cara do povo produzindo cenas deprimentes ao longo de todo o processo eleitoral.

A obrigatoriedade do voto faz com que os tornemos uns idiotas. Caso não fosse necessário o ato de votar, certamente que o candidato valorizasse mais o apoio recebido e se apressava para corresponder às expectativas de seus dignos eleitores. Mas, é o voto de um favelado que vale tanto quanto o voto do mais ilustre cidadão da comunidade. Não é preconceito não, é querer colocar as coisas em seus devidos lugares. E é por isso que os adversários políticos são tratados apenas como inimigos políticos. Infelizmente!

Sou radicalmente contra o voto do homem despreparado. Costumo dizer que essa gente precisa mais é de escola e de trabalho e não de esmolas como está sendo tratada pelos "molluscos" populistas desta nação. São esses maus políticos que a ilude com promessas descabidas e indecorosas, sem o mínimo de esperança na realização de seus sonhos. Foi-se a esperança. Foi-se os sonhos. Foi-se a cortesia. Só restam promessas evasivas. O homem, produto da cultura, desapareceu. Enquanto isso, os pobres ficam mais pobres e a eles essas promessas são lembradas somente em épocas eleitorais. Bem feito!

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